Mensagem do dia - 31/05/2011

Você sabe quem foi Jair Soares?

Registramos, com muita saudade, o desencarne do irmão Jair Soares, ocorrido aos trinta minutos do dia três de agosto de 1992, no Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte, MG, onde se achava internado, para tratamento de afecção cardiovascular.

Foi o fundador do Informativo "Voltando às Origens" e do Grupo da Fraternidade Irmã Ló, aos quais emprestou o calor de sua dedicação, com o mais puro idealismo. Tornou-se, assim, merecedor de nossa imorredoura gratidão.

Nasceu na cidade de Teixeiras, no Estado de Minas Gerais, em 27/02/1910, sendo seus pais Manoel Luiz Soares Gomes e Laura Augusta Nogueira Soares. Aos 29 anos, veio para Belo Horizonte, então bucólica cidade, a qual passou a amar como a própria terra natal, traduzindo em obras beneméritas o seu afeto cristão.

Aqui se radicou, definitivamente, exercendo a profissão de Técnico de Contabilidade para várias casas comerciais, até a merecida aposentadoria. Dotado de ilibado caráter, profundo conhecedor da ciência contábil, conquistou invejável reputação no comércio atacadista local.

Casou-se em 22-09-1932, com a confreira Elvira de Barros Soares, a Dª Ló, corno era conhecida na intimidade. Foi o

seu anjo bom pela vida afora. Do consórcio nasceram os filhos Ed, Edgard, Elcy e Vilma, que lhe sobrevivem.

Nascido de família católica, converteu-se ao Espiritismo em 1934, trazido pela amorável esposa.

Desde quando se mudou para a Capital, passou a colaborar ativamente no Centro Espírita Oriente, emprestando o brilho de sua dedicação a várias diretorias.

Fez, ainda da própria residência, à Rua Paraisópolis, no Bairro de Santa Tereza, verdadeira Meca do Espiritismo, com a fundação do Grupo Sheila, destinado à materialização-amor dos Espíritos Benévolos, para tratamento direto de enfermos do corpo e do espírito. Foi a primeira vez que soubemos dessas reuniões para aliviar a dor e não para provar a sobrevivência da alma.

Sessões memoráveis foram realizadas, com os médiuns Fábio Machado, Francisco Lins Peixoto, o “Peixotinho”, Levi Guerra e Ênio Wendling. Os livros Materializações Luminosas e Forças Libertadoras, do escritor R. A. Raniere, são repositórios de algumas dessas reuniões, que constituíram fase brilhante de materialização em nossa Pátria.

Na residência do incansável nasceram o Hospital Espírita André Luiz e o Movimento da Fraternidade, fundados, respectivamente, a 25-12-1949 e 04-11-1046; o primeiro, modelar instituição filantrópica, dirigido pela "Oscal -Organização Social Cristã Espírita André Luiz" e o seu departamento "Cidade da Fraternidade", em Alto Paraíso -GO. Através do Movimento da Fraternidade, que conta com dezenas de Grupos em vários Estados da Federação, consubstanciava-se o seu plano de ver o Brasil coberto pela Fraternidade.

Em 21-06-1952, fundou o Grupo da Fraternidade Irmã Scheila, à Rua Aquiles Lobo, que mantém três núcleos assistenciais: o "Centro Espírita Oriente",. a "Casa do Caminho Irmão Jerry" e a "Casa Espírita André Luiz", que beneficiam a incontáveis pessoas carenciadas.

Após o desencarne de Dª Ló, ocorrido em 18-01-1971, adaptou a própria residência para o funcionamento de um Centro Espírita e, em 1983 nela instalou o Grupo da Fraternidade Irmã Ló. Passou a viver, então, inteiramente dedicado á intensa atividade espiritual e assistencial.

Em outras instituições que receberam também o esforço de sua dedicação, está o “Abrigo de Jesus”, a respeitável obra fundada pelo irmão Osório de Morais, que acolhe e educa crianças desprotegidas. Durante anos foi seu diretor-tesoureiro, donde se afastou para fundar o Hospital André Luiz..

Como queria Jair Soares, o seu velório foi assinalado por preces e suaves canções espíritas, entoadas pelos Corais “Irmã Ló” e “Irmã Sheila”, dentro do cenário de resignada saudade. Falaram a confreira Ruth Birman e os confrades Pedro Ziviane e Jarbas Franco de Paula. E, na tarde do dia 03-08-1992, da sede do Grupo da Fraternidade Irmã Ló, com grande acompanhamento, saiu o féretro em direção ao Cemitério da Saudade.

Esperamos que, após o almejado reencontro com os entes queridos que o precederam, recuperado das salutares provas de longa existência terrena, venha a sobra amiga de Jair Soares adejar em torno das atividades beneméritas que fundou. Um dia, certamente, estaremos todos reunidos, por imortal afinidade, no grande lar espiritual que nos aguarda. “Andai como filhos da luz”(da epístola de Paulo).

Via http://www.espirito.org.br

BEZERRA DE MENEZES - O DIÁRIO DE UM ESPÍRITO

Mensagem do dia 30/05/2011

Você sabe quem foi Inácio Bittencourt?

Nascido a 19 de abril de 1862, na Ilha Terceira, Arquipélago dos Açores, Freguesia da Sé de Angra do Heroísmo (Portugal), e desencarnado no Rio de Janeiro a 18 de fevereiro de 1943.


Em plena juventude, emigrou para o Brasil, sem alimentar idéia de enriquecimento, mas buscando um ideal que sua intuição afirmava poder encontrar em sua segunda pátria.

Sem qualquer proteção ou amparo, desembarcou no Rio de Janeiro, sozinho e com irrisória quantia no bolso. Entretanto, já era um jovem de caráter sério e de grandes dotes morais.

Inácio Bittencourt foi um desses abnegados, que só se alegravam com a alegria do seu semelhante. Por isso foi aquinhoado com a mediunidade natural, que geralmente depende da evolução espiritual do indivíduo. Ela surgiu espontaneamente, sem qualquer esforço de planejamento, como um imperativo da essência de sua alma boa e sempre disposta à prática do bem.

Aos vinte anos de idade inteirou- se da verdade espírita. Bastante enfermo e desesperançado, foi levado à presença de um médium chamado Cordeiro, residente na Rua da Misericórdia, no Rio de Janeiro, e, graças ao auxílio espiritual recebido, teve a sua saúde completamente restabelecida. Inconformado com a rapidez da cura, voltou e indagou do médium: "Não sendo o senhor médico, não indagando quais eram os meus padecimentos e não me tendo auscultado ou apalpado qualquer um dos órgãos, como pôde curar- me?"

E a resposta veio incontinenti: "Leia "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "O Livro dos Espíritos". Medite bastante e neles encontrará a resposta para a sua indagação".

Bittencourt seguiu o conselho e, desde logo, com grande surpresa e naturalidade, se apresentaram nele algumas faculdades mediúnicas. Descortinando novos horizontes, rompido o véu que impedia que conhecesse novas verdades, integrou- se resolutamente na tarefa de divulgação evangélica e de assistência espiritual aos mais necessitados.

Bem cedo, com trinta anos de idade, sua personalidade alcançou grande destaque nos meios espíritas e mesmo fora deles. Poderia ter alcançado culminância na política, desde que aceitasse a indicação de seu nome para uma chapa de deputado, uma vez que era apoiado por vários senadores da República. Sua vitória na eleição não sofreria dúvida. Porém, sempre humilde, fugindo aos movimentos alheios à caridade, preferiu viver no seu mundo, no qual reinava a figura exponencial e amorosa de Jesus Cristo.

