Prece de Cáritas

Você sabe quem foi Bady Elias Curi?

Filho de Elias Curi e de sua esposa, Maria Miguel Curi, o seu irmão mais velho, José Elias Curi, já vivia no Brasil, na vila de São Pedro do Pequiri. Em 1913, juntamente com a sua mãe, emigrou para o Brasil e foi residir em companhia do irmão.

Em 1921, em Barra do Piraí, iniciou as suas atividades na doutrina espírita, pelas mãos de Claudino Dias, fundador do "Grêmio Espírita de Beneficência" (1886), e do "Asilo Espírita Santo Agostinho" (1920), para a velhice desamparada. Deivido às qualidades de Bady, Claudino Dias confiou-lhe a direção do Centro, tarefa que desenvolveu com competência e elevado espírito de colaboração.

Transferiu-se posteriormente para Belo Horizonte, onde se fixou, estabelecendo-se no comércio e vindo a desposar Maria de Oliveira Curi, com quem teve dois filhos, Bady Raimundo Curi e Léa Curi.

Em 1943, associou-se à União Espírita Mineira, entidade federativa daquele estado, da qual viria a ser eleito vice-presidente (1948). Com o falecimento de Camilo Rodrigues Chaves, em 3 de fevereiro de 1955, Bady foi eleito presidente. À frente da instituição, ampliou o estudo doutrinário e evangélico assim como implantou a Farmácia Homeopática, o Gabinete Dentário, o Serviço de Assistência Jurídica e outros departamentos.

Lutou pelos ideais da unificação do movimento que conduziram ao Pacto Áureo (1949), tendo nessa tarefa visitado quase todas as instituições espíritas do estado, proferindo palestras de esclarecimento sobre o programa da Unificação, e incentivando campanhas para criação das sedes próprias.

Foi conselheiro do Hospital Espírita André Luiz, presidente de honra do Solar Espírita Joana D'Arc, presidente da "Sopa dos Pobres", presidente do Centro Espírita Luz, Amor e Caridade e fundador do "Colégio O Precursor", do "Cenáculo Espírita Thiago Maior"; da "Sopa dos Pobres" (Sociedade de Amparo à Pobreza); da "Escola Primária Paschoal Comanducci"; do "Cenáculo Espírita Antônio de Pádua", do "Centro Espírita Judas Thadeu"; da "Congregação Espírita Feminina Casa de Bethânia" e do "Centro Espírita Francisco de Assis".

Teve participação destacada em diversos Congressos Espíritas nacionais e pan-americanos.
Faleceu no exercício da presidência da União Espírita Mineira.

Mensagem do dia - 30/03/2011



MÃOS À OBRA

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” - Paulo
(1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 14, VERSÍCULO 26.)

A igreja de Corinto lutava com certas dificuldades mais fortes, quando Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.

O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-lo a certas situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, na revivescência do Evangelho.

Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por novidades em fenomenologia e revelação.

Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de médiuns adestrados.

Por quê?

Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da iluminação dos companheiros.

Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço de alguns poucos.

Convençam-se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa-vontade, no sentido de conhecer a vida e elevar-se.

Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no aperfeiçoamento indispensável.

Do livro PÃO NOSSO
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/

Pinga Fogo 1971 Chico fala sobre Judas

Você sabe quem foi Cosme Mariño?

Nascido em Buenos Aires, República Argentina, no dia 27 de setembro de 1847, e desencarnado no dia 18 de agosto de 1927, tendo sido um dos mais destacados propagadores espíritas naquela nação.


Seus pais foram comerciantes modestos e honrados, foi educado dentro dos princípios da igreja católica e se sentiu atraído para o sacerdócio, no qual vislumbrou a possibilidade de exercer a sua propensão inata de servidor da Humanidade.

Fez o curso superior de teologia, convencendo- se logo após de que a sua vocação não estava circunscrita aos estreitos dogmas da religião dominante. Abandonou, portanto, a carreira iniciada e ingressou na Faculdade de Direito, tendo em seguida interrompido também esse curso para entrar na carreira jornalística, onde junto com José C. Paz fundou o grande diário portenho: "La Prensa", do qual foi diretor em 1896. Em 1871, tomou parte ativa na heróica "Comissão Popular", constituída com o objetivo nobilitante de combater a epidemia de febre amarela que flagelava os seus concidadãos, e embora tivesse sido contaminado pelo mal, conseguiu restabelecer- se, tendo posteriormente merecido do povo de Buenos Aires a condecoração da Cruz de Ferro e a impressão de 5.000 retratos com a inscrição: "O povo a Cosme Mariño -- Epidemia de 1871". No evento a Municipalidade de Buenos Aires também lhe outorgou oficialmente a medalha de ouro, como prêmio aos seus nobres serviços.

Em 1872, Mariño dedicou- se de corpo e alma no afã de promover o Comitê de Ajuda ao Chile, durante a epidemia de varíola. Na qualidade de secretário desse comitê teve o ensejo de, juntamente com outros abnegados, enviar meio milhão de pesos, arrecadados em subscrição pública. A Municipalidade de Santiago do Chile também lhe conferiu uma medalha de ouro como gratidão pela sua generosidade.

Foi Cosme Mariño fundador da Sociedade Protetora de Inválidos, conseguindo, graças à sua incessante atividade, construir o Edifício dos Inválidos. Transferindo sua residência para a cidade de Dolores, na província de Buenos Aires, no ano de 1874 foi designado membro honorário da Comissão de Justiça, membro titular do Conselho Escolar e Presidente da Comissão do Hospital de Dolores.

Nessa cidade teve o apóstolo a oportunidade de assistir a algumas sessões espíritas, convertendo- se a essa Doutrina. Daí por diante, revelou- se um verdadeiro paladino da Terceira Revelação. Em 1879 ingressou nos quadros da "Sociedad Constância", tendo em 1881 tomado parte em sua direção. Em 1882 tornou- se diretor da revista "Constâincia", pioneira dos periódicos espíritas na Argentina. Em 1883 foi eleito presidente dessa instituição, desenvolvendo ali vasto programa de atividade.

No desempenho de sua tarefa jornalística viu- se obrigado a sustentar acirradas polêmicas com alguns clérigos que viam no Espiritismo um constante obstáculo à manutenção do domínio da fé cega, e também com alguns cientistas que viam no Espiritismo tão- somente loucura, fraude e sugestão.

Alguns jesuítas que publicaram artigos e opúsculos contrários ao Espiritismo, mereceram de Mariño a mais ampla refutação, que pulverizou todas as argumentações.

No dia 3 de abril de 1892, foi vítima de um atentado por parte de uma fanática de nome Dolores González, que lhe disparou um tiro. Felizmente o fato não teve maiores conseqüências.

A vida desse singular personagem foi toda ela entrecortada de gestos nobres e altruísticos, e não cabe nesta ligeira súmula biográfica enumerar todos os fatos ocorridos em sua existência, contudo, devemos acrescentar que Cosme Mariño foi autor brilhante, tendo escrito vários livros; foi inspirador de várias campanhas, destacando-se uma em favor da aquisição de livros espíritas para serem revendidos a menor custo; outra em favor do reconhecimento da Sociedade "Constância" como personalidade jurídica; e mais as seguintes: formação de uma comissão permanente para auxílios funerários a indigentes, preparação de enfermeiros através de cursos adequados, fundação da Confederação Espiritista Argentina, para cuja concretização colaborou intensamente Antônio Ugarte e outros, organização da Sociedade Protetora da Criança Desvalida; ação em favor da abolição da pena de morte na Argentina, campanha contra os falsos médiuns e exploradores do Espiritismo, e finalmente, em 1925, a inauguração do "Asilo I Centenário".

Foi justamente cognominado "Kardec Argentino", pois ele representa para os espíritas platinos o mesmo que Bezerra de Menezes representa para o Brasil, e o mesmo que a tríade "Kardec- Denis- Delanne" representa para a França.

