Mensagem do dia - 30/06/2011

Você sabe quem foi Júlio Abreu Filho?

Nascido na cidade de Quixadá, Estado do Ceará, a 10 de dezembro de 1893, e desencarnado em S. Paulo, no dia 28 de setembro de 1971.


Fez os cursos preparatórios no Estado do Ceará, no Colégio S. José (Serra do Estevão). Em 1911, ingressou na Escola Politécnica da Bahia, sediada em Salvador, não chegando a completar o curso. Em seguida transferiu- se para a cidade de Ilhéus, também no Estado da Bahia, onde passou a trabalhar na Delegacia de Terras, da Secretária da Agricultura. Foi funcionário da Prefeitura Municipal e da Estrada de Ferro Inglesa, participando ativamente da construção do trecho Ilhéus- Conquista, naquele mesmo Estado.

No ano de 1921, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar na companhia Light. Em 1929, ainda trabalhando nessa mesma empresa, foi transferido para São Paulo, participando da construção da usina hidroelétrica de Cubatão.

Nos idos de 1934- 35 dedicou- se ao magistério secundário, lecionando em vários colégios da Capital paulista. Em 1936, como funcionário da Secretária da Agricultura do Estado de S. Paulo, secção de engenharia rural, tomou parte saliente em vários e importantes projetos no interior do Estado.

No seio do Espiritismo exerceu numerosas atividades. Foi membro da diretoria da União Federativa Espírita Paulista. Participou ativamente da fundação da União das Sociedades Espíritas do Estado de S. Paulo, da qual foi conselheiro durante muitos anos. Teve marcante atuação no I Congresso Brasileiro de Unificação Espírita, realizado cm S. Paulo.

No ano de 1949, deu início a gigantesca tarefa de verter para o vernáculo a "Revue Spirite", revista espírita publicada por Allan Kardec durante doze anos consecutivos. Com esse propósito fundou a "Édipo - Edições Populares", lançando concomitantemente o jornal "Édipo" que teve vida efêmera. A divulgação da tradução da "Revue Spirite" foi mais tarde encetada pela "Edicel", de S. Paulo.

De sua bibliografia constam os livros "Erros Doutrinários", "Poeira da Estrada". Efetuou também a tradução para o português das obras "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "Profecias de Daniel e o Apocalipse".

Júlio Abreu Filho colaborou assiduamente em muitos jornais e publicações espíritas. Era orador bastante requisitado, tendo ocupado a tribuna de numerosas instituições espíritas. Foi ainda representante no Brasil, de vários organismos espíritas do exterior.

Nos últimos anos de sua vida viveu paralítico, passando por sofrimentos que lhe causaram muitos dissabores.

Via http://www.espirito.org.br

ANIVERSÁRIO DE CHICO XAVIER

Mensagem do dia - 29/06/2011

Você sabe quem foi Júlia Pêgo de Amorim?

Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 15 de setembro de 1879, sendo a primogênita do casal Marechal Antonio José Maria Pêgo Júnior e de D. Júlia Amália da Silva Pêgo. Diplomou-se em professora, pela antiga Escola Normal do DF, em 1898, lecionando em várias Escolas da Capital. Ocupou o cargo de Diretora de Música, da Escola Normal, estagiou na Escola “Benjamin Constant”, na Praia Vermelha, para cegos e foi diretora da Escola Pública de São Cristóvão, então 6º Distrito Escolar.


Casou-se em 1899, com o Dr. Aurélio D’Amorim, oficial do Exército, e foram residir no Alto da Boa Vista. Notando a ausência de Escolas naquela localidade, D. Júlia empenhou-se junto à Prefeitura Municipal, para que ali se fundasse uma, cedendo uma de suas salas para que funcionasse a primeira Escola do Alto da Boa Vista, mais tarde substituída pela Escola “Menezes Vieira”, ainda hoje existente no populoso bairro, da qual foi a primeira Diretora.

De família espírita, D. Júlia Pêgo de Amorim fez-se abnegada trabalhadora da Doutrina. Sua tia D. Engrácia Ferreira, pioneira do alfabeto Braille para cegos, desencarnou a 21 de abril de 1937. Menos de um mês depois, a 6 de maio, comunicava-se através de Chico Xavier, dando uma mensagem dirigida a D. Júlia, solicitando a continuação de sua obra. Onze dias depois, Chico recebe a segunda mensagem, agora na própria grafia do braille, que foi publicada em “Reformador” de junho de 1938; diz uma nota de rodapé da revista que o médium, por não conhecer o alfabeto braille, levou duas horas para receber essa comunicação psicográfica. Reproduzimos fotograficamente essa mensagem, que, em nosso abecedário, é assim transcrita: “Minha boa Julinha, a Paz de Deus, nosso Pai, seja em teu generoso coração, sempre tão cheio de fé. Trabalhemos pelos cegos, minha filha, pensando que a cegueira do espírito é bem mais triste que a dos olhos. Hei de ajudar-te com o favor de Deus. A tia - Engrácia.”