Fundou a 1.o. de maio de 1912, e dirigiu- o durante mais de trinta anos, o semanário "Aurora", que se tornou conhecido e apreciado veículo de divulgação doutrinária. Sob sua presidência foi fundado cm 1919 o "Abrigo Tereza de Jesus", tradicional obra assistencial até hoje em pleno funcionamento, com larga soma de benefícios a crianças desamparadas, de ambos os sexos.

Fundou o Centro Cáritas, juntamente com Samuel Caldas e Viana dc Carvalho, presidindo- o até a data da sua desencarnação. Tomou parte ativa na fundação da "União Espírita Suburbana" e do "Asilo Legião do Bem", que acolhe vovozinhas desamparadas. Durante alguns anos exerceu também a Vice- Presidência da Federação Espírita Brasileira, presidiu o "Centro Humildade e Fé", onde nasceu a "Tribuna Espírita", por ele dirigida durante alguns anos.

A mediunidade receitista e curadora de Inácio Bittencourt mereceu diversas opiniões. Algumas vezes chegou a ser processado "por exercício ilegal da medicina", mas sempre foi absolvido. Em 1923 houve um acórdão importante do Supremo Tribunal Federal, a respeito.

Certa vez, no Centro Cáritas, ao ensejo de uma prece, ouviram- se na sala, de forma bastante nítida, acordes de um violino. O artista invisível executava estranha e belíssima melodia, envolvendo a todos em profunda emoção.

Bittencourt, então, salientou que aquela audição representava magnânima manifestação da graça de Jesus Cristo, permitindo que chegasse ao grupo o de que mais ele necessitava, para compreender a ressonância de uma prece sincera no plano divino.

Manifestações dessa natureza não eram raras no Centro Cáritas, possibilitando sempre vibrações amorosas dos encarnados, protegidas pelos Mentores Espirituais, de maneira que essas forças ali chegavam para as sensibilizantes demonstrações de afeto e carinho.

Não foi somente como médium receitista e curador que Inácio Bittencourt grangeou a notoriedade, a estima e a admiração de todos, mas igualmente como médium apto a receber do Alto maravilhosa inspiração que, durante larga fase do seu mediunato, se manifestou notória e admirável, sempre que ele assomava às tribunas doutrinárias, principalmente à da Federação Espírita Brasileira, a cujas sessões de estudos comparecia com bastante assiduidade.

Embora não fosse dotado de cultura acadêmica, escrevia artigos doutrinários de forma surpreendente, e fazia uso da palavra em auditórios espíritas de forma bastante eloqüente. O simples fato de dirigir um jornal de grande penetração como o foi "Aurora", demonstra a fibra e o valor desse seareiro incomparável e incansável.

Com 80 anos de idade, retornou à patria espiritual, após lenta agonia. Dias antes da sua desencarnação, com a coragem e a serenidade de um justo, ditara para os seus familiares os termos do convite para os seus funerais: "A família Inácio Bittencourt comunica o seu falecimento. A pedido do morto, dispensam- se flores". Dona Rosa, sua bondosa companheira, ponderou: "Você amontoou flores na vida terrena, e essas flores virão agora engalanar a sua vida espiritual". O velho seareiro, dando, mais uma vez, prova admirável da capacidade de transigência do seu Espírito altamente evoluído, aquiesceu: "Está bem. Concordo com você e aceito as flores. Elas significarão a simpatia e o afeto de bondosos amigos para com o meu Espírito. Mas desejo que se transformem na derradeira homenagem que presto a você, nesta encarnação, ofertando- lhas logo após recebê-las. Nosso filho Israel se encarregará de proceder à oferenda".

Inácio Bittencourt foi um exemplo vivo de virtudes santificantes. A todos os golpes de malquerença e a todos os gestos de ofensa, sempre replicava com sorriso e perdão. Soube sempre ser tolerante e compreensivo para com aqueles que o criticavam. Levou sempre a assistência material e espiritual a todos aqueles que dela necessitavam, fazendo com que sua ação fecunda e benfazeja se baseasse sempre nos lídimos preceitos evangélicos, pois, como poucos, ele soube viver e praticar os ensinamentos do Meigo Rabi da Galiléia.

Falando com clareza e simplicidade, esforçou- se sempre em desvendar, para os seus semelhantes, o véu que oculta as verdades eternas que os homens chamam de mistérios divinos. Caminhou sempre sem protestos ou lamentações. Que a vida bem vivida desse grande propagador do Espistismo possa nos servir de bússola a fim de nos orientar nos momentos de vacilações e de tribulações.

As curas operadas através da mediunidade de Inácio Bittencourt foram das mais marcantes. Inúmeros casos, que eram considerados perdidos pela medicina oficial, foram resolvidos pela sua interferência, tornando- se assim um ponto de convergência para os sofredores de todos os matizes.

A Sexualidade à Luz da Doutrina Espírita

Mensagem do dia - 27/05/2011

Você sabe quem foi Indalício Mendes?

Em Leopoldina, Minas Gerais, em 23 de maio de 1901, nascia Indalício Hildegárdio Mendes. Filho de Maria Lídia da Rocha Mendes e Cristóvão José Mendes, teve como irmãos Otília, Iremarco e Dulcina.

Gêmeo de sete meses, foi criado nos primeiros dias de vida em uma caixa de sapatos, envolto por algodão, para que sobrevivesse. Seu irmão não teve a mesma sorte. Com aparência franzina, muito claro, de olhos muito azuis, sua saúde sempre inspirava cuidados, que eram tratados com desvelo, primeiro por sua mãe, depois por sua dedicada esposa.

Com um mês de vida, Indalício veio com sua família para o Rio de Janeiro. Foram morar no bairro de São Cristóvão.

Autodidata, cursou até o ginasial, quando começou a trabalhar para ajudar a família, empregando-se na firma White Martins, onde criou o logotipo "estrela verde", usado até hoje. Fez carreira, chegando à posição de Diretor da Seção de Propaganda, e de lá saiu apenas para se aposentar.

Desde pequeno apresentava gosto pela leitura, que o acompanhou por toda a vida, resultando disso uma invejável ilustração e aprofundada cultura, abrangendo os mais variados ramos e temas do conhecimento humano. Versado em línguas estrangeiras, lia com facilidade obras em inglês, francês, italiano e espanhol.

Em sua biblioteca de centenas de livros, deixou nas margens dos mesmos preciosos comentários e observações, que enriquecem os textos.

Indalício conheceu Nadir, sua esposa, no Rio de Janeiro. Foi em 1925, no dia 24 de dezembro, na igreja de São Salvador, em Campos, que receberam a benção nupcial. Desta união nasceram Myrian Neide e Spencer Luiz, que lhes deram sete netos e quatro bisnetos.

Foi depois de uma pneumonia, na década de 40, que começou sua busca espiritual. Luís Fernandes da Silva Quadros, tio de sua esposa e membro da Federação Espírita Brasileira, convidou-o a conhecer a doutrina e a Casa de Ismael, despertando-o para o caminho novo que surgia. Indalício passara anteriormente pelas idéias materialistas, marxistas e simpáticas a Herbert Spencer, de que teve a inspiração para dar o nome a seu filho.