Em outubro de 1947, escrevia Ismael Gomes Braga sobre Cosme Mariño: "A luta contra os preconceitos materialistas e o fanatismo religioso somente pode ser levada a bom término por Espíritos muito superiores à massa humana que habita nosso planeta. 0 missionário que se encarna para defender uma idéia nova contra erros arraigados durante milênios, para forçar a Humanidade a dar um passo mais no caminho do progresso, não pode ser um espírito comum, porque falharia antes do fim da jornada, espantado pelos ataques de toda classe de adversários que surgem das trevas, furiosos, defendendo suas tradições, que julgam sagradas e seus interesses, que consideram divinos.

A luta do missionário argentino foi mais prolongada e mais violenta que a de Kardec, que trabalhou pelo Espiritismo durante 14 anos, mas Cosme Mariño teve que lutar meio século para conquistar e consolidar as posições que nos legou. Foi agredido não somente por palavra e por escrito, senão também por arma de fogo: uma fanática religiosa tentou assassiná-lo a tiros; sem embargo, nada o fez desanimar, nada o intimidou, porque foi um grande Missionário consciente do seu poder, certo do valor imenso da idéia que defendia com risco da própria vida. A superioridade de Cosme Mariño se revelava em toda sua vida e lhe conferia um prestígio social que lhe dava autoridade para predicar essa grande revolução espiritual que é o Espiritismo."

Mensagem do dia - 24/03/2011



DIFERENÇA
"Crês que há um só Deus: fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem."
(Tiago, 2:19)
A advertência do apóstolo é de essencial importância no aviso espiritual.

Esperar benefícios do Céu é atitude comum a todos.

Adorar o Senhor pode ser trabalho de justos e injustos.

Admitir a existência do Governo Divino é. Traço dominante de todas as criaturas.

Aceitar o Supremo Poder é próprio de bons e maus.

Tiago foi divinamente inspirado neste versículo, porque suas palavras definem a diferença entre crer em Deus e fazer-Lhe a Sublime Vontade.

A inteligência é atributo de todos.

A cognição procede da experiência.

O ser vivo evolve sempre e quem evolve aprende e conhece.

A diferenciação entre o gênio do mal e o gênio do bem permanece na direção do conhecimento.
O demônio, como símbolo de maldade, executa os próprios desejos, muita vez desvairados e escuros.

O anjo identifica-se com os desígnios do Eterno e cumpre-os onde se encontra.
Recorda, pois, que não basta a escola religiosa a que te filias para que o problema da felicidade pessoal alcance a solução desejada.

Adorar o Senhor, esperar e crer nEle são atitudes características de toda a gente.

O único sinal que te revelará a condição mais nobre estará impresso na ação que desenvolveres na vida, a fim de executar-lhe os desígnios, porque, em verdade, não adianta muito ao aperfeiçoamento o ato de acreditar no bem que virá do Senhor e sim a diligência em praticar o bem, hoje, aqui e agora, em seu nome.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/

Minha vida na outra vida - Dra Marlene Nobre



Você sabe quem foi Emma Hardige Britten?

Nenhuma história do Espiritismo seria completa sem referências a essa notável escritora, que foi denominada Apóstolo Paulo feminino do movimento espírita.


Ela era uma mocinha inglesa que havia ido para Nova Iorque com uma empresa de teatro e tinha permanecido nos Estados Unidos, onde viveu em companhia de sua mãe. De educação protestante, repelia com energia qualquer aproximação com os espíritas, entretanto, no ano de 1856, foi novamente posta em contato com o Espiritismo, quando teve provas irrefutáveis das verdades por ele apregoadas. Logo descobriu que era, também ela, poderosa médium, podendo- se afirmar que um dos casos mais bem documentados, e que alcançou notável sensacionalismo, foi a sua informação de que o navio "Pacific" tinha naufragado no Atlântico médio, perecendo todos os passageiros. Após essa revelação ela foi perseguida pela companhia proprietária do navio, por haver repetido o que lhe havia dito o Espírito de uma das vítimas da catástrofe. Verificou-se posteriormente que a sua informação mediúnica era verdadeira, pois o navio havia realmente naufragado e nunca mais apareceu.

Em 1866 voltou ela para a Inglaterra, onde desenvolveu intensas atividades, produzindo duas grandes obras: "Moderno Espiritualismo Americano" e "Milagres do Século Dezenove", livros esses que representaram interessantes pesquisas, unidas a um raciocínio claro e 1ógico. No ano de 1870 casou- se com o Dr. Britten, espírita tão devotado quanto ela. Tudo indica que foi uma união realmente feliz.

Em 1878 foram à Austrália e Nova Zelândia, na qualidade de missionários do Espiritismo, ali demorando muitos anos e fundando numerosas sociedades. Quando na Austrália, ela escreveu: "Fé, Fatos e Fraudes da História Religiosa", livro que ainda hoje exerce relativa influência.

Entre outros monumentos de sua autoria, Emma Hardinge Britten fundou "Os Dois Mundos", de Manchester, órgão que ainda atualmente desfruta de grande circulação, representando um veículo publicitário de grande penetração em todo o mundo.

Ernesto Bozzano, um dos maiores escritores espíritas, profundo investigador, homem de ciência, polemista emérito, cuja obra honra e engrandece a Doutrina Espírita, em notável depoimento escrito para a revista "La Luz Del Porvenir", relatou que o livro "Moderno Espiritualismo Americano", lhe foi muito proveitoso no período de sua conversão ao Espiritismo.

A obra de Emma Harding Britten, nos primórdios do Espiritismo, foi das mais relevantes, devendo- se a ela grande número de conversões, inclusive de pessoas de grande projeção na época.

A sua desencarnação aconteceu no ano de 1889.

Via http://www.espirito.org.br

Mensagem do dia - 22/03/2011



FRATERNIDADE
"Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros." - Jesus.
(João, 13:35)
Desde a vitória de Constantino, que descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos de Jesus.

Organizamos concílios célebres, formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do Universo e da Vida.

Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da nossa fé.

Disputamos o sepulcro do Divino Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.

Criamos comendas e cargos religiosos, distribuindo o veneno e anejando o punhal.

Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista.

Estimulamos insurreições que operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o devotamento à Humanidade inteira.

Edificamos palácios e basílicas, famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória, esquecidos de que ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.

E, ainda hoje, alimentamos a separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da interpretação.

Entretanto, a palavra do Cristo é insofismável.

Não nos faremos titulares da Boa Nova simplesmente através das atitudes exteriores.

Precisamos, sim, da cultura que aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembléias que favoreçam o estudo; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras.

Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.

Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente...
Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do bem. Atendamo-la, onde estivermos, recordando a palavra do Senhor que afirmou com clareza e segurança: - "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros."

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/

A última psicografia de Chico Xavier

Você sabe quem foi Barão de Vasconcelos?

Segundo registram os anais da História do Espiritismo no Brasil, os primeiros livros sobre temática espiritista em nosso idioma, apareceram no Rio de Janeiro, nos idos de 1860, mercê do esforço do imigrante francês Casimir Lieutaud, autor da obra : “Os tempos são chegados” e “O Espiritismo na sua expressão mais simples”, tradução do professor Alexandre Canu, cujo nome só aparece na terceira edição, de 1862. Oficialmente, porém, o espiritismo na Pátria do Cruzeiro principiou, em 1865, graças ao labor heróico do jornalista Luís Olímpio Teles de Menezes que, na Bahia, organizou, nos moldes preconizados por Allan Kardec, o Grupo Espírita Familiar, a nossa primeira sociedade espírita.

Estudioso de história, há cinco anos direcionamos nossas pesquisas à recuperação da memória do espiritismo no Ceará. Nessas buscas, deparamo-nos com uma anotação do inolvidável Leopoldo Machado, constante do seu livro “A Caravana da Fraternidade”, em que ele faz menção a um registro de seu xará Leopoldo Cirne, ex-presidente da Federação Espírita Brasileira, no qual este afirma ser a terra de Bezerra de Menezes o local onde teria surgido a primeira organização espírita do Brasil. Confesso que achamos estranha tal informação, visto que, comprovadamente, o primeiro grupo espírita do nosso estado remonta à última década do século passado.