No dia 16 de novembro de 1938, transmite a 3ª mensagem, sugerindo que ela transpusesse para o Braille determinado Dicionário de Português, obra que havia deixada inacabada. D. Júlia atendendo a solicitação da querida amiga espiritual, aprendeu sozinha o alfabeto Braille, copiando letra por letra; para certificar-se, pediu a um cego que lesse o que havia escrito, cujo resultado encheu-lhe de alegrias e a partir daí, transformou-se numa verdadeira missionária do Braille.

Reuniu em sua casa várias senhoras interessadas nessa obra de altruísmo, na prática do ensino Braille. Em 1939, iniciou a transcrição do Dicionário da Língua Portuguesa, da autoria de Hildebrando Lima e Gustavo Barroso, cujo trabalho durou cerca de quatro anos, dando ao todo 64 volumes. Em 1945, Chico Xavier recebe a 5ª mensagem do Espírito Engrácia Ferreira, agradecendo a sobrinha o atendimento e o valioso trabalho em prol dos cegos.
D. Júlia iniciou um curso gratuito do Braille no centro da cidade, visando maior número de colaboradores. Transcreveu para esse alfabeto inúmeras obras espíritas e não espíritas, entre as quais: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “Agenda Cristã”, “Cartas do Evangelho”, “Voltei”, “Pequenas Mensagens” e muitos outros, todos doados à Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille” (SPLEB).

A sua desencarnação ocorreu no Rio de Janeiro, em 29 de novembro de 1974, aos 95 anos de idade, dos quais 37 dedicados à Doutrina Espírita e ao Braille. Deixou exemplos dignificantes, de quanto vale entender o Evangelho de Jesus e sua Doutrina, que enseja a fé raciocinada, capaz de separar a letra que mata, do espírito que vivifica.

Via http://www.espirito.org.br

Chico Xavier sobre o homossexualismo

Mensagem do dia - 28/06/2011

Você sabe quem foi Juvêncio de Araújo Figueiredo?

Nascido a 27 de setembro de 1865, em Coqueiros, Florianópolis, Estado de Santa Catarina, e desencarnado a 6 de abril de 1927, na mesma cidade.


Juvêncio de Araújo Figueiredo foi um infatigável servidor da Doutrina Espírita, devendo- se a ele grande parte dos trabalhos de divulgação que foram realizados no Estado de S. Catarina.

Iniciou sua vida como tipógrafo, passando posteriormente a colaborar em vários jornais, tanto de sua terra como de outros pontos do país. Poeta mavioso, teve a honra de fazer parte de um grupo de beletristas, do qual faziam parte Cruz e Souza, Santos Lostada, Oscar Rosas, Virgí1io Várzea, Horácio de Carvalho e outros. Em 1904, escreveu "Ascetérios". Logo após produziu alguns trabalhos inéditos, tais como "Praias" e "Novenas de Maio."

Foi companheiro e amigo predileto do genial Cruz e Souza, fazendo parte da Academia Catarinense de Letras, onde ocupava o número 17. No exercício de funções públicas, foi secretário da Municipalidade, em São José, naquele Estado, galgando posteriormente o elevado cargo de secretário da Assembléia Legislativa, em Florianópolis.

Araújo Figueiredo foi um dos mais notáveis médiuns espíritas, podendo- se mesmo dizer que foi uma das raras jóias da mediunidade, pois, além das incalculáveis possibilidades que os Espíritos do Senhor nele encontravam para suavizar as dores dos alquebrantados da alma e do corpo, era dotado de notável poder de análise e de discernimento. A sua mediunidade era das mais seguras, pois, como médium meticuloso e amante da verdade, tudo submetia ao crivo da razão e da lógica.

Correm por centenas os fatos produzidos por seu intermédio, principalmente as extraordinárias curas que conseguia realizar. Era também de se admirar as revelações que fazia a respeito daqueles que chegavam até a sua casa, atraídos meramente por curiosidade sobre os fenômenos que se produziam por seu intermédio.

Araújo Figueiredo viveu na Terra 62 anos, grande parte dos quais destinados à difusão do Espiritismo. Os que tiveram a oportunidade de conhecer ou conviver com esse grande seareiro, médium e conselheiro, puderam sentir o quanto vale um homem que tem dons de Espírito e que os coloca a serviço do seu próximo.

Via http://www.espirito.org.br

Serenidade Sempre - Divaldo Franco

Mensagem do dia - 21/06/2011

Você sabe quem foi João Maria Vianney - O Cura D'Ars?

João Maria Vianney nasceu em 8 de maio de 1786 em Dardilly, aldeia a dez quilômetros ao norte de Lyon. Foi o quarto filho do casal Mateus e Maria Vianney, que tiveram 7 filhos.


Desde os quatro anos, ele gostava de freqüentar a Igreja. Quando isso se tornou impossível, pelas perseguições que o Estado desencadeou, ele fazia suas orações habituais, todas as tardes, na casa dos pais.