Na Casa Máter, dedicou-se principalmente ao estudo das obras da Codificação de Allan Kardec, e "Os Quatro Evangelhos", de Roustaing. Em 1943, foi empossado como Secretário de "O Reformador", revista oficial da FEB. Foi com o Artigo de fundo "Libertação pelo Evangelho", publicado em março de 1944, que Indalício iniciou sua colaboração em "O Reformador". Mais de seiscentos artigos se sucederam ao longo de 32 anos.

Deu também sua colaboração durante quatro anos na Comissão de Assistência da FEB, sendo ali companheiro de trabalho de Luís Quadros.

Em 1953 entrou para o Conselho Federativo Nacional, como representante da Federação Espírita Paraibana e em 1956 foi eleito membro efetivo do Conselho Superior da FEB.

Indalício Mendes foi autor do "árduo" estudo comparativo das obras literárias de Humberto de Campos - Homem - e Humberto de Campos - Espírito, conforme consta em "Duas Palavras", do livro "A Psicografia ante os Tribunais". Este trabalho reuniu toda a documentação necessária à defesa de Chico Xavier e da FEB, entregue a Miguel Timponi.

Em 1975 foi eleito Vice-Presidente da FEB mas, daí por diante, suas forças começaram a declinar e sua presença era solicitada ao lado de sua dedicada esposa. Deixou o Conselho Federativo Nacional, o qual servira por 23 anos. Foi desativando aos poucos, deixando a vice-presidência em 1978. Mas, até a sua desencarnação, permaneceu como redator de "O Reformador" e Assessor da Presidência.

De sua personalidade, lembramos a alegria. Tinha o humor incrível que caracteriza os homens de gênio. Gostava de ouvir música. Nas reuniões familiares, dançava e até sapateava, sempre sob o sorriso amigo da esposa Nadir, que o acompanhava, formando um casal exemplar.

Esportivo, na mocidade chegou a lutar box. Tinha o pescoço um pouco inclinado, dizia ele, por ter recebido um golpe desastrado.

Admirava o futebol, e sobre esse assunto assinou durante muitos anos uma coluna intitulada "Pra ler no bonde", no "Diário de Notícias", utilizando o pseudônimo de "José Brígido". Foi membro da diretoria do Fluminense Futebol Clube, no cargo de 2º Secretário.

Voz fraca, quase inaudível, foi pela escrita que fez a divulgação de seu conhecimento. De sua pena saíram contos, alguns de inspiração oriental; versos; tinha sempre palavras escritas para lembrar alguma ocasião como aniversários, casamentos, etc... e gostava de presentear com livros que levavam sempre dedicatórias gentis e doutrinárias. Usou vários pseudônimos: "José Brígido", já citado; "Túlio Tupinambá", "Vinélius Di Marco", "Boanerges da Rocha", "Tasso Porciúncula", "I. Salústio", "Percival Antunes", "Tibúrcio Barreto", "Jesuíno Macedo Jr.", "A. Pereira", "Tobias Mirco", "Gonçalo Francoso", "Damasceno", "X.Z"e outros.

Trabalhou em vários jornais, dentre eles "A Gazeta de São Paulo", "A Tribuna da Imprensa", "O Rio Esportivo" e "O Diário de Notícias", do qual foi um dos fundadores ao lado do jornalista Orlando Dantas, em 1930. Tornou-se jornalista profissional, tendo ocupado na ABI, Associação Brasileira de Imprensa, o cargo de Diretor do Setor de Relações Sociais e Humanas, do Departamento de Assistência Social.

Somado a tantas atividades, exerceu o cargo de Assistente de Plenário do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

Por volta de 1963, pouco depois de sua fundação, ingressou na "Casa de Recuperação e Benefícios Bezerra de Menezes". Fundou em 1965, junto com o seu Orientador Geral, Azamor Serrão, o seu órgão de divulgação doutrinária, "O Cristão Espírita", de distribuição gratuita, dirigindo-o até a sua desencarnação. Indalício Mendes foi também membro do Conselho Deliberativo da Casa desde a criação deste último, a 18 de novembro de 1967, exercendo essa função até o seu regresso à Pátria Espiritual.

Nos últimos anos de sua vida "O Cristão Espírita" já lhe custava extremado esforço.

As forças diminuíam dia a dia, e não encontrava quem o pudesse substituir. Escrevia à mão, pois não conseguia mais usar a máquina de escrever. Muitas vezes pensava até em desistir, mas o estímulo de amigos levou-o a continuar.

Seu último e precioso trabalho foi sobre "O Corpo Fluídico de Jesus", que não chegou a ser publicado. Sua vivência no Espiritismo foi cercada de inúmeros obstáculos. Acordava às quatro horas da madrugada para poder estudar e escrever, inclusive "O Cristão Espírita".

Em 1974 o casal comemorou 50 anos de casados, "Bodas de Ouro".

Em 25 de agosto de 1984 desencarnou sua esposa Nadir. Ficou um grande vazio na vida de Indalício.

A 13 de maio de 1988, Indalício partiu para a espiritualidade. Frágil como uma luz de vela prestes a apagar, na Casa de Saúde Santa Lúcia, em Botafogo. Justo no dia 13 de maio, dia da libertação dos escravos, Indalício libertou-se do jugo carnal. A vibração na capela do São João Baptista, onde seus restos mortais repousavam, era amena, tranqüila. Sentia-se a presença de seu espírito.

Indalício Mendes deixou um rastro de luminosidade na Terra, pela intensidade e dignidade da vida que viveu. Por isso, nós o chamamos, também, "Sal da Terra"...

Via http://www.espirito.org.br

ALEGRIA

Mensagem do dia - 26/05/2011

Você sabe quem foi Heitor Pinto da Luz e Silva?

Nasceu no dia 1º de dezembro de 1879, em Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina. Realizou os seus primeiros estudos em sua terra natal, onde colou grau em Bacharel de Ciências e Letras. Posteriormente estudou no Rio de Janeiro, diplomando-se em Farmácia e Química, no ano de 1900.

Foi professor da Escola Normal de Florianópolis, dedicando toda a sua vida ao magistério, lecionando e dirigindo várias Escolas e Faculdades em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Foi membro da Academia Nacional de Medicina e Academia Nacional de Farmácia, Associação Brasileira de Farmacêuticos e da Associação Brasileira de Imprensa e da Associação dos Jornalistas Profissionais. Publicou vários livros didáticos e uma revista sobre produtos farmacêuticos e química.

Heitor Pinto da Luz, espírita e convicto, foi um dos diretores da Federação Espírita Catarinense, exercendo os cargos de Secretário e Vice-Presidente. Diretor da revista “A Luz”, órgão doutrinário daquela Federação e colaborador assíduo de “Reformador”, órgão da Federação Espírita Brasileira. Tendo ainda colaborado de forma marcante em várias revistas e jornais espíritas nacionais e internacionais.

A posição privilegiada nos meios sociais, granjeada pelo seu valor cultural, não o ofuscou, permanecendo simples, humilde e bom. Teve atuação marcante no campo da assistência aos necessitados, socorrendo, ajudando e enxugando lágrimas.

A sua desencarnação ocorreu no Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro de 1949. Por ocasião da “XI Convenção Brasileira de Farmacêuticos”, realizada em 24 de janeiro de 1959, foi-lhe prestada uma homenagem póstuma, pelo amor e dedicação à causa farmacêutica no Brasil.