Mas, lembrando o velho ditado – onde há fumaça há fogo – questionamos a possibilidade de algum fato acontecido por estas plagas, em meados do século anterior, ter motivado a afirmação do venerando presidente da FEB. A conclusão a que chegamos foi a de que Leopoldo Cirne, referia-se, provavelmente, às experiências com mesas girantes ocorridas em Fortaleza, no ano de 1853, na residência do comerciante José Smith de Vasconcellos. Visto por este ângulo, teria certa razão o velho Leopoldo, não obstante a inadequação da palavra espírita para designar esse tipo de reunião. Ademais, os mais antigos experimentadores da mediunidade no Brasil foram os homeopatas Bento Mure (francês) e João Vicente Martins (português), aqui chegados, em 1840, que aplicavam passes em seus pacientes e falavam em Deus, Cristo e Caridade, quando efetuavam suas curas. Também, anteriormente, tem-se notícias de que José Bonifácio, o patriarca da nossa independência política, fora cultor da homeopatia e empreendera algumas experiências psíquicas. E, ainda, em 1844, o Marquês de Maricá publicou um livro com os primeiros ensinamentos de fundo espírita em nosso país.

Nessa seqüência de tempo, o grupo de estudos da fenomenologia espírita mais antigo que se tem notícia, foi liderado pelo historiador e homeopata Melo Morais, no Rio de Janeiro, em 1853, grupo este que teve entre outros integrantes o Marquês de Olinda e o Visconde de Uberaba.

Todavia, o jornal bissemanário de Fortaleza, “O Cearense”, fundado em 1846, trazia, por primeira vez, no seu número de 15 de julho de 1853, nota alusiva ao fenômeno das mesas girantes em ocorrência na França. No seu número de 26 de julho, do mesmo ano, o jornal, sob o título “Mesas dançantes”, escrevia : “Não é só na Alemanha, França, Pernambuco, etc., que se fazem experiências elétrico-magnéticas das tais mesas dançantes. – O Sr. José Smith de Vasconcellos fez, no domingo, uma experiência em sua casa, na presença de muitas pessoas, com uma mesa redonda, que depois de alguns minutos rodou pelo meio da sala, até que os experimentadores romperam a cadeia!! Neste momento presenciamos várias experiências desta”.

Noticiando novamente o insólito fenômeno, “O Cearense” de 2 de agosto de 1853, descreve outras reuniões similares na residência de José Smith de Vasconcellos, na qual se fizeram presentes figuras conspícuas da sociedade alencariana, destacando-se, além da esposa de José Smith, os senhores Antônio Paes da Cunha Mamede (um dos primeiros homeopatas do Ceará), Antônio Eugênio da Fonseca, Antônio Joaquim Barros, Manoel Caetano Spínola (professor do Liceu do Ceará), o Vigário Alencar, o Dr. Castro e Silva , entre outros.

Durante algum tempo coletamos, com dificuldades, informações para a composição da biografia de José Smith de Vasconcellos. Os dados não eram substanciosos e faltava uma fotografia. Mas, há um mês encontramos, “acidentalmente”, na biblioteca do Colégio Militar de Fortaleza, pistas que nos permitiram chegar a uma fotografia dele e mais dados para a conclusão de sua biografia, divulgada agora, em primeira mão, através de “Gazeta Espírita”.

José Smith de Vasconcellos nasceu em Lisboa, Portugal, a 10 de dezembro de 1817, sendo seus pais o Conselheiro José Inácio Paes Pinto de Souza e Vasconcellos e Mary Martha Tustin Smith, natural de Worcester, Inglaterra.

Veio para Fortaleza, a 13 de novembro de 1831, para se dedicar à carreira comercial, provavelmente em conseqüência das convulsões políticas de Portugal, nas quais seus irmãos militaram. Com a alcunha de José Barateiro destacou-se no comércio local com uma grande casa “de luxo e distinção”, que se destinava, também, ao comércio direto com o exterior, principalmente para a Inglaterra, Hamburgo e Estados Unidos, onde tinha valiosas relações.

Em 15 de setembro de 1837, casou-se na Matriz de Nossa Senhora da Assunção e São José de Ribamar, em Fortaleza, com Francisca Carolina Mendes da Cruz Guimarães, natural de Canindé, Ceará. Dessa união nasceram os filhos : Rodolpho, Leopoldo e Alfredo.

Homem de grande coração, foi um dos fundadores e provedor da nossa Santa Casa de Misericórdia. Abolicionista, propiciou a liberdade de muitos de seus escravos, 20 anos antes da promulgação da Lei Áurea, tendo, entretanto, a preocupação e sensibilidade para com os escravos alforriados, conforme podemos constatar em trecho de uma correspondência sua de Liverpool, datada de 22 de junho de 1868, endereçada ao Senador Tomás Pompeu , em Fortaleza: “(...) Tenho dado a liberdade a 3 escravos, e no vapor passado mandei libertar mais um; e não faço o mesmo com o resto, uns por serem velhos a quem a liberdade seria uma calamidade, e outros por demasiadamente moços – entretanto como não sou político, não só isto como o mais que fiz, nunca mereceu a menor atenção do Governo Imperial(...)”.

Exerceu, no Ceará, os cargos de vice-cônsul da Suécia e Noruega, da Cidade Livre de Hamburgo e o de Agente Consular da República dos Estados Unidos da América do Norte. Recebeu os títulos de Comendador da Imperial Ordem de Cristo de Portugal (1870), Fidalgo Cavaleiro da Casa Real Portuguesa (1874), Comendador da Imperial Ordem de Cristo do Brasil e da Imperial Ordem da Rosa do Brasil (1883). Em 1869, foi agraciado pelo rei Luiz I, de Portugal, com o título de 1.º Barão de Vasconcellos.

Posteriormente transferiu-se para a Inglaterra, onde administrou uma casa de exportação em Liverpool, com sucursal em Fortaleza. Fracassando seu comércio, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde serviu em alguns bancos.

Apesar da vida abastada que levou, o precursor de Kardec no Ceará levou seus últimos dias empobrecido e doente sobre um leito. Desencarnou a 8 de outubro de 1903, no Rio de Janeiro, aos 85 anos.

Mensagem do dia - 21/03/2011



AUTOLIBERTAÇÃO
"...Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele." - Paulo.
(I TIMOTEO, 6:7)
Se desejas emancipar a alma das grilhetas escuras do "eu", começa o teu curso de auto-libertação, aprendendo a viver "como possuindo tudo a nada tendo", "com todos e sem ninguém".

Se chegaste à Terra na condição de um peregrino necessitado de aconchego e socorro e se sabes; que te retirarás dela sozinho, resigna-te a viver contigo mesmo, servindo a todos, em favor do teu crescimento espiritual para a imortalidade.

Lembra-te de que, por força das leis que governam os destinos, cada criatura está ou estará em solidão, a seu modo, adquirindo a ciência da auto-superação.

Consagra-te ao bem, não só pelo bem de ti mesmo, mas, acima de tudo, por amor ao próprio bem.

Realmente grande é aquele que conhece a própria pequenez, ante a vida infinita.

Não te imponhas, deliberadamente, afugentando a simpatia; não dispensarás o concurso alheio na execução de tua tarefa.

Jamais suponhas que a tua dor seja maior que a do vizinho ou que as situações do teu agrado sejam as que devam agradar aos que te seguem. Aquilo que te encoraja pode espantar a muitos e o material de tua alegria pode ser um veneno para teu irmão.

Sobretudo, combate a tendência ao melindre pessoal com a mesma persistência empregada no serviço de higiene do leito em que repousas. Muita ofensa registrada é peso inútil ao coração. Guardar o sarcasmo ou o insulto dos outros não será o mesmo que cultivar espinhos alheios em nossa casa?