Quando foi aberta uma escola, Vianney, adolescente a freqüentou durante dois invernos, porque ele trabalhava no campo sempre que o tempo permitia. Foi então que aprendeu a ler, escrever, contar e falar francês, pois em sua casa se falava um dialeto regional.

Foi na escola que se tornou amigo do padre Fournier, e aos poucos foi crescendo nele o desejo de se tornar sacerdote. Foi necessário muita insistência, pois o pai, de forma alguma, desejava dispensar braços fortes de que a terra necessitava.

Aos 20 anos ele seguiu para Écully, na casa de seu tio Humberto. Sabia ler, mas escrevia e falava francês muito mal. Além de aprimorar a língua pátria, precisou aprender latim, pois na época os estudos para o sacerdócio eram feitos em latim, bem assim toda a celebração litúrgica.

Em 28 de maio de 1811, com 25 anos de idade, na catedral Saint-Jean tornou-se clérigo de diocese. Por ter fama de ignorante perante os superiores, foi-lhe confiada a paróquia de Ars-en _Dombes, ou talvez porque lhe conhecessem a grandeza de alma.Em Ars, não havia pobres, só miseráveis.

João Maria Vianney chegou a Ars em uma sexta-feira, 13 de fevereiro de 1818. Veio em uma carroça trazendo alguns móveis e utensílios domésticos, alguns quadros piedosos e seu maior tesouro: sua biblioteca de cerca de trezentos volumes.

Conta-se que encontrou um pequeno pastor a quem pediu que lhe indicasse o caminho. A conversa foi difícil, pois o menino não falava francês e o dialeto de Ars diferia do de Écully. Mas acabaram por se compreenderem.

A tradição narra que o novo pároco teria dito ao garoto: "Tu me mostraste o caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu."Um pequeno monumento de bronze à entrada da aldeia lembra esse encontro.

Ele mesmo preparava suas refeições. Apenas dois pratos: umas vezes, batatas, que punha para secar ao ar livre. Outras vezes, "mata-fomes", grandes bolos de farinha de trigo escura. Um pouco de pão e água. Era o suficiente. Comia pouco.Quando lhe davam pão branco, trocava pelo escuro e distribuía o primeiro aos pobres.

Dizia: "Tenho um bom físico. Depois de comer não importa o quê e de dormir duas horas, estou pronto para recomeçar."

O que mais ele valorizava era a caridade e a gentileza. Grandes somas ele dispendia auxiliando os seus paroquianos. Dinheiro que vinha da pequena herança de seu pai, que lhe enviara seu irmão Francisco e de doações de pessoas abastadas, a quem ele sensibilizava pela palavra e dedicação.

Por volta de 1830, era muito grande o afluxo de pessoas que se dirigia a Ars. Os peregrinos não tinham outro objetivo senão ver o pároco e, acima de tudo, poder confessar-se com ele. Para conseguir, esperavam horas...às vezes, a noite inteira.

Esse pároco que dormia o mínimo para atender a todos, madrugada a dentro. Que vivia em extrema pobreza e austeridade, vendendo móveis , roupas e calçados seus para dar a outrem.

Comovia-se com a dor alheia. Quando se punha a ouvir os penitentes que o buscavam, mais de uma vez derramava lágrimas como se estivesse chorando por si próprio. Dizia: "Eu choro o que vocês não choram."

Tanto trabalho, pouca alimentação e repouso, foram cansando o velho Cura. Ele desejava deixar a paróquia para um pouco de descanso. Mas os homens e mulheres da aldeia fizeram tal coro ao seu redor, que ele resolveu permanecer.

Ele, que em sua juventude, fora ágil, agora andava arrastando os pés. Nos dias de inverno, sentia muito frio.

Em 1859, numa quinta feira do mês de agosto, dia 4, às duas da madrugada, ele desencarnou tranqüilamente.

Dois dias antes, já bastante debilitado fora visto a chorar. Perguntaram-lhe se estava muito cansado.

"Oh, não", respondeu. "Choro pensando na grande bondade de Nosso Senhor em vir visitar _nos nos últimos momentos."

João Maria Vianney comparece na Codificação com uma mensagem em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo VIII, item 20, intitulada "Bem-aventurados os que têm fechados os olhos", onde demonstra a humildade de que se revestia, o conceito que tinha das dores sobre a face da Terra e o profundo amor ao Senhor da Vida.

Mensagem de Bezerra de Menezes através de Divaldo Pereira Franco

Mensagem do dia - 20/06/2011

Você sabe quem foi João Leão Pitta?

Nascido no dia 11 de abril de 1875, na Ilha da Madeira, Portugal e desencarnado no dia 11 de fevereiro de 1957, no Brasil.


João Leão Pitta fez os seus primeiros estudos em sua terra natal, cursando um colégio particular e alcançando um grau de instrução equivalente ao nosso curso secundário. Terminados esses estudos deliberou ir para o continente a fim de se aperfeiçoar e escolher uma carreira.