Via http://www.espirito.org.br

"Significados do Amor" - Chico Xavier

Mensagem do dia - 25/05/2011

Você sabe quem foi Guillon Ribeiro?

Muito devemos ao incansável trabalho deste seareiro de primeira grandeza, embora não tanto conhecido do grande público. Podemos mesmo dizer que poucos espíritas devem haver que jamais tenham lido um livro dentre os tantos que passaram pelas criteriosas mãos de Luiz Olimpio Guillon Ribeiro.


Porque Guillon Ribeiro traduziu quase todos os livros do Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec: "O Evangelho Segundo O Espiritismo", "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "A Genese", "O Que É O Espiritismo" e "Obras Póstumas" - só não traduziu "O Céu e o Inferno", que coube o Manuel Quintão.

Os que se dedicam ao estudo de "Os Quatro Evangelhos", de J.B. Roustaing, têm aí também outra tradução de Guillon Ribeiro, inclusive com toda uma estrutura de índices criada por sua própria lavra, para facilitar o acesso ao conteúdo da obra.

A lista de livros traduzidos por Guillon Ribeiro é impressionante! Inclui livros de Pietro Ubaldi, Léon Denis, Ernesto Bozzano, Gabriel Delanne, Arthur Conan Doyle, entre muitos outros.

Nessa vasta lista destacam-se os livros "A Grande Síntese"(de Pietro Ubaldi), "Joanna d'Arc, Médium" e "O Além e a Sobrevivência do Ser" (ambos de Léon Denis) e "A Crise da Morte", "Animismo e Espiritismo", "Xenoglossia" e "Psicologia e Espiritismo (todos os quatro de Ernesto Bozzano).

Além de todo esse trabalho, Guillon Ribeiro ainda escreveu seus próprios livros: "Jesus, Nem Deus Nem Homem", "Espiritismo e Política", "A Mulher", "A Federação Espírita Brasileira".

Outros trabalhos seus são as seguintes compilações: "Trabalhos no Grupo Ismael" (3 volumes), "Ensinamentos do Além", e "Advertência do Aquém".

Também foram publicadas diversas matérias suas no "Reformador" e na Imprensa Espírita.

A vida de Guillon Ribeiro é tão impressionante quanto a sua obra em benefício do Espiritismo. Pois, tendo nascido no Estado do Maranhão, a 17 de janeiro de 1875 (três dias depois de o "Jornal do Commércio" anunciar o lançamento da primeira tradução para o português de "O Livro dos Espíritos", por Fortunio, pseudônimo do Dr. Joaquim Carlos Travassos), filho de pais pobres, passando privações, órfão de pai aos 7 anos, acabou por chegar ao Senado Federal, desempenhando naquela Casa um trabalho tão importante, que mereceu inclusive um discurso elogioso de Rui Barbosa. Nessa Casa chegou ao cargo de Diretor Geral da Secretaria do Senado.

Foi Presidente da Federação Espírita Brasileira e Diretor dessa Entidade durante vinte e seis anos consecutivos, tendo exercido quase todos os cargos.

Por todo o seu incessante trabalho na divulgação do Espiritismo, Guillon Ribeiro, esse valioso seareiro é o SAL DA TERRA.

Via http://www.espirito.org.br

O Instante de Gestação em que ocorre a Reencarnação

Mensagem do dia - 23/05/2011

Você sabe quem foi Dr. Guilherme Taylor March?

Nascido no planalto da Serra dos Órgãos, atualmente cidade de Teresópolis, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 21 de agosto de 1838, e desencarnado na cidade de Niterói no mesmo Estado, no dia 21 de junho de 1922.


Era filho de George March, cidadão nascido e criado em Portugal, mas inglês por direito diplomático, e de Da. Ignácia March, de nacionalidade brasileira.

George March havia adquirido, antes de 1821, uma gleba de mais de 170 milhões de metros quadrados de terra, que destinou à agricultura e à criação de cavalos de raça. Essa enorme Fazenda que primitivamente se chamava Fazenda dos Órgãos, passou a ser denominada Fazenda do March. A atual cidade de Teresópolis, no Estado do Rio de Janeiro, foi construída dentro de seus limites.

Com a desencarnação de seu pai, Guilherme Taylor March, que nessa época tinha apenas 12 anos de idade, foi confiado a um tutor nomeado pela Justiça, o qual despendeu enormes quantias para que o jovem alcançasse aprimorada cultura, matriculando- o em vários colégios e posteriormente na Faculdade de Medicina da Corte, onde recebeu seu diploma de médico no dia 30 de novembro de 1859.

O seu tutor foi demasiadamente pródigo no trato de seus bens, não administrou suas propriedades e depósitos bancários com a devida precaução, fazendo com que Guilherme March ficasse arruinado de bens materiais.

Tendo sido acometido de varíola e, vivendo numa habitação coletiva, teria que ser removido para um hospital, entretanto, uma senhora espírita tratou- o com remédios homeopáticos, fazendo com que ele se restabelecesse, sem sequer ficar marcado pelas cicatrizes deformantes que as pústulas produzem. Esse fato fez com que Guilherme March se tornasse apologista da ciência de Hahnemann, passando a praticar essa terapêutica até a data da sua desencarnação.

Observando os exemplos vivos propiciados pela sua hospedeira e por um velho espírita chamado Nascimento, que curava muita gente através da homeopatia e da sua mediunidade, mudou de modo de pensar. Viu que o verdadeiro Deus era diferente daquele que lhe mostraram no Colégio. Os exemplos vividos por ambos fizeram com que se interessasse pelo estudo das obras básicas de Allan Kardec, pois era muito culto, estudioso e poliglota.

Sua conversão foi comprovada pelo seu filho Edmundo March, em carta datada de 22 de setembro de 1940, onde dizia: "Não fazendo alarde de sua crença, não a negava em absoluto. Educado como geralmente todos os do seu tempo, na religião católica, procurou, depois de emancipado, conhecer a Doutrina de Kardec e, tendo encontrado nela a melhor forma de Cristianismo, adotou- a".

O Dr. March manteve relações cordiais com muitos vultos conhecidos do Espiritismo daquela época, dentre eles os Drs. Faria Júnior, Filgueiras Lima, o médium Nascimento e muitos outros.

Desprendendo- se de todo interesse material, passou a integrar- se inteiramente, de dia e de noite, sem fadigas nem revoltas, à tarefa sublime de suavizar os sofrimentos do próximo, tendo por isso merecido o cognome de "Pai dos Pobres". Fez isso por mais de cinqüenta anos, descuidando- se de si e da própria saúde, numa afirmação patente de renúncia e de dedicação, tornando- se, por isso mesmo, um homem que realmente viveu os ensinamentos evangélicos, levando a paz e a saúde a milhares e milhares de sofredores de todos os matizes. Chegava mesmo a rasgar as próprias vestes a fim de enxugar lágrimas alheias.

Alcançando grande projeção na cidade, muitos sacerdotes católicos tentaram atraí-lo, mesmo nos últimos momentos de sua vida, procurando fazê-lo em confissão, sendo preciso que seu filho lhes dissesse, sem rebuços, que não mais permitiria aquele assédio impertinente, porque seu pai desde muito adotara o Espiritismo e não aceitava dogmas e sacramentos religiosos.