Desanuvia a mente, cada manhã, e segue para diante, na certeza de que acertaremos as nossas contas com Quem nos emprestou a vida e não com os homens que a malbaratam.

Deixa que a realidade te auxilie a visão e encontrarás a divina felicidade do anjo anônimo, que se confunde na glória do bem comum.

Aprende a ser só, para seres mais livre no desempenho do dever que te une a todos, e, de pensamento voltado para o Amigo Celeste, que esposou o caminho estreito da cruz, não nos esqueçamos da advertência de Paulo, quando nos diz que, com alusão a quaisquer patrimônios de ordem material, "nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele".

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/

Ana Maria Braga entrevista Divaldo Pereira Franco



Você sabe quem foi Benedito Godoy Paiva?

Nascido em S. Paulo no dia 19 de abril de 1885, e desencarnado na mesma cidade, aos 17 de maio de 1962. Durante mais de vinte e cinco anos, um orador era invariavelmente requisitado para a maior parte das festividades de cunho espírita realizadas em São Paulo.

Sua palavra tinha o mérito de atrair numerosa assistência, pois, além de abalizado conferencista, possuía um estilo todo peculiar de proferir suas locuções, iniciando- as com um conto, um apólogo ou uma anedota de cunho singelo, que preparava os espíritos dos presentes, predispondo- os à assimilação dos ensinamentos contidos no tema que iria ser abordado.

Por isso dizia ele: "Em nossa longa peregrinação pelas tribunas espíritas, pelas estações de rádio e pela imprensa espírita, a falar sobre o Evangelho de Jesus, sempre fizemos o possível para não enfastiar os ouvintes ou os leitores com longas e pesadas dissertações sobre a Doutrina Espírita, achando preferível prender- lhes a atenção por meio de outro processo, qual o de buscar na vida prática fatos ou exemplos elucidativos dos temas abordados, ainda que por vezes pecando contra a sisudez de alguns confrades pouco amantes de literatura desse gênero. Para se trazer uma assistência atenta, nada melhor do que entremear a palestra com a narração de fatos interessantes e por vezes cônscio da vida de sociedade, elucidativos do tema a ser abordado.

Nenhum mal há nisso, para a propaganda e compreensão da Doutrina Espírita. O espírita deve ser alegre e nunca um indivíduo avesso ao riso, às alegrias sãs, aos divertimentos inofensivos, nunca devendo imitar aqueles frades da Ordem do Silêncio que, proibidos de falar, só podiam dizer ao se encontrarem: "Irmão! Lembra- te da morte!"

Esse emérito espírita chamava- se Benedito Godoy Paiva. Foi um homem de ilibado caráter, franco e leal, dotado de invejável operosidade. Anteriormente ao ano de 1941, pertenceu ao quadro diretivo da União Federativa Espírita Paulista, ali desenvolvendo intenso trabalho de divulgação da Doutrina Espírita, fazendo- o através da imprensa e do rádio.

Nesse mesmo ano passou a prestar serviços no corpo de colaboradores da Federação Espírita do Estado de São Paulo, onde teve grande destaque e exerceu numerosas atividades, pois, além de orador oficial, foi diretor do Departamento Cultural e Social e membro do Conselho Deliberativo, ajudando Pedro de Camargo, Vinícius, a instituir as Tertúlias Evangélicas substituindo- o em seus impedimentos todos os domingos de manhã. Colaborou decididamente na fundação da Escola de Aprendizes do Evangelho e de outros cursos ministrados por aquela instituição, assessorando os trabalhos de preparação de apostilas e livros para os aludidos cursos.

Em 1947 tomou parte saliente na fundação da União das Sociedades Espíritas do Estado de S. Paulo, formando a Comissão da Redação Final das deliberações do I Congresso Espírita do Estado de São Paulo e integrando o primeiro Conselho Deliberativo daquela entidade.

Os dados biográficos que se seguem foram obtidos da Profa. Zilda de Paiva Barbosa, uma das filhas daquele grande seareiro.

Benedito Godoy Paiva enviuvou duas vezes, deixando sete filhos, netos e bisnetos. Aos 16 anos de idade, após ter feito o Curso Ginasial no Externato Molina, estudou e completou os cursos de geometria, matemática e de língua inglesa, ingressando então como funcionário da Estrada de Ferro Sorocabana, em 1901. Entretanto, fez ainda o curso de Contador na Academia de Comércio do Brasil, a qual freqüentou à noite, passando depois a trabalhar em horas extras como guarda- livros, a fim de equilibrar a economia do lar.

Aposentou- se após 46 anos de serviço naquela ferrovia, deixando uma grande folha de inestimáveis serviços a ela prestados, com toda dedicação e eficiência.

Fez carreira brilhante de praticante a assessor administrativo, chegando a Chefe do Escritório do Tráfego e Chefe Geral do Expediente do Departamento dos Transportes, onde recebeu elogios em sua folha corrida.

Tomou parte em inquéritos administrativos e em outras comissões que lhe foram confiadas, por conhecer profundamente todos os regulamentos e ordens expedidas pelas administrações anteriores.

Foi jornalista, colaborando na imprensa religiosa e profana, sendo redator de uma das colunas do "Diário de São Paulo".

Como poeta e charadista colaborou em "Nossa Estrada", revista cujo nome foi sugerido por ele e aceito por votação por todo o pessoal da Sorocabana.

Era músico. Executava cerca de seis instrumentos, porém, a sua predileção era pela flauta. Compôs diversas músicas e foi seresteiro. Fazia serenatas sob as janelas, nos tempos da velha São Paulo.

Freqüentou a Igreja Evangélica, onde era organista e regente do coro.

Na ata de fundação da 3a. Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo o seu nome consta, em primeiro lugar, como fundador.

Conhecia profundamente as Escrituras e dos Evangelhos tirou ensinamentos sublimes que o nortearam em toda a sua vida, tão útil à família e à Humanidade.

Convertendo- se ao Espiritismo, tomou parte inicialmente na União Federativa e posteriormente na Federação Espírita do Estado de São Paulo, deixando a Igreja Presbiteriana de onde solicitou afastamento, escrevendo uma carta ao seu grande amigo, Rev. Dr. Seth Ferraz, pastor da 3a. Igreja, expondo os motivos que o levavam a se afastar do seio daquela comunidade, uma vez que os ensinamentos da Igreja condenam o Espiritismo, doutrina baseada na reencarnação e na evolução dos Espíritos.

Foi uma nova fase em sua vida. Dedicou- se inteiramente à Doutrina Espírita.

Fez inúmeras conferências, cujos auditórios eram repletos quando ele ocupava a tribuna.

Baseado nessas conferências editou o livro "Quando o Evangelho diz Não!"

Publicou diversos folhetos, entre eles "Quais os que entrarão no céu" e "A Verdade vos Libertará".

Escreveu poesias diversas: "A Reencarnação", "Saudades do Marido", "As Três Cruzes", "A Mulher Pecadora", "O Juízo Final", "O Bom Samaritano", "Salvação pela Fé", "O Sonho da Princesa" e, com Cid Franco, escreveu o poema "Avatar".

Revisou "A Grande Síntese", livro mediúnico de Pietro Ubaldi e, em parceria com Emílio Manso Vieira, escreveu o "Manual do Dirigente de Sessões Espíritas".

No dia de sua desencarnação, à sua cabeceira estiveram presentes três representantes de correntes religiosas: um pastor evangélico, um bispo da Igreja Católica Brasileira e um membro da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Todos lhe tributaram adeus com o mesmo carinho.

Mensagem do dia - 16/03/2011



CRISTO E NÓS
"E disse-lhe o Senhor em visão:- Ananias! E ele respondeu: -Eis -me aqui, Senhor."
((ATOS, 9:10)
Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens.

Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas.

O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida; uma assembléia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração planetária.

E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, Junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a co- laboração ativa dos corações de boa-vontade.

Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer o novo discípulo.

Por que razão Jesus se preocupou em acompanhar o recémconvertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens na obra de soerguimento e sublimação do mundo.

"Ide e pregai".
"Eis que vos mando".
"Resplandeça a vossa luz diante dos homens".
"A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros".
Semelhantes afirmativas do Senhor provam a importância por ele atribuída à contribuição humana.
Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre.
Onde estiver um seguidor do Evangelho aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem.
Cristianismo significa Cristo e nós.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/

Conselhos Fraternais de Emmanuel

A escolha do espírito

A revelação do poeta Silva Ramos pode parecer absurda e até mesmo ofensiva para muitas pessoas. Pereceram na explosão do avião turco, sobre Paris, 345 pessoas. Três brasileiros estavam nesse número espantoso de vítimas. Como considerar todas elas criminosas, envolvidas em atos de pirataria? Convém lembrar que se trata de culpas remotas, de vidas anteriores.

Quem pode, na Terra, examinando suas próprias tendências atuais, considerar que há cinco séculos tenha sido uma criatura virtuosa, incapaz de ações criminosas? O espiritismo ensina que os espíritos escolhem e pedem as provas por que vêm passar na Terra. Outra dúvida se levanta, mas já a vemos registrada na questão 266 de O livro dos espíritos. Kardec perguntou: “Não parece natural que os espíritos escolham as provas menos penosas?” E os espíritos superiores responderam: “Para vós, sim, para o espírito, não.”

Nossas provas decorrem de nossa consciência. As leis de Deus, inscritas na consciência, levam o culpado a pedir o seu próprio castigo. Note-se a perfeição absoluta dessa justiça que não vem de fora, mas se processa de dentro para fora. O culpado é o seu próprio juiz, o mais severo dos juízes.

Por isso mesmo as provas mais graves não são imediatas. O espírito do culpado precisa amadurecer moralmente para sentir o aguilhão da consciência e obedecê-lo. As provas coletivas reúnem criaturas que nos parecem incapazes de haver cometido atrocidades.

Elas tiveram de atingir esse grau atual de evolução para terem a coragem heroica de submeter-se às expiações necessárias. Nessa perspectiva, como vemos, tudo se torna compreensível. As vítimas de hoje são almas purificadas que se redimem por vontade própria. Não são mais criminosas, são heroínas da evolução.

Silva Ramos usa o soneto para mostrar, numa síntese poética, o que podemos chamar de mecânica da prova. As ações do passado dão começo à culpa; os séculos de luz e treva desenvolvem os espíritos nas experiências dolorosas; e, por fim, a culpa se apaga na prova coletiva em que todos se reúnem. As lentas depurações individuais se conjugam, no final, para o resgate coletivo em que a culpa é liquidada.

Via herculanopires.org.br

Você sabe quem foi Edgard Pereira Armond?

Edgard Pereira Armond (Guaratinguetá, 14 de junho de 1894 — São Paulo, 29 de novembro de 1982) foi um militar, maçom, professor e espírita brasileiro.


Responsável pela implantação da Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP) onde colaborou por mais de três décadas, sistematizou o estudo da Doutrina em termos evangélicos e estabeleceu cursos para auxiliar o desenvolvimento de médiuns. Em 1973, a Aliança Espírita Evangélica nasceu sob sua inspiração. Foi, também, pioneiro do movimento de unificação, tendo lançado a idéia de criação da União das Sociedades Espíritas (USE).

Filho de Henrique Ferreira Armond e de Leonor Pereira de Souza Armond, ambos de Minas Gerais, os antepassados da família remontam a fidalgos franceses huguenotes, expatriados durante as perseguições religiosas motivadas por Catarina de Médicis a partir da Noite de São Bartolomeu (Paris, 1519), e que se estenderam por todo país até 1582. Nesse período, os Armond refugiaram-se em Amsterdã, nos Países Baixos, dedicando se ao comércio, transferindo-se depois para a ilha da Madeira e dali para o Brasil, em meados do século XVIII, fixando-se em uma sesmaria recebida da Coroa Portuguesa, entre Juiz de Fora e Barbacena, onde estabeleceram a primitiva Fazenda dos Moinhos.

Em Guaratinguetá fez os cursos primário e secundário, transferindo-se para São Paulo em 1912 e, no mesmo ano, para o Rio de Janeiro, ingressando no comércio e, ao mesmo tempo, prosseguindo os seus estudos.

Em 1914, ao eclodir a Primeira Guerra Mundial, retornou para São Paulo, alistando-se na Força Pública do Estado de São Paulo, como Praça de Pré. Segundo registro no Almanaque da Biblioteca da Polícia Militar do Estado de São Paulo, antiga Força Pública, Armond alistou-se no dia 10 de maio de 1915. Em 1916, ingressou na Escola de Oficiais, como 1° Sargento, saindo aspirante em 1918, casando-se no ano seguinte com Nancy de Menezes, filha do Marechal de Exército Manoel Félix de Menezes.

Comandou destacamentos em Santos, São João da Boa Vista e Amparo, vindo a fixar-se na Capital. Como 2° Tenente, organizou e foi nomeado diretor da Biblioteca da Força Pública, sendo, no mesmo período, nomeado professor de História, Geografia e Geometria na Escola de Oficiais da antiga Força Pública.

Participou de vários movimentos militares, atuando nos movimentos tenentistas de 1922 e de 1924 onde integrou a tropa de ocupação nas fronteiras com a Argentina e o Paraguai até 1925. Na Revolução de 1930, como Capitão, serviu no Estado Maior, voltando a exercer o magistério militar na Escola de Oficiais e no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, lecionando Administração e Legislação Militar. A abertura da estrada de Paraibuna a São Sebastião. No início de 1931, após ter realizado estudos, apresentou um projeto para a abertura de uma estrada de rodagem entre Paraibuna e São Sebastião, ligando o Planalto Central e o Sul de Minas Gerais ao litoral Norte paulista, então escassamente povoado.

Como não se tratava de tarefa de atribuição da Corporação, o projeto conheceu grandes embaraços até à sua aprovação final, quando lhe coube a direção do empreendimento. Entretanto, sem que houvesse recursos disponíveis, utilizou praças da própria Força, prestes a serem desincorporados. Os trabalhos iniciaram-se em abril desse mesmo ano, no alto da serra de Caraguatatuba, com 15 soldados, tendo se estendido até à eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932.

Durante esse conflito, Armond assumiu o comando da defesa do litoral entre a divisa com o Estado do Rio de Janeiro até Santos, com a missão adicional de monitorar os movimentos da Armada, que mantinha diversos navios de guerra nas águas da ilha de São Sebastião. Organizou e comandou tropas inicialmente em Paraibuna e Caraguatatuba e, logo depois, no Sul do Estado, nas cidades de Itaí, Taquari e Avaré. Com o fim do conflito, foi nomeado Chefe de Polícia do Estado de São Paulo, vindo a compor a Casa Militar do Governador Militar do Estado, General Waldomiro Lima.

Sessenta dias após nomeado, pediu demissão dessa função, para prosseguir os trabalhos de construção da rodovia que iniciara. Foi assim nomeado comandante de um Batalhão de Sapadores criado especialmente para esse fim. Esta nova etapa de trabalho estendeu-se até agosto de 1934, quando foi interrompida por ordem superior, entregando a rodovia em estado adiantado ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER), com trânsito a veículos carroçáveis no trecho entre Paraibuna e Caraguatatuba.