Nessa altura surgiu um imprevisto: seus pais alimentavam a idéia de fazer com que ele seguisse a carreira eclesiástica e se ordenasse padre católico. Entretanto, a sua propensão era norteada no sentido de ser admitido na marinha portuguesa. Não conseguindo estudar o que aspirava, veio para o Brasil sem o consentimento de seus pais, aportando no Rio de Janeiro com apenas 16 anos de idade e com quatrocentos réis no bolso.

Não tendo conhecidos nem parentes, empregou- se numa padaria, onde, pelo menos, tinha acomodação e alimentação. Não se sentindo bem na antiga Capital Federal, deliberou transferir- se para a cidade de Piracicaba, no Estado de S. Paulo, onde se casou com Da. Maria Joaquina dos Reis, de cujo consórcio teve 12 filhos. Posteriormente voltou para o Rio de Janeiro, onde se ocupou da profissão de tecelão, chegando a ser contramestre da fábrica.

Um acontecimento, no entanto, mudou o rumo de sua vida. Uma de suas filhas ficou bastante doente, e ele, sem recursos para sustentar sua numerosa prole e atender à enfermidade da filha, resolveu procurar um Centro Espírita. Não estava animado do propósito de haurir os benefícios doutrinários do Espiritismo, mas sim, de obter a cura de sua filha. Foi ali que conheceu um médium receitista.

Pitta tinha o hábito de discutir. Porém, o médium não admitia discussões com referência à Doutrina Espírita e deu- lhe alguns livros para que os lesse. Fez as primeiras leituras com manifesta má vontade, mas, aos poucos, foi tomando interesse e estudou as obras básicas da codificação kardequiana.

Com a desencarnação de três de suas filhas, vítimas de uma epidemia, sua esposa, cumulada de profundos desgostos, fez com que a família voltasse de novo para Piracicaba. Conhecedor do Espiritismo, não perdeu tempo e logo descobriu que, na cidade, as reuniões espíritas eram realizadas mais por curiosidade de que por apego aos estudos. Tomou então a deliberação de conclamar alguns amigos, demonstrando- lhes a responsabilidade moral de cada um, após o que conseguiu, em companhia de outros confrades, compenetrados do caráter sério e nobilitante da Doutrina dos Espíritos, fundar, no ano de 1904, a "Igreja Espírita Fora da Caridade não há Salvação", a pioneira das instituições espíritas da cidade.

Logo após a fundação do Centro Espírita, o clero católico moveu- lhe acerba campanha e, como decorrência não conseguiu emprego na cidade e ficou sem crédito por mais de um ano. Todos lhe negavam serviço, apesar de ser homem honesto e trabalhador. Nesse período crítico de sua vida, sua esposa costurava para ganhar algum dinheiro, conseguindo assim amparar a família e superar a crise.

Logo após, conseguiu arranjar emprego numa loja de ferragens de propriedade de Pedro de Camargo, que mais tarde se tornou o famoso Vinícius. Nessa firma trabalhou durante 20 anos, chegando a ser sócio interessado, tal a sua operosidade e honestidade à toda prova.

Nos idos de 1926-29, como pretendesse melhorar sua situação econômico- financeira, a fim de propiciar melhor educação para seus filhos, instalou uma fábrica de bebidas. Tudo ia bem. Porém, como estivesse sempre pronto a atender aos amigos e aos necessitados, impulsionado pelo seu bom coração, acabou perdendo tudo, mais de duzentos contos de réis, verdadeira fortuna naquele tempo. Viu- se então face à dura contingência de hipotecar sua própria moradia, perdendo- a por excesso de amor ao próximo.

Em 1930, resolveu trabalhar na divulgação do Espiritismo, fazendo propaganda e angariando assinaturas para a "Revista Internacional de Espiritismo" e para o jornal "O Clarim". Deixou o convívio sossegado de seu lar, de seus filhos, para viajar pelo Brasil, percorrendo centenas de cidades, pregando o Evangelho e disseminando aquelas publicações e as obras espíritas do grande missionário que foi Caírbar Schutel.

Em todas as cidades por onde passava, fazia suas pregações doutrinárias. Profundo conhecedor dos textos evangélicos, esmiuçava- os com profundidade e com bastante clareza, tornando- os inteligíveis para todos. Quando falava, suas palavras eram cadenciadas e precisas.

Nessa obra missionária viveu 21 anos ininterruptos, percorrendo vários Estados do Brasil, notadamente Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os transportes por ele utilizados eram dos mais precários. Muitas vezes fazia longas caminhadas a pé, a cavalo, de trem, de caminhão e de ônibus, alimentando- se e dormindo mal. Tinha imenso prazer em atender aos convites que lhe eram formulados e, sentindo- se sempre inspirado pelo Alto, levava o conhecimento de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" a milhares de pessoas e lares. Fez milhares de conferências em Centros Espíritas, praças públicas e cinema.

Nessas extensas caminhadas, algumas de muitos quilômetros, auxiliava os mais necessitados com os recursos que ia amealhando. Socorria muitas pessoas, sem distinção de crença religiosa, dando- lhes dinheiro para consultar médicos, comprar óculos, adquirir mantimentos e para outros fins.