O Dr. March casou-se no Rio de Janeiro, em 1860, com Da. Francisca de Paula Correia March. Pouco depois transferiu sua residência para Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, onde começou a clinicar intensamente. Possuía enorme clientela. A todos os pacientes que o procuravam ele passava a considerar um membro da sua família e, portanto, com direito à sua assistência material. Os pobres da cidade faziam verdadeiras romarias à sua casa, modesta residência onde morava e onde vivia do modo mais humilde possível.

O nosso biografado ocupou um único emprego, o de clínico do consultório homeopático criado na Santa Casa de Misericórdia de Niterói, inicialmente sem remuneração e posteriormente recebendo o salário de cinqüenta mil-réis mensais.

Dada a sua dedicação extrema à pobreza, apesar de possuir uma das clínicas mais vastas da capital fluminense a sua renda era por demais reduzida. Sua situação econômica tornou- se muito crítica devido à enfermidade que o atacara na mocidade e que começava a tolher- lhe os movimentos locomotores.

Nessa altura dos acontecimentos, a massa anônima, percebendo a situação precária em que vivia o grande missionário do bem, adquiriu e lhe fez doação de uma casa para que ele pudesse nela residir. Uma comissão de senhoras da melhor sociedade fluminense fez nova subscrição para adquirir os móveis.

Tomando posse daquele imóvel, o Dr. March abriu-lhe as portas de par em par, e nunca mais as fechou, para que por ela entrassem livremente todos os infortunados e por isso exclamava: "Esta casa não é minha, mas de todos os que não tem teto".

Durante cerca de 33 anos residiu o Dr. March na casa que lhe havia sido doada pelo povo e para onde entrou já enfermo. Posteriormente esse imóvel foi reformado a expensas do governo municipal.

No dia 21 de junho de 1922, com a avançada idade de 84 anos, dos quais 63 dedicados ao exercício de atividades profissionais, desencarnou o velho apóstolo do bem. O sepultamento dos seus restos mortais foi uma apoteose. O povo em massa acorreu e carregou-lhe o féretro nos braços, até o cemitério, onde foi sepultado com flores e lágrimas. A Prefeitura Municipa1 de Niterói custeou- lhe os funerais e mandou que fosse hasteado, por 48 horas, o pavilhão municipal.

O seu nome foi dado a um logradouro público da cidade. A Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, denominou "Instituto Dr. March" a um grande e modelar educandário por ela fundado, onde estão abrigadas mais de 100 meninas.

Esta é, portanto, a súmula muito apagada de sua grande vida. De um homem que, imobilizado em seu leito de dor durante 20 anos, mesmo assim socorria a todos aqueles que o procuravam. Trabalhou para minorar os sofrimentos alheios, sem encontrar quem pudesse suavizar os seus próprios sofrimentos.

Na sua vida profissional havia assumido consigo mesmo o compromisso solene de cuidar dos aflitos e dos doentes, e assim a todos atendeu, não apenas receitando, mas doando os próprios medicamentos, no que era ajudado pela sua própria família que chegava muitas vezes a se privar de muitas coisas.

Imobilizado sobre o leito, este virtuoso homem, cuja bondade o santificou em vida, nunca esboçou um murmúrio contra a justiça do Criador, jamais teve uma imprecação contra as provações que o acometiam.

Via http://www.espirito.org.br

Mensagem espírita: "Para ser feliz"

Mensagem do dia - 20/05/2011

Você sabe quem foi George Vale Owen?

Celebre médium inglês desencarnado a 9 de março de 1931.


Um periodista inglês que, na década de 1920, se atrevesse a tratar temas espíritas devia possuir muita perspicácia e muita coragem, sustentados por uma autoridade indiscutível.

Esse periodista foi Lord Northcliffe, que o fez publicando nada menos que os escritos recebidos mediunicamente pelo famoso médium britânico Rev. George Vale Owen. As publicações do "Correio Semanal", contendo tais escritos despertaram inusitado interesse, tanto na Inglaterra como em outros países, o que aliás redundou num ataque sistemático por parte das Igrejas, que movimentaram todos os seus recursos materiais com o objetivo de minorar os "catastróficos efeitos" que estavam produzindo em todas as camadas da sociedade os escritos de Vale Owen.

Quem era George Vale Owen, que deste modo alterava a calma natural de todos e produzia semelhante impacto nas arraigadas convicções religiosas do conservador povo britânico?

Vale Owen era um sacerdote, membro de poderosa ramificação religiosa que havia monopolizado o sentimento de religiosidade dos povos da Inglaterra e de outras nações. Nessa altura dos acontecimentos ele já estava trabalhando nas lides espíritas e havia- se integrado entre os homens de renome que deram grandes passos no sentido de implantar as idéias espíritas naquele país.

Os problemas relacionados com o Espírito, despertaram em Owen a intenção de fazer com que um novo conceito de Deus se tornasse acessível às criaturas humanas, conceito esse despojado de dogmas, de ritos, de fanatismo e de obscurantismo. Animado desse propósito foi buscar na carreira eclesiástica um meio mais rápido e eficiente de colocar- se em contacto com as almas daqueles que desejavam encaminhar- se para uma vida melhor e mais segura, no além- túmulo.

Aconteceu a Vale Owen o que sucede geralmente com muitas pessoas dotadas de poderosa vocação: distanciou- se do roteiro palmilhado por sacerdotes sectaristas. O seu objetivo foi então o de procurar desesperadamente a verdade, o único caminho que conduz a Deus.

Owen conseguiu chegar ao sacerdócio solidamente alicerçado nos princípios filosóficos e científicos, os quais lhe propiciaram profunda perspicácia no sentido de adentrar o âmago de todas as questões que reclamam a atenção da mente humana.

Realizou seus primeiros estudos no famoso "Colégio da Rainha", passando em seguida ao Instituto Midland, onde atingiram os mais elevados graus os seus conhecimentos científicos e religiosos.

Ordenou- se sacerdote em Liverpool, quando tinha apenas 24 anos de idade, tendo sido designado para desempenhar o seu ministério no humilde curato de Seaford. Ele era um homem humilde, embora atrás dessa humildade cristã ocultasse uma fortaleza de ânimo e um Espírito sempre predisposto para a luta. Devido a essa humildade e apesar de sua sólida formação espiritual, jamais logrou alcançar um lugar proeminente no seio do clero ou qualquer projeção dentro de sua Igreja.

Os desígnios de Deus, no entanto, eram outros, e nos humildes curatos de Seaford, de Pairfields e de S. Mateus, bem como nos subúrbios de Liverpool e mais tarde nas cercanias de Oxford, dedicou- se com verdadeiro devotamento ao seu ministério, e quanto mais se sentia perto de Deus, mais ficava abalado em sua situação de sacerdote.

No propósito de buscar um contacto mais íntimo com o mundo espiritual lembrou- se do "Batei e abrir- se- vos- á" dos ensinamentos evangélicos e, com isso viu desabrochar a sua mediunidade, graças à interferência de sua mãe, desencarnada em 1909, e que começou a dar suas primeiras manifestações em 1913.

A princípio ele relutou em aceitar a realidade dos fatos, dado o seu excessivo apego à verdade. Não tardou muito em ter as provas mais convincentes, o que fez com que se convertesse inteiramente ao Espiritismo.