De volta à cidade de São Paulo, assumiu o subcomando da Escola de Oficiais (1934). Organizou em seguida a Inspetoria Administrativa da Força e, por conveniência da organização, fez o concurso para o quadro de Administração da Força Pública, vindo a ser classificado como Tenente Coronel, na chefia do Serviço de Intendência e Transporte, cargo que exerceu até 1938, quando sofreu um acidente grave. Permaneceu nessa chefia até 1939, quando foi transferido para o Quartel General. Tendo solicitado a sua reforma, foi julgado inválido para o serviço militar, dando baixa no início de 1940. Nesta fase redigiu o "Tratado de Topografia Ligeira (2 v.)" e "Guerra Cisplatina"

Edgard Armond conhecia bem o espiritualismo em geral. Desde 1910, em sua cidade natal, iniciara estudos sobre religiões e filosofias, demorando se nos conhecimentos orientais. Em 1921, enquanto comandante na cidade de Amparo, aceitou um convite para ingressar na Maçonaria, tendo deixando de freqüentá la alguns anos mais tarde, no grau de Mestre. De regresso à cidade de São Paulo, manteve contato com líderes esoteristas, ocultistas e espiritualistas, entre os quais Krishnamurti, Arnold Krumm-Heller, Jenerajadasa, Raul Silva (sobrinho de Batuíra) e o famoso médium de efeitos físicos, Carmine Mirabelli.

Em 1932, trabalhou ao lado do famoso médium Dr. Luiz Parigot de Souza, do Paraná.
Em 1936, a convite de Silvino Canuto de Abreu, integrou o grupo de estudos e práticas espiritistas que funcionou na residência deste. Entre os seus participantes, encontravam-se o Dr. Carlos Gomes de Souza Shalders e Antônio Carlos Cardoso, ambos diretores da Escola Politécnica, tendo o grupo trabalhado com o Sr. Ramalho, médium de incorporação e uma única vez com Linda Gazear, conhecida médium de efeitos físicos que atuara na Europa, com Charles Richet e outros investigadores. O grupo também promovia visitas a outros grupos particulares que se dedicavam à prática de trabalhos mediúnicos de efeitos físicos, nos arredores da capital, todos incentivados pelos resultados obtidos pela família Prado em Belém do Pará.

A conversão de Armond ao Espiritismo deu-se após sofrer um grave incidente automobilístico, em 28 de junho de 1938, onde quebrou ambos os joelhos. Após diversas cirurgias, ficou quase sem poder andar durante seis meses, passando, em seguida, a usar muletas, com grande redução de movimentos. Solicitou então a baixa do serviço militar, que lhe foi negada por não ter o tempo legal de serviço ativo e por ainda caberem outros tratamentos. Como insistisse, obteve um ano de afastamento e, em seguida, a reforma solicitada (1940).

Nessa fase de convalescença, já estava desenvolvendo trabalhos de cooperação espírita, auxiliando amigos a preparar palestras e conferências. Já lera, a essa altura, grande parte da literatura espírita então disponível e, num domingo à tarde, em 1939, passando pela rua do Carmo, notou uma aglomeração à porta da Associação das Classes Laboriosas. Curioso, foi informado que ali estava se realizando uma comemoração de Allan Kardec.

Entrou e presenciou parte do evento, ali reconhecendo alguns líderes espíritas amigos, como, por exemplo, João Batista Pereira, Lameira de Andrade, Américo Montagnini, estando também presente o médium Chico Xavier, que apenas iniciava sua tarefa mediúnica. Nessa reunião recebeu um livreto intitulado "Palavras do Infinito", pelo espírito de Humberto de Campos (depois Irmão X), contendo mensagens avulsas de entidades desencarnadas, distribuído pela recém-formada Federação Espírita do Estado de São Paulo. Esse opúsculo aumentou fortemente seu interesse pela Doutrina.

Nesse mesmo ano, passando pela Rua Maria Paula, para onde a Federação havia se mudado há poucos dias, percebendo à entrada uma placa com a inscrição "Casa dos Espíritas do Brasil", entrou, sendo recebido por João dos Santos e por este apresentado a outros ali presentes, com os quais conversou alguns momentos, sendo convidado a colaborar com as atividades, o que aceitou. Dias depois, recebeu um memorando assinado por Américo Montagnini, presidente recém-eleito, comunicando haver sido eleito para o cargo de secretário geral da Federação.

Como a Federação apenas se instalara naquele prédio, adaptado para sede própria, nada encontrou organizado ou em funcionamento regular, estando tudo por fazer, em todos os setores. João Batista Pereira, na eleição então realizada, deixara a presidência para Américo Montagnini e sob a denominação de Casa dos Espíritas do Brasil se fundiram a Sociedade Espírita São Pedro e São Paulo, até então dirigida pelo Dr. Augusto Militão Pacheco, a Sociedade de Metapsíquica de São Paulo dirigida pelo Dr. Shalders (desdobramento do grupo de estudos de 1936), e a própria Federação Espírita do Estado de São Paulo.

Em 1944, atendendo a projeto da Secretaria Geral da Casa dos Espíritas do Brasil, Armond fundou, com Pedro de Camargo "Vinícius" e Marta Cajado de Oliveira, o periódico "O Semeador", para difusão das idéias doutrinárias e o movimento geral da Casa. Nele, sob diversos pseudônimos, Armond colaborou ininterruptamente até fevereiro de 1972, alcançando um total de quatrocentos e vinte e cinco artigos. Além do periódico, para incrementar a difusão da Doutrina e prestigiar a Casa, propôs ainda a criação de um programa intitulado "Hora Espírita", que passou a ser veiculado na Rádio Tupi, semanalmente, aos domingos, sob a direção de João Rodrigues Montemor.

Em 1947, Armond funda a União Social Espírita (USE), posteriormente denominada de União das Sociedades Espíritas, com a finalidade de fortalecer o movimento Espírita do Estado de São Paulo e unificar as suas práticas religiosas.

Em 1950, Armond criou as Escolas de Aprendizes do Evangelho, cursos de Espiritismo previstos por Allan Kardec, em "Obras Póstumas", tarefa já tentada anteriormente pelo Dr. Bezerra de Menezes, no Rio de Janeiro, no início do século. Complementarmente instituiu também as Escolas de Médiuns, visando a melhoria do intercâmbio com o plano espiritual.

Em 1967, por motivos de doença, Armond solicitou o próprio afastamento da administração da Federação, embora tenha continuado a colaborar à distância no setor da publicidade, da organização de centros e organizações espíritas, inclusive em países estrangeiros.
Em 1973, em uma reunião em sua residência, Armond, com alguns companheiros, fundou a Aliança Espírita Evangélica. A partir de 1980 assessorou a formação do Setor III da Fraternidade dos Discípulos de Jesus, que reúne diversos Grupos Espíritas.

Faleceu no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, tendo sido sepultado no Cemitério de Vila Mariana, na mesma cidade.

Obra

1942 - "Contribuições ao Estudo da Mediunidade"
1943 - "Mediunidade de Prova"
1944 - "Desenvolvimento Mediúnico"
1944 - "Missão Social dos Médiuns"
1949 - "Os Exilados da Capela"
1950 - "Passes e Radiações"
1962 - "Na Cortina do Tempo"

Via Wikipedia

Mensagem do dia - 14/03/2011



LAVRADORES
"O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos" - Paulo.
(1 TIMOTEO, 2:8)
O monopolizador de trigo não poderá abastecer-se à mesa senão de algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome.

O proprietário da fábrica de tecidos não despenderá senão alguns metros de pano para a confecção de um costume, destinado ao próprio uso.

Ninguém deve alimentar-se ou vestir-se pelos padrões da gula e da vaidade, mas sim de conformidade com os princípios que regem a vida em seus fundamentos naturais.

Por que esperas o banquete, a fim de ofereceres algumas migalhas ao companheiro que passa faminto?

Por que reclamas um tesouro de moedas na retaguarda, para seres útil ao necessitado?

A caridade não depende da bolsa. É fonte nascida no coração.

É sempre respeitável o desejo de algo possuir no mealheiro para socorro do próximo ou de si mesmo, nos dias de borrasca e insegurança, entretanto, é deplorável a subordinação da prática do
bem ao cofre recheado.

Descerra, antes de tudo, as portas da tua alma e deixa que o teu sentimento fulgure para todos, à maneira de um astro cujos raios iluminem, balsamizem, alimentem e aqueçam...