Era modesto no trajar. Possuía longas barbas brancas e a criançada o chamava de Papai Noel, pois também sabia brincar com as crianças e orientá-las. Sofria sempre calado, sem lamúrias, cônscio de que os sofrimentos na Terra são oriundos de transgressões cometidas em vidas anteriores.

Com a idade de 75 anos, foi acometido de pertinaz enfermidade e submetido a delicada intervenção cirúrgica, vindo a desencarnar 6 anos mais tarde.

João Leão Pitta deixou várias monografias inéditas.

Via http://www.espirito.org.br/

Saúde e Espiritualidade nas diferentes fases da existência

Mensagem do dia - 16/06/2011

Você sabe quem foi João Ghignone?


Dia 8 de junho de 1978, às 23 horas, desencarnou em Curitiba (PR), o venerando confrade João Ghignone, Presidente da Federação Espírita do Paraná, por mais de 40 anos.

Nasceu no dia 11 de fevereiro de 1889, sendo natural de Serravale Sesia, no Piamonte, Itália. Seus pais transferiram residência para o Brasil em 1894, quando ele contava 5 anos de idade.

Espírita desde a sua juventude, deu o melhor de seus esforços em benefício da propaganda da Doutrina.

Como Presidente da Federação Espírita do Paraná, apoiou e participou de todos os eventos espíritas de seu Estado. Tomando parte em vários Congressos, Simpósios, Semanas Espíritas e tudo o mais que engrandecesse a Doutrina, como: o “III Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas”, o “Pacto Áureo”, do CFN da FEB, foi o anfitrião da “4ª Zonal” realizada pelo CFN no Paraná, juntamente com sua valorosa equipe de trabalhadores. Fundou várias instituições espíritas, como o Instituto Lins de Vasconcelos, o Sanatório Bom Retiro, O Lar de Icléa, o Lar Infantil Mariinha, o Albergue Noturno de Curitiba e a Cidade da Criança. Apologista da Cultura Espírita, incentivou a publicação de livros espíritas, pela FEP, de vários autores, como: Deolindo Amorim, Victor Ribas Carneiro, Alexandre Sech e tantos outros.

João Ghignone foi um homem bom, humilde e simples, a serviço da Cultura, do Bem e da Verdade, como bem disse de si, uma reportagem de “O Estado do Paraná”, transcrita em “Mundo Espírita” de 28 de fevereiro de 1973.

A esse gigante, o ilustre cidadão paranaense, que muito contribuiu para o desenvolvimento de sua cultura e outros ramos de atividades humanas, cristãs e espíritas, as nossas mais sinceras homenagens. Rogando a Deus e a Jesus muitas luzes no seu caminho no Plano Espiritual.

Aos seus familiares e à família espírita do Paraná, a nossa solidariedade cristã.

Via http://www.espirito.org.br/

Divaldo Franco - A Busca da Iluminação Interior

Mensagem do dia - 15/06/2011

Você sabe quem foi João Fusco?

João Fusco, mais conhecido por Jofus, nasceu na cidade de Araraquara, Estado de São Paulo, no dia 1o. de junho de 1895, e desencarnou em S. Paulo, com 50 anos de idade a 6 de julho de 1945.

Filho de pais humildes e católicos, viveu a maior parte de sua infância e mocidade na cidade de Araraquara, casando- se no ano de 1910, com d. Regina Pavezi Fusco. Fez ainda nessa mesma cidade os cursos primário e de Contabilidade e, mais tarde, em S. Paulo, estudou Ciências Econômicas. Era profundo conhecedor de Direito e História. Possuía marcante inteligência e uma personalidade moral que causava assombro a todos que com ele conviviam.

João Fusco tornou- se espírita na cidade de Rio Preto, no longínquo ano de 1929, após ler alguns livros sobre Espiritismo. O que contribuiu decididamente para a sua conversão foi a cura, por seu intermédio, de uma senhora doente, após ter ela sido desenganada por médicos, padres, pastores e curandeiros.

A partir dessa época tornou- se profundo estudioso das obras da Codificação Kardequiana. O Centro Espírita "Allan Kardec", da cidade de S. José do Rio Preto, foi o marco inicial de uma nova era na vida de João Fusco, pois os dirigentes daquela instituição, vendo nele um homem culto, estudioso, enérgico e moralista, resolveram entregar- lhe a direção do Centro.

Jofus reorganizou vários Centros Espíritas do Estado de S. Paulo e do Triângulo Mineiro, instituindo a escrituração, elaboração de estatutos, quadro associativo, bibliotecas, venda e distribuição de livros, jornais e revistas espíritas. Instalou cursos de Evangelização da Infância, de estudos de "O Livro dos Espíritos", de alfabetização de adultos e crianças, de oratória e de desenvolvimento mediúnico, tornando- se mesmo um pioneiro na implantação das escolas espíritas.