As mensagens recebidas foram condensadas em quatro livros. Nessa época começou a receber mensagens de um Espírito que se intitulava "Astriel" mensagens essas eivadas da mais profunda filosofia. Sua primeira obra, "Os baixos Campos do Céu" e, logo a seguir, "Os Altos Campos do Céu", tiveram notável repercussão. A fase seguinte foi a publicação do livro "Os Mistérios do Céu", inspirada por um Espírito que se subscrevia "Leader". Espírito esse que assumiu um controle único sobre todas as comunicações dadas posteriormente e cujo nome ele próprio mudou para "Ariel", formando o quarto e último livro "Os Batalhões do Céu".

Os prólogos das obras de Vale Owen foram elaborados por "Sir" Arthur Conan Doyle, o genial criador de Sherlock Holmes, o que demonstra o elevado sentido das comunicações recebidas do plano espiritual. Num desses prólogos dizia o famoso escritor inglês: "Com que segurança se afirma que Deus fechou as fontes da inspiração há 2000 anos. Não é infinitamente mais razoável dizer- se que um Deus vivente continua demonstrando sua força vivente e que novas ajudas e novos conhecimentos continuam a ser por ele derramados para impulsionar a evolução dos homens?"

Lord Northcliffe tinha sérias e profundas inquietudes espiritualistas que em nenhum momento foram sufocadas por sua imensa fortuna material. Ele descobriu Vale Owen e por isso pôs sua fortuna e influência no afã de divulgar as obras do famoso médium, não receando jamais colocar em jogo o seu prestígio e a sua fortuna, na realização de uma obra que ele considerava extraordinária e mesmo absurda e atrevida para a época. Ele era um periodista de nervos fortes, de coração e de vocação, que jamais titubeou em publicar o que era atualidade e realidade, mesmo que isso viesse a redundar num abalo do seu prestígio de diretor de uma cadeia enorme de jornais diários.

Lord Northcliffe afirmou ainda, referindo- se a Owen: "Encontrei- me frente a um homem dotado de grande sinceridade e de uma convicção inabalável; era possuidor de grandes dotes espirituais e quando lhe ofereci grossa quantia em dinheiro para a publicação de suas obras, ele a recusou, solicitando apenas o suficiente para uma modesta publicação de seus livros.

Essas obras poderiam dar a Vale Owen imensa fortuna, dado o interesse que elas despertaram; poderiam ter dado ao médium facilidades para deixar o pobre quarto onde habitava em Oxford, podendo ainda, com esse dinheiro, aspirar a uma paróquia mais respeitável, entretanto, tudo foi recusado por ele e esse dinheiro foi investido por Lord Northcliffe em obras filantrópicas.

Os trabalhos do médium, publicados no "Correio Semanal", fizeram com que esse periódico atingisse tiragens surpreendentes. Suas obras são conhecidas na Inglaterra por "Escrituras de Owen". Sabe- se que a versão de seus livros para o vernáculo seria sob o título "A Vida Além do Véu".

O êxito colimado por ele no campo espírita acarretou- lhe a perda da sua paróquia, pois a ela teve que renunciar, perdendo a fonte de onde tirava o necessário para o seu sustento. Nesse evento ele proclamou: "Muitos são os que podem ser vigários de Oxford, porém não são muitos os que podem fazer o meu trabalho de propaganda".

Aos 53 anos de idade George Vale Owen iniciou sua tarefa de divulgação do Espiritismo. Dirigiu- se aos Estados Unidos da América onde ele já estava bem difundido, fazendo ali muitas prédicas, grangeando grande número de amigos e discípulos, tendo posteriormente regressado à Inglaterra, onde proferiu mais de 150 conferências, esgotando todos os seus recursos materiais e ficando quase na indigência.

"Sir" Arthur Conan Doyle, seu grande amigo, saiu em seu auxílio e encabeçou uma coleta com o nome de "Caixa de Vale Owen", que se encheu prontamente, porém o médium não fez dela qualquer uso.

Em 1931 foi acometido de grave enfermidade, porém, prosseguiu na tarefa de propaganda sem dar demonstrações das horríveis dores que o acometiam. No dia 9 de março desse mesmo ano veio a desencarnar.

Via http://www.espirito.org.br

Frases de Allan Kardec

Mensagem do dia - 19/05/2011

Você sabe quem foi Fredrich William Henry Myers?

Nascido em Keswick (Cumberland), Inglaterra, a 6 de fevereiro de 1843, e desencarnado em Roma, Itália, a 17 de janeiro de 1901.


Fredrich William Henry Myers, mais conhecido por Fredrich Myers, foi erudito literato inglês, famoso pelos seus escritos notáveis e estudos sobre os fenômenos espíritas.

Educou- se no Colégio da Trindade, de Cambridge, e, após ter colimado uma série apreciável de triunfos, foi nomeado professor do mesmo instituto de ensino e, em 1872, inspetor de todas as escolas do Distrito. Nessa época já havia publicado um poema intitulado "São Paulo". Nos anos de 1870 e 1872 lançou mais dois volumes de poesias. Em 1883 publicou seus "Ensaios Clássicos e Modernos" (Essays Classical and Modern), obra que alcançou notável valor literário.

No ano de 1882, após vários ensaios, estudos e discussões, figurou, em primeiro lugar, na lista dos fundadores da "Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres", tornando- se o porta- voz da mesma sociedade, dando sua contribuição valiosa na revisão da magistral obra "Fantasma dos Vivos" (1886), cuja introdução escreveu. De sua autoria é ainda a obra "A Ciência e a Vida Futura".

Posteriormente à sua desencarnação foi publicado seu livro "Human Personality and its Survival of Bodily Death", vertido para o português com o título "A Personalidade Humana" obra que constituiu, de direito e de fato, preciosa contribuição no campo das investigações psíquicas e que foi qualificada pelo sabio William James como a primeira tentativa de se considerar os fenômenos de alucinação, hipnotismo, automatismo e dupla personalidade como partes de um só todo.

A sua obra "A Personalidade Humana" foi dedicada a Henry Sidgwick e a Edmond Gurney, constituindo um repositório de fulgurantes ensinamentos. Nessas Myers proclama que "assim como Sócrates fez descer a Filosofia do Céu para a Terra, o médium Emmanuel Swedenborg foi quem levantou a Filosofia da Terra para o Céu".

O Espiritismo muito deve a Fredrich Myers pelo interesse que sempre demonstrou pelas pesquisas dos fenômenos psíquicos e pelo idealismo que o norteou, procurando convencer muita gente mediante um trabalho metódico e de divulgação das verdades espíritas, através de obras que tiveram o mérito de sensibilizar muitas pessoas de notória influência, dentre elas "Sir" Arthur Conan Doyle, o genial criador de "Sherlock Holmes", que chegou a afirmar num dos seus relatos que a obra de Fredrich Myers "A Personalidade Humana" foi aquela que mais o impressionou, contribuindo decisivamente para a sua conversão ao Espiritismo. Em sua obra "História do Espiritismo", Conan Doyle presta testemunho sobre Myers, asseverando: "A Fé que F. W. H. Myers havia perdido no Cristianismo foi restaurada pelo Espiritismo". Em seu livro "A Fé Final", diz ele: "Não posso, num sentido profundo, contrastar a minha crença atual com o Cristianismo. Considero- a antes um desenvolvimento científico da atitude e do ensino do Cristo".