A chuva, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e sustenta bilhões de vidas.

Dividamos o pouco, e a insignificância da boa-vontade, amparada pelo amor, se converterá com o tempo em prosperidade comum.

Algumas sementes, atendidas com carinho, no curso dos anos, podem dominar glebas imensas.

Estejamos alegres e auxiliemos a todos os que nos partilhem a marcha, porque, segundo a sábia palavra do apóstolo, se possuímos a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabenos

a obrigação de viver e servir em paz e contentamento.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/

Espera e Ame Sempre - Chico Xavier

Você sabe quem foi Cairbar Schutel?

Cairbar de Souza Schutel (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1868 - Matão, 30 de janeiro de 1938) foi um divulgador espírita brasileiro.


Filho de Antero de Souza Schutel e de sua esposa, Rita Tavares Schutel, aos sete anos de idade, por vontade própria, aceita ser batizado na Igreja Católica (1875).

No ano de 1878 perdeu o pai (24 de abril), nasceu o irmão, Antero (12 de setembro), que viveria apenas quatro anos, e poucos dias depois perdeu a mãe, de febre puerperal (24 de setembro). Com a morte da mãe, as crianças vão viver com o avô paterno, Dr. Henrique Schutel, no Rio de Janeiro. Cairbar começa a freqüentar o Colégio Pedro II, onde cursou até ao segundo ano.

Em 1880 abandonou o colégio e empregou-se em uma farmácia da rua 1 de Março (a Casa Granado?), como aprendiz. Ali se especializou como farmacêutico prático, adquirindo conhecimentos da manipulação de xaropes, poções e essências, e na nomenclatura dos medicamentos.

Mudou-se para Piracicaba e depois para Araraquara, onde, em 1891, empregou-se Farmácia Moura.

Em 1893 passou a trabalhar como entregador de mercearia vindo a adquirir, no ano seguinte (1894), um pequeno sítio para cultivar frutas e verduras. Complementarmente, abriu um pequeno comércio.

Em 1895 um surto de febre amarela grassou em Araraquara. Como prático de farmácia, atuou no combate à moléstia. Nesse mesmo ano mudou-se, provavelmente para Itápolis.

Em 1896 chegou à pequena povoação do Senhor Bom Jesus das Palmeiras do Matão (13 de agosto), onde se estabeleceu com uma farmácia na esquina hoje formada pela rua Rui Barbosa com a avenida 28 de Agosto. Integrou-se na sociedade local, vindo a tornar-se importante figura, militando inclusive na política local.

Com a elevação da então vila a município (28 de agosto de 1898), fez parte da sua primeira Câmara Municipal, instalada em 28 de março de 1889, como vereador. Foi escolhido, a seguir, pelos seus pares para ser o seu primeiro Intendente (hoje "Prefeito"), cargo que exerceu, inicialmente, até 7 de outubro de 1899, e, depois, de 18 de agosto a 15 de outubro de 1900.

Militância espírita

Insatisfeito com as explicações do padre local para os seus constantes sonhos com os falecidos pais, em 1904 passou a frequentar sessões de tiptologia com a trípode (pequena mesa com três pés). Nestas sessões espíritas, conclui que a vida continuava além-túmulo, passando a estudar e vindo a abraçar a doutrina espírita, dela se tornando um dos maiores propagandistas. É conhecido ainda hoje, entre os espíritas, como o Bandeirante do Espiritismo, devido ao empenho com que se dedicou à divulgação do Espiritismo ao longo de sua vida.

A 15 de julho de 1905 fundou o "Grupo Espírita Amantes da Pobreza" (atual Centro Espírita O Clarim). No mês seguinte, fundou o jornal espírita "O Clarim" (15 de agosto), em formato pequeno, que logo se ampliou, atingindo, no século XXI, a tiragem de 10.000 exemplares. Neste período, manteve viva polêmica com o padre João Batista Van Esse, que quase terminou em tragédia, não fosse a intervenção de um advogado, aborrecido com o barulho provocado pelo clérigo e seus apoiantes. No final desse mês desposou Maria Elvira da Silva Schutel (31 de agosto).

Em 1912, já conhecido como o "Pai dos Pobres de Matão", fundou um pequeno hospital de caridade, para atender aos doentes pobres. Dois anos mais tarde, em 1914, começou a visitar os presos na Cadeia Pública de Matão, onde era chamado sempre que algum detento era acometido de surto psicótico. Dentro dessa linha de atividades, em 1917 estendeu as visitas aos detidos na Cadeia de Araraquara, onde proferia palestras.

A 15 de fevereiro de 1925, fundou com o auxílio moral e material do amigo Luiz Carlos de Oliveira Borges a RIE - Revista Internacional de Espiritismo, publicação mensal dedicada aos estudos dos fenômenos anímicos e espíritas.

No período de 19 de agosto de 1936 a 2 de maio de 1937 profere, aos domingos, as conhecidas quinze "Conferências Radiofônicas", através da Rádio Cultura PRD—4, de Araraquara, publicadas em livro no mês de setembro de 1937.

Após curta enfermidade, tendo falecido vítima de um aneurisma cerebral às 16:15, na mesma noite, através do médium Urbano de Assis Xavier, comunicou-se e sugeriu a seguinte frase para a lápide em seu túmulo: "Vivi, vivo e viverei porque sou imortal".

Obra literária

As obras de Cairbar Schutel foram todas editadas pela Casa Editora O Clarim, por ele fundada:

Espiritismo e Protestantismo - setembro de 1911
Histeria e Fenômenos Psíquicos - dezembro de 1911
O Diabo e a Igreja - dezembro de 1914
Espiritismo para crianças - 1918
Interpretação sintética do apocalipse - 1918
Médiuns e Mediunidades - agosto de 1923
Gênese da Alma - setembro de 1924
Materialismo e Espiritismo - dezembro de 1925
Fatos Espíritas e as Forças X... - maio de 1926
Parábolas e Ensinos de Jesus - janeiro de 1928
O Espírito do Cristianismo - fevereiro de 1930
A Vida no Outro Mundo - outubro de 1932
Vida e Atos dos Apóstolos - fevereiro de 1933
Preces espíritas - 1936
Conferências Radiofônicas - setembro de 1937
O Batismo - 1986

Via Wikipedia

Mensagem do dia - 10/03/2011



CONSEGUES IR?
"Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com
isso contentes" - Paulo.

(1 TIMOTEO, 6:8)
Há lavradores de toda classe.

Existem aqueles que compram o campo e expiaram-no, através de rendeiros suarentos, sem nunca tocarem o solo com as próprias mãos.

Encontramos em muitos lugares os que relegam a enxada à ferrugem, cruzando os braços e imputando à chuva ou ao solo fracasso da sementeira que não vigiam.

Somos defrontados por muitos que fiscalizam a plantação dos vizinhos, sem qualquer atenção para com os trabalhos que lhes dizem respeito.

Temos diversos que falam despropositadamente com referência a inutilidades mil, enquanto vermes destruidores aniquilam as flores frágeis.

Vemos numerosos acusando a terra como inca- paz de qualquer produção, mas negando à gleba que lhes foi confiada a bênção da gota dágua e o socorro do adubo.

Observamos muitos que se dizem possuídos pela dor de cabeça, pelo resfriado ou pela indisposição e perdem a sublime oportunidade de semear.

A Natureza, no entanto. retribui a todos eles com o desengano, a dificuldade, a negação e o desapontamento.

Mas o agricultor que realmente trabalha, cedo recolhe a graça do celeiro farto.

E assim ocorre na lavoura do espírito.

Ninguém logrará o resultado excelente, sem es- forçar-se, conferindo à obra do bem o melhor de si mesmo.

Paulo de Tarso. escrevendo numa época de senhores e escravos, de superficialidade e favoritismo, não nos diz que o semeador distinguido por César ou mais endinheirado seria o legítimo detentor da colheita, mas asseverou, com indiscutível acerto, que o lavrador dedicado às próprias obrigações será o primeiro a beneficiar-se com as vantagens do fruto.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/

Divaldo Franco fala sobre o aborto

Você sabe quem foi Albert de Rochas?