Encetou numerosas viagens pelos Estados de S. Paulo e Minas Gerais, proferindo palestras, distribuindo livros e folhetos de sua autoria, numa lídima campanha contra os conspurcadores da Doutrina Espírita. Em 1931 travou conhecimento pessoal com Caírbar Schutel, passando a manter estreito contacto com o apóstolo de Matão, em tudo aquilo que dizia respeito à difusão do Espiritismo, formando- se mesmo o eixo Matão - S. José do Rio Preto, na obra de esclarecimento e de combate aos pseudos cristãos.

Entre os escritos de João Fusco podemos destacar os folhetos "O Anticristo", "Os Violadores da Lei", "Desfazendo Calúnias do Clero Romano", "Advertências", "Falsos Profetas", "Contrastes", "Aviso aos Incautos", "Deus", "Os Centros e suas Denominações", "Escola Nova", "Os Mortos Vivos", e outros.

Em 1933 transferiu sua residência para S. Paulo e, nessa cidade, prosseguiu sua tarefa persistente em favor da disseminação do Espiritismo. Recebia diariamente volumosa correspondência vinda de pessoas que demandavam o consolo espiritual, conselhos e orientação para a cura do corpo e da alma.

Jofus possuía várias faculdades mediúnicas, dentre as quais a vidência, audição, curas e transporte. Há uma enorme bagagem de feitos benéficos efetuados por intermédio desse saudoso companheiro, durante a sua permanência entre nós, notadamente no período de 1929 a 1945.

Espírito varonil, comunicativo, afável para com todos, a sua palavra consolava sobremaneira. Todos sentiam- se bem em sua presença. Situava a Doutrina dos Espíritos acima de tudo e era intransigente no cumprimento dos seus deveres cristãos.

Em 30 de janeiro de 1939 fundou no bairro do Itaim, na Capital do Estado de S. Paulo, o primeiro Centro Espírita a prestar homenagem ao apóstolo de Matão, dando- lhe o nome de Centro Espírita Caírbar Schutel. Foi ainda fundador de outras sociedades espíritas, dentre elas o Centro Espírita Ismael, em Vila Guarani, na mesma cidade, fato ocorrido no dia 30 de junho de 1940.

O efeito de sua obra ainda hoje se faz sentir e sua amplitude não pode ser descrita numa pequena súmula biográfica.

Divaldo Franco - Atividade Na Casa Espírita - Parte 1

Mensagem do dia - 13/06/2011

Você sabe quem foi José Petitinga?

Nascido no dia 2 de dezembro de 1866 e desencarnado a 25 de março de 1939.


Cabe a José Florentino de Sena, mais conhecido por José Petitinga, a glória de fazer Espiritismo organizado no Estado da Bahia, tornando- se um dos espíritas de maior projeção naquele Estado.

Consta que freqüentara e abandonara, em sua mocidade, por falta de recursos econômicos, um curso acadêmico. Era, no entanto, um homem dotado de sólida cultura geral, sendo notáveis suas lides jornalísticas, literárias e espíritas. Na qualidade de poeta, jornalista, contabilista e lingüista, era sobejamente estimado em sua época; como sertanista sabia recolher da Natureza virgem os grandes ensinamentos da vida. Grande conhecedor da nossa flora medicinal, jamais regateava a sua terapêutica de emergência a quantos dele se socorriam nas muitas viagens que fazia ao longo do Rio São Francisco.

Era zeloso cultor do vernáculo, ao ponto de merecer de César Zoma -- político, latinista e orador baiano, a seguinte afirmação: "Não Bahia, em conhecimentos de latim, eu, e de português, o Petitinga".

Com 21 anos de idade leu "O Livro dos Espíritos", e ulteriores estudos e perquirições levaram- no a fundar, na cidade de Juazeiro, o "Grupo Espírita Caridade", onde foram recebidas, através do conceituado médium Floris de Campos Neto, belas e incentivadoras mensagens da entidade espiritual que assinava "Ignotus".

Indo, em 1912, para a cidade do Salvador, Petitinga reviveu em sua residência, o "Grupo Espírita Caridade", aí reunindo companheiros realmente dedicados à Doutrina dos Espíritos e isentos do personalismo desagregador. Convidado, logo após, a participar do "Centro Espírita Religião e Ciência", que passava por uma fase de declínio, ele tudo fez para restaurá-lo. Mesmo com os poderes extraordinários que a Assembléia Geral lhe outorgou, tudo foi em vão.

Notando que a decadência daquela sociedade se devia em parte à falta de unidade doutrinária, à ausência de uma direção geral, Petitinga pensou, então, em fundar uma sociedade orientadora do movimento espírita no Estado, o que conseguiu materializar no dia 25 de dezembro de 1915, quando, em histórica reunião realizada na sede do "Grupo Espírita Fé, Esperança e Caridade", instalou a UNIÃO ESPÍRITA BAIANA, hoje transformada em Federação Espírita do Estado da Bahia.