Fredrich Myers foi, como decorrência, um dos mais eruditos pesquisadores do século passado e sua contribuição em favor da divulgação dos postulados espíritas foi das mais apreciáveis.

Via http://www.espirito.org.br

Deus Pode!

Mensagem do dia - 18/05/2011

Você sabe quem foi Francisco de Paula Cândido Xavier?

Francisco de Paula Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, (Pedro Leopoldo, 2 de abril de 1910 — Uberaba, 30 de junho de 2002) foi um médium e um dos mais importantes divulgadores do Espiritismo no Brasil.


O seu nome de batismo Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros, mudança oficializada em abril de 1966, quando chegou da sua segunda viagem aos Estados Unidos.

Nascido no seio de uma família humilde, era filho de João Cândido Xavier, um modesto vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João de Deus, uma dona de casa católica e piedosa.

Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao pai sobre Ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele dizia ver e ouvir os espíritos e conversava com eles.

Os abusos da madrinha
A mãe faleceu quando Francisco tinha apenas cinco anos de idade. Incapaz de criá-los, o pai distribuiu os nove filhos entre a parentela. Nos dois anos seguintes, Francisco foi criado pela madrinha e antiga amiga de sua mãe, Rita de Cássia, que logo se mostrou uma pessoa cruel, vestindo-o de menina e batendo-lhe diariamente, inicialmente por qualquer pretexto e, mais tarde, sob a alegação de que o "menino tinha o diabo no corpo". Não se contentando em açoitá-lo com uma vara de marmelo, Rita passou a cravar-lhe garfos de cozinha no ventre, não permitindo que ele os retirasse, o que ocasionou terríveis sofrimentos ao menino. Os únicos momentos de paz que tinha consistiam nos diálogos com o espírito de sua mãe, com quem se comunicava desde os cinco anos de idade: o menino viu-o após uma prece, junto à sombra de uma bananeira no quintal da casa. Nesses contatos, o espírito da mãe recomendava "paciência, resignação e fé em Jesus" ao filho.

A madrinha ainda criava outro filho adotivo, Moacir, que sofria de uma ferida incurável na perna. Rita decidiu seguir a simpatia de uma benzedeira, que consistia em fazer uma criança lamber a ferida durante três sextas-feiras em jejum, sendo a tarefa atribuída ao pequeno Francisco. Revoltado com a imposição, Francisco conversou novamente com o espírito da mãe, que lhe aconselhou a "lamber com paciência". O espírito explicou-lhe que a simpatia "não é remédio, mas poderia aplacar a ira da madrinha", esta sim passível de colocar em risco a sua vida. Os espíritos se encarregariam da cura da ferida. De fato, curada a perna de Moacir, Rita de Cássia melhorou o tratamento dado a Francisco.

A madrasta
O seu pai casou-se novamente, e a nova madrasta, Cidália Batista, exigiu a reunião dos nove filhos. Francisco tinha então sete anos de idade. O casal teve ainda mais seis filhos. Por insistência da madrasta, o menino foi matriculado na escola pública. Nesse período, o espírito de Maria João parou de manifestar-se. O jovem Francisco, para ajudar nas despesas da casa, começou a trabalhar vendendo os legumes da horta da casa.

Na escola, como na igreja, as faculdades paranormais de Francisco continuaram a causar-lhe problemas. Durante uma aula do 4º ano primário, afirmou ter visto um homem que lhe ditou as composições escolares, mas ninguém lhe deu crédito e a própria professora não se importou. Uma redação sua ganhou menção honrosa num concurso estadual de composições escolares comemorativas do centenário da Independência do Brasil, em 1922. Enfrentou o ceticismo dos colegas, que o acusaram de plágio, acusação essa que sofreu durante toda a vida. Desafiado a provar os seus dons, Francisco submeteu-se ao desafio de improvisar uma redação (com o auxílio de um espírito) sobre um grão de areia, tema escolhido ao acaso, o que realizou com êxito.

A madrasta Cidália pediu a Francisco que se aconselhasse com o espírito da falecida mãe dele sobre como evitar que uma vizinha continuasse a furtar hortaliças e esta lhe disse para torná-la responsável pelo cuidado da horta, conselho que, posto em prática, levou ao fim dos furtos.

Assustado com a mediunidade do jovem, o seu pai cogitou em interná-lo. O padre Scarzelli examinou-o e concluiu que seria um erro a internação, tratando-se apenas de "fantasias de menino". Scarzelli simplesmente aconselhou a família a restringir-lhe as leituras (tidas como motivo para as fantasias) e a colocá-lo no trabalho. Francisco, então, ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou sequelas para o resto da vida.
No ano de 1924 terminou o antigo curso primário e não mais voltou a estudar. Mudou de trabalho, empregando-se como caixeiro de venda, ainda em horários extensos. Apesar de católico devoto e das incontáveis penitências e contrições prescritas pelo padre confessor, não parou de ter visões e nem de conversar com espíritos.

O contato com a Doutrina Espírita
Em 1927, então com dezessete anos de idade, Francisco perdeu a madrasta Cidália, e se viu diante da insanidade de uma irmã, que descobriu ser causada por um processo de obsessão espiritual. Por orientação de um amigo, Francisco iniciou-se no estudo do espiritismo. No mês de maio desse mesmo ano recebeu nova mensagem de sua mãe, na qual lhe era recomendado o estudo das obras de Allan Kardec e o cumprimento de seus deveres. Em junho, ajudou a fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga, em um simples barracão de madeira de propriedade de um seu irmão. Em julho, por orientação dos espíritos seus mentores, iniciou-se na prática da psicografia, escrevendo 17 páginas. Nos quatro anos subsequentes aperfeiçoou essa capacidade embora, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, ela somente tenha ganho maior clareza em finais de 1931. Desse modo, pela sua mediunidade começaram a manifestar-se diversos poetas falecidos, somente identificados a partir de 1931. Em 1928 começou a publicar as suas primeiras mensagens psicografadas nos periódicos O Jornal, do Rio de Janeiro, e Almanaque de Notícias, de Portugal.

As primeiras obras
Em 1931, em Pedro Leopoldo, iniciou a psicografia da obra "Parnaso de Além-Túmulo". Esse ano, que marca a "maioridade" do médium, é o ano do encontro com seu mentor espiritual Emmanuel, "...à sombra de uma árvore, na beira de uma represa..." (SOUTO MAIOR, 1995:31). O mentor informa-o sobre a sua missão de psicografar uma série de trinta livros, e explica-lhe que para isso são lhe exigidas três condições: "disciplina, disciplina e disciplina". Severo e exigente o mentor instruiu-o a manter-se fiel a Jesus e a Kardec, mesmo na eventualidade de conflito com a sua orientação. Mais tarde, o médium conheceu que Emmanuel havia sido o senador romano Publio Lêntulus, posteriormente renascido como escravo e simpatizante do cristianismo e que, em reencarnação posterior, teria sido o padre jesuíta Manuel da Nóbrega, ligado à evangelização do Brasil.

Em 1932 foi publicado o "Parnaso de Além-Túmulo" pela Federação Espírita Brasileira (FEB). A obra, coletânea de poesias ditadas por espíritos de poetas brasileiros e portugueses, obteve grande repercussão junto à imprensa e à opinião pública brasileira, e causou espécie entre os literatos brasileiros, cujas opiniões se dividiram entre o reconhecimento e a acusação de pastiche. O impacto era aumentado ao se saber que a obra tinha sido escrita por um "modesto escriturário" de armazém do interior de Minas Gerais, que mal completara o primário. Conta-se que o espírito de sua mãe aconselhou-o a não responder aos críticos.