Eugène Auguste Albert de Rochas d'Aiglun (Saint Firmin-en-Valgaudemar, (Hautes-Alpes), 20 de Maio de 1837 – Grenoble, 2 de Setembro de 1914) foi um engenheiro militar, administrador da Escola Politécnica de Paris, historiador militar e pesquisador dos fenómenos psíquicos.


Nasceu em uma família de importância regional, que deteve o feudo d'Aiglum, perto do Digne, de meados do século XV, até ao advento da Revolução Francesa.

Após ter concluído os estudos no Liceu de Grenoble, iniciou os estudos de Direito visando ingressar na magistratura, como o haviam feito o seu pai e seu avô, mas sem interesse pela área, voltou-se para outros estudos.

Em 1856 obteve o prêmio de honra em Matemáticas especiais e, no ano seguinte, foi recebido na Escola Politécnica de Paris. Em 1861 ingressou no exército na qualidade de Tenente de Engenheiros; promovido a capitão por mérito (1864), tomou parte na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), vindo a ser nomeado comandante de batalhão (1880).

Desejando maior liberdade para dedicar-se aos estudos científicos, deixou prematuramente o serviço militar activo (1889), ingressando na Escola Politécnica na qualidade de director civil, passando para a reserva com o posto de tenente-coronel.

Os trabalhos militares e científicos do coronel de Rochas são consideráveis, tendo se destacado nesta última área. Profundo conhecedor de tudo o que havia sido escrito sobre as ciências psíquicas em sua época, dedicou-se à experimentação, tendo contribuído decisivamente para fazer a classificação do magnetismo entre as ciências puramente físicas.

No campo do magnetismo e do espiritismo, estudou a polaridade, contribuiu para a actual classificação das fases do estado sonambúlico, observou sistemáticamente os fenômenos espíritas, pesquisou a exteriorização da sensibilidade e mostrou o mecanismo do desdobramento físico. Por meio de passes longitudinais, aplicados em alguns sensitivos, conseguia provocar neles a regressão da memória.

Membro de várias sociedades científicas, foi oficial da Legião de Honra, da Instrução Pública, de São Salvador (Grécia), e das Ordens da São Maurício e São Lázaro (Itália); foi comendador das ordens de Sant'Ana (Rússia), do Mérito Militar (Espanha), de Medjidie (Turquia), de Nicham (Túnis), e do Dragão Verde (Anam).

Via Wikipedia

Mensagem do dia - 09/03/2011



CONSEGUES IR?
"Vinde a mim..." - Jesus.
(MATEUS, 11:28)

O crente escuta o apelo do Mestre, anotando abençoadas consolações. O doutrinador repete-o para comunicar vibrações de conforto espiritual aos ouvintes.

Todos ouvem as palavras do Cristo, as quais insistem para que a mente inquieta e o coração atormentado lhe procurem o regaço refrigerante...

Contudo, se é fácil ouvir e repetir o "vinde a mim" do Senhor, quão difícil é "ir para Ele!"

Aqui, as palavras do Mestre se derramam por vitalizante bálsamo, entretanto, os laços da conveniência imediatista são demasiado fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do Alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a libertação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações e interesses individuais, aparentemente inadiáveis.

Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos. Com ele, a vida enriquecer-se-á de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria Universal...

Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia. Em suma, é muito doce escutar o "vinde a mim"...

Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/

Palestra com Richard Simonetti

Você sabe quem foi Camille Flammarion?

Nicolas Camille Flammarion, mais conhecido como Camille Flammarion (Montigny-le-Roi, 26 de fevereiro de 1842 - Juvisy-sur-Orge, 3 de junho de 1925), foi um astrônomo francês. Seu irmão Ernest foi o fundador das Edições Flammarion.


Foi educado em Langres e começou a trabalhar com dezesseis anos de idade, no observatório de Paris, no departamento de cálculo de Leverrier.

Sua ruptura com os astrônomos deu-se em 1862, com a publicação do livro La pluralité des mondes habités.

A partir dessa época, Flammarion começou a escrever livros populares de astronomia que foram traduzidos para diversas línguas. Uma de sua obras mais conhecidas é Astronomia popular, de 1880. Editou uma série de revistas científicas e astronômicas.

No fim de sua vida escreveu sobre pesquisas de física. Em 1883, Flammarion fundou o observatório de Juvisy-sur-Orge, dirigindo-o pelo resto de sua vida, incentivando o trabalho de observadores amadores.

Fundou a Sociedade Astronômica da França em 1887. Seus trabalhos para a popularização da astronomia fizeram com que fosse agraciado, em 1912, com um prêmio da Legião de Honra.

Flammarion foi amigo de Allan Kardec, o codificador do Espiritismo. Ao pé do túmulo do companheiro fez um discurso em sua homenagem afirmando que o mesmo era "o bom senso encarnado". A íntegra desse discurso consta do início de Obras Póstumas, em edição da FEB.

Tornando-se espírita convicto, seu amigo Allan Kardec,tendo sido escolhido para proferir o discurso à beira do seu túmulo. Posteriormente à sua morte, o iniciante nos estudos Allan Kardec, começou a se dedicar no aprofundamento teológico do espiritismo.

As obras de Flammarion, a partir de então, revelam a sua visão espírita sobre questões fundamentais para a humanidade, como se poderá constatar pelo títulos de algumas obras que constam listadas na bibliografia. Em algumas delas, como "Narrações do Infinito", poderá ser verificada, ainda, a atuação de Camille Flammarion como médium.

O Capítulo VI de A Gênese, uma das obras básicas do Espiritismo, intitulado "Uranografia Geral - o espaço e o tempo", é a transcrição de uma série de comunicações à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863, sob o título "Estudos Uranográficos". Tal obra foi provavelmente escrita por Kardec, embora tenha sido registrada como C.F., as iniciais de Camille Flammarion. Algumas comunicações da referida obra são atribuídas ao Espírito de Galileu.

Via Wikipedia

Mensagem do dia - 01/03/2011



LAVRADORES
"O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos." - Paulo.
(TIMÓTEO, 2:6)

Há lavradores de toda classe.

Existem aqueles que compram o campo e expiaram-no, através de rendeiros suarentos, sem nunca tocarem o solo com as próprias mãos.

Encontramos em muitos lugares os que relegam a enxada à ferrugem, cruzando os braços e imputando à chuva ou ao solo fracasso da sementeira que não vigiam.

Somos defrontados por muitos que fiscalizam a plantação dos vizinhos, sem qualquer atenção para com os trabalhos que lhes dizem respeito.

Temos diversos que falam despropositadamente com referência a inutilidades mil, enquanto vermes destruidores aniquilam as flores frágeis.

Vemos numerosos acusando a terra como inca- paz de qualquer produção, mas negando à gleba que lhes foi confiada a bênção da gota dágua e o socorro do adubo.

Observamos muitos que se dizem possuídos pela dor de cabeça, pelo resfriado ou pela indisposição e perdem a sublime oportunidade de semear.

A Natureza, no entanto. retribui a todos eles com o desengano, a dificuldade, a negação e o desapontamento.

Mas o agricultor que realmente trabalha, cedo recolhe a graça do celeiro farto.

E assim ocorre na lavoura do espírito.

Ninguém logrará o resultado excelente, sem es- forçar-se, conferindo à obra do bem o melhor de si mesmo.

Paulo de Tarso. escrevendo numa época de senhores e escravos, de superficialidade e favoritismo, não nos diz que o semeador distinguido por César ou mais endinheirado seria o legítimo detentor da colheita, mas asseverou, com indiscutível acerto, que o lavrador dedicado às próprias obrigações será o primeiro a beneficiar-se com
as vantagens do fruto.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

Fonte: http://www.febnet.org.br/