No início a União Espírita Baiana não tinha sede em lugar definido, transferindo- se várias vezes de local, até que nasceu, cresceu e vingou a idéia da aquisição de sede própria, tão necessária à tranqüilidade dos dirigentes daquele movimento divulgador do Espiritismo. Em 4 de julho de 1920, a Diretoria recebia plenos poderes para trabalhar naquela direção e, em 3 de outubro do mesmo ano, foi solenemente inaugurada a sede própria situada no histórico Terreiro de S. Francisco (hoje Praça Padre Anchieta n.o. 8), onde funciona até o presente.

José Petitinga nasceu na fazenda denominada "Sítio da Pedra", margem direita do Rio Paraguaçu, termo de Monte Cruzeiro, Comarca de Amargosa, no Estado da Bahia, e desencarnou na cidade de Salvador. Era filho de Manoel Antônio de Sena e Maria Florentina de Sena.

Jornalista com brilhante atuação em diversas publicações da época, poeta elogiado por Sílvio Romero, Múcio Teixeira, Teotônio Freire e outros literatos de renome, orador fluente e ilustrado, José Petitinga se constituiu de direito e de fato, o centro de convergência do movimento espírita naquele Estado, que teve as primícias da propaganda doutrinária em nosso país. Sua figura, misto de humildade e austeridade, tornou- se popular naquela velha capital, infundindo respeito e consideração até aos próprios adversários da Doutrina Espírita.

São de sua autoria os livros de poesias "Harpejos Vespertinos", "Madressilvas" e "Tonadilhas", obras essas que mereceram grandes elogios de vários jornais importantes da época, inclusive do "Jornal do Comércio", do Rio de Janeiro. O nome Petitinga foi usado como pseudônimo, nos primeiros artigos que escreveu, para fugir à censura paterna e de seus patrões, que não admitiam que um rapazola se metesse em lutas políticas, desafiando com sua preclara inteligência tradicionais políticos da época. Colaborou assiduamente em vários jornais e publicações de Nazaré, Amargosa, Juazeiro, Salvador e outras cidades.

Em face da popularidade do pseudônimo, pelo qual passou a ser conhecido em todo o mundo, resolveu adotá-lo como sobrenome, em substituição ao "Florentino de Sena", fazendo, para tanto, declaração pública através de Cartório.

José Petitinga, exemplo fiel de perseverança e trabalho, presidiu a União Espírita Baiana até a data da sua desencarnação, dando tudo de si -- material e espiritualmente -- para o engrandecimento daquela tradicional instituição e para a difusão do Espiritismo naquele grande Estado brasileiro.

Via http://www.espirito.org.br

Chico Xavier no fantástico

Mensagem do dia - 07/06/2011

Você sabe quem foi José Machado Tosta?

Era português, nascido na Ilha Terceira (Açores), em 29 de dezembro de 1873. Veio para o Brasil, acompanhado de seus pais, ainda muito criança. A sua desencarnação ocorreu no bairro de Marechal Hermes, no Rio de Janeiro, no dia 27 de abril de 1929.


José Machado Tosta foi um grande propagador do Espiritismo, idealizador e criador de colunas espíritas na Imprensa Leiga, notadamente na “Gazeta de Notícia” e em “O Jornal”, tradicionais órgãos da imprensa carioca. Foi secretário da União Espírita Suburbana, em Marechal Hermes, ao lado de Ignácio Bittencourt, o extraordinário médium e espírita de saudosa memória.

Com Carlos Imbassahy fundou o Centro Espírita “Fraternidade”, de M. Hermes, em cuja casa, emprestou assídua colaboração, tornando-se respeitado e acatado por toda população do movimentado bairro. Ao lado de Ismael Gomes Braga e de outros idealistas, muito trabalhou pela implantação do Esperanto nos meios espíritas, mantendo volumosa correspondência com o mundo esperantista, fazendo por esse meio intensa propaganda da Doutrina dos Espíritos. Amigo e admirado de Cairbar Schutel, fez-se representante de “O Clarim” e da “Revista Internacional de Espiritismo”, concorrendo de forma notável para difusão das obras do Apóstolo de Matão.

José Machado Tosta foi um autêntico paladino na divulgação e na defesa da pureza doutrinária do Espiritismo. Apologista da propaganda espírita nos meios profanos, promoveu com César Gonçalves e Jôhnatas Botelho inúmeras conferências públicas, em cinemas, teatros e logradouros públicos, atraindo as elites intelectuais para assistí-las, pelo gabarito dos conferencistas, como Viana de Carvalho, Dr. Ivon Costa, Dr. Guillon Ribeiro e tantas outras personalidades espíritas. Seu objetivo era propagar a Doutrina em todas as camadas sociais.

Foi poeta e literato, companheiro de Amaral Ornelas, deixou apreciável bagagem em prosa e verso. José Machado Tosta é um nome que honra a posteridade, pelo exemplo, pelo amor e por tudo quanto realizou na Doutrina Espírita.

Via http://www.espirito.org.br

Escolhendo o Futuro - Divaldo Pereira Franco

Mensagem do dia - 06/06/2011

Você sabe quem foi José Herculano Pires?

Nasceu em 25/09/1914, na antiga Província de Avaré, Zona Sorocabana e desencarnou a 09/03/1979, em São Paulo. Filho do farmacêutico José Pires Correa e da pianista Bonina Amaral Simonetti Pires. Fez seus primeiros estudos em Avaré, Itai e Cerqueira César. Revelou sua vocação literária desde que começou a escrever.



Aos 9 anos fez o seu primeiro soneto, um decassílabo sobre o Largo São João, da cidade natal. Aos 16 anos publicou seu primeiro livro, Sonhos Azuis (contos) e aos 18 anos o segundo livro, Coração (poemas livres e sonetos). Já possuía seis cadernos de poemas na gaveta, colaborava com jornais e revistas da época, da Província de São Paulo e do Rio. Teve vários contos publicados com ilustrações na Revista Artística do Interior, que promoveu dois concursos literários, um de poemas, pela sede da UAI em C. César, e outro de contos, pela Seção de Sorocaba.

Mário Graciotti o incluiu entre os colaboradores permanentes da seção literária de A Razão , em S. Paulo, que publicava um poema de sua autoria todos os domingos. Transformou (1928) o jornal político de seu pai em semanário literário e órgão do UAI. Mudou-se para Marília em 1940 (com 26 anos), onde adquiriu o jornal Diário Paulista e o dirigiu durante seis anos. Com José Geraldo Vieira, Zoroastro Gouveia, Osório Alves de Castro, Nichemja Sigal, Anthol Rosenfeld e outros promoveu, através do jornal, um movimento literário na cidade e publicou Estradas e Ruas (poemas) que Érico Veríssimo e Sérgio Millet comentaram favoravelmente. Em 1946 mudou-se para São Paulo e lançou seu primeiro romance O Caminho do Meio , que mereceu críticas elogiosas de Afonso Schimidt, Geraldo Vieira e Wilson Martins. Repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e critico literário dos Diários Associados . Exerceu essas funções na Rua 7 de Abril por cerca de trinta anos.

Autor de oitenta livros de Filosofia, Ensaios, Histórias, Psicologia, Parapsicologia e Espiritismo, vários de parceria com Chico Xavier.

É um dos autores mais críticos dentro da Doutrina Espírita. Sua linha de pensamento é forte e altamente racional, combatendo os desvios e mistificações.

Alegava sofrer de grafomania, escrevendo dia e noite. Não tinha vocação acadêmica e não seguia escolas literárias. Seu único objetivo era comunicar o que achava necessário, da melhor maneira possível.

Graduado em Filosofia pela USP, publicou uma tese existencial: O Ser e a Serenidade .

Momento Espírita - A dor do abandono

Mensagem do dia - 01/06/2011

Você sabe quem foi José Bernardino Gonçalves Teixeira?

Rebuscando em edições remotas da "Revista de Espiritismo", precisamente no número 4, 5 e 6 de Julho/Dezembro de 1938, fomos encontrar notícia acerca de mais uma ilustre personalidade do movimento espírita português das décadas de 20 e 30.

Infelizmente é difícil encontrar alusões a muitas outras personalidades que alimentaram o movimento de então, quer na sua florescência, quer na clandestinidade a que se viu remetido devido às atitudes perseguidoras do Estado Novo.

Sob o título "Figuras que Marcam", encontrámos esta rubrica da autoria de Sousa Carvalho, editor da "Revista de Espiritismo", em 1938, e que transcrevemos pelo seu interesse:

«Em 20 de Novembro de 1934, isto é, dois anos certos depois de ter perdido a espôsa (20 de Novembro de 1932), falece, em Lisboa o Dr. Gonçalves Teixeira.

Possuidor de uma sólida cultura, êste homem ilustre era, a par disso, de um carácter lídimo, de uma modéstia impressionante e de uma bondade difícil de igualar.

A morte de um filho, já formado em medicina, levou-o a procurar no espiritismo os lenitivos para a sua dura provação.

Sendo Director Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros — não hesitou em aceitar o cargo de presidente da Assembleia Geral da Federação Espírita Portuguesa, onde prestou os mais relevantes serviços.

Os graves desgostos, infligidos por alguns CORIFEUS do espiritismo, que por cá campeavam, levaram o Dr. Gonçalves Teixeira a abandonar um cargo, a que dera tanto lustre e elevação.

Que os adeptos da causa saibam enviar ao espírito do Dr. Gonçalves Teixeira pensamentos de amor e de gratidão.

Pelos vistos, a par das grandes figuras que perfilavam no movimento espírita português, evidenciam-se os problemas de entendimento que sempre os acompanharam, quando as diferentes perspectivas sobre um assunto não conseguiam ultrapassar as nuvens teimosas do personalismo paralisante. Ao fim e ao cabo, uma situação ainda do nosso quotidiano, a urgir mudança interior.

Via http://www.espirito.org.br

Livros básicos espíritas