Os direitos autorais das suas obras são concedidos à FEB. Neste período inicia a sua relação com Manuel Quintão e Wantuil de Freitas. Ainda neste período descobriu ser portador de uma catarata ocular, problema que o acompanhou o resto da vida. Os espíritos seus mentores, Emmanuel e Bezerra de Menezes, orientam-no para tratar-se com os recursos da medicina humana e não contar com quaisquer privilégios dos espíritos. Continuou com o seu emprego de escriturário e a exercer as suas funções no Centro Espírita Luís Gonzaga, atendendo aos necessitados com receitas, conselhos e psicografando as obras do Além. Paralelamente, iniciou uma longa série de recusas de presentes e distinções, que também perdurará por toda a vida, como por exemplo, a de Fred Figner, que lhe legou vultosa soma em testamento, repassada pelo médium à FEB. Com a notoriedade, prosseguiram as críticas de pessoas que tentavam desacreditá-lo. Além dessas pessoas, Chico Xavier ainda dizia que inimigos espirituais, buscavam atingi-lo com fluidos negativos e tentações. Souto Maior relata uma tentativa de "linchamento pelos espíritos", bem como um episódio em que jovens nuas tentam o médium em sua banheira. Observe-se que ambos os episódios contêm aspectos narrativos comuns à chamada "prova", comum em histórias de santidade.

O médium faleceu aos 92 anos de idade em decorrência de parada cardiorrespiratória no dia 30 de junho do ano de 2002. Conforme relatos de amigos e parentes próximos, Chico teria pedido a Deus para morrer em um dia em que os brasileiros estariam muito felizes, e que o país estaria em festa, por isso ninguém ficaria triste com seu passamento. O país festejava a conquista da Copa do Mundo de futebol daquele ano no dia de seu falecimento (Chico morreu cerca de dez horas após a partida Brasil x Alemanha).

Via Wikipedia

Amando Sempre - Chico Xavier

Mensagem do dia - 17/05/2011

Você sabe quem foi Francisco Antônio Bastos?

Nascido em São Paulo, no dia 6 de janeiro de 1850 e desencarnado no dia 19 de agosto de 1929, com a idade de 79 anos.


Muito jovem dedicou- se aos trabalhos altruísticos ao lado da grande missionária Anália Franco, fazendo as escritas fiscais de mais de 70 obras assistenciais por ela fundadas no Estado de São Paulo, abrangendo Escolas Maternais, Escolas Elementares, Albergues Noturnos, Colônia Regeneradora, vinte e três lares para crianças abandonadas e um Patronato Agrícola.

A convivência de Anália Franco e Francisco Antônio Bastos no trabalho cristão e espírita da assistência social era tão antigo que, no ano de 1906, apesar de ambos terem mais de 50 anos de idade, resolveram casar- se, unindo assim os seus esforços para que a obra não viesse a sofrer solução de continuidade.

No decurso da I Guerra Mundial profunda crise avassalou as instituições mantidas pelo casal, devido aos cortes nas subvenções oficiais e outros auxílios recebidos da população. Essa situação de emergência fez com que o casal promovesse extensa excursão artística pelas cidades do interior do Estado, levando a "Banda Musical Feminina Regente Feijó", composta por suas educandas e por um Grupo Dramático formado pelas participantes da "Colônia Regeneradora D. Romualdo". Deste modo foram conseguidos os recursos necessários para a manutenção daquelas instituições: duzentos e trinta contos de réis, pequena fortuna naquela época.

Anália Franco, que após o seu consórcio acrescentou ao seu nome o sobrenome Bastos, imortalizou- se como figura máxima de mulher dedicada e bondosa, conseguindo projetar seu nome em todo o Brasil, dado o seu trabalho infatigável e entrecortado de idealismo. Francisco Antônio Bastos foi o seu assessor mais dedicado, desde os primórdios do seu trabalho, apagando- se na humildade e dando os mais vivos testemunhos na singular prova de amor espiritual, que o ligava àquela renomada seareira.

Após a desencarnação de Anália, ocorrida no dia 13 de janeiro de 1919, como prova de sua dedicação e afeto, fundou o "Asilo de Órfãos Anália Franco", na cidade mineira de Juiz de Fora, fato ocorrido em junho desse mesmo ano, tudo com o objetivo de perseverar na difusão dos benefícios que sua esposa se acostumara a realizar e dos quais o seu magnânimo coração era vasto celeiro.

Na cidade de Juiz de Fora sofreu a incompreensão da população. Encontrou na cidade a mais tenaz resistência, pois dada a sua condição de espírita, esbarrou com a intolerância religiosa ali prevalecente. O povo somente acatava solicitações feitas pela religião majoritária. Batalhador infatigável, sofreu toda a sorte de perseguições, inspiradas pelo pároco da igreja local, vendo-se finalmente na dura contingência de transferir a sede da instituição para o Rio de Janeiro, onde se instalou em maio de 1922, no bairro do Méier. Com a ajuda de um grupo dedicado de auxiliares, conseguiu receber o apoio irrestrito de muitos, e sem qualquer espírito de hegemonia, elevou a simpática instituição a uma situação bastante privilegiada.

Com o decorrer do tempo conseguiu adquirir bela e acolhedora casa na Rua da Figueira, hoje Avenida Marechal Rondon, no bairro do Rocha, onde a instituição se consolidou de forma definitiva.

É digno de registro que a fundação do Lar dos Órfãos em Juiz de Fora, como salutar exemplo de desprendimento desse grande apóstolo da caridade, deve- se inteiramente ao montepio legado por sua esposa, na importância de dezesseis contos de réis que, num gesto liberal muito do seu feitio, doou à instituição, fazendo questão que essa doação constasse de uma das atas de sua diretoria, lavrada em fins de 1922.

Francisco Antônio Bastos era intimorato empreendedor de obras sociais, deixando entrever o seu espírito sonhador, arguto e realizador, assessorando Anália Franco na disseminação de numerosas obras assistenciais que passaram a constituir uma das mais monumentais realizações da época.

Contagiado pelo espírito de luta de sua companheira desencarnada, ele adquiriu a virtude de tudo vencer sem esmorecimento. Organizou numerosas instituições espíritas onde atuou como dirigente; editou duas revistas: "Nova Revelação" e "Natalício de Jesus", tornando-se o seu redator- chefe, órgãos esses que pertenciam à Colônia Regeneradora D. Romualdo. Sua incrível operosidade, espírito de sacrifício, energia e perseverança no bem, traduziram- se em autênticas conquistas espirituais. Foi também dedicado trabalhador no campo da difusão doutrinária do Espiritismo, proferindo conferências e encetando tarefas de diversos matizes. Foi verdadeiro "pai" para as crianças abrigadas no "Anália Franco", as quais o estimavam e respeitavam sobremaneira, dispensando-lhe carinho e gratidão.

Seu regresso ao plano espiritual foi precedido de insidiosa enfermidade que o prendeu ao leito por vários dias. O venerando velhinho de longas barbas e grande coração foi autêntico seguidor de Jesus Cristo, pois tudo o que fez ele, aprendeu a fazê-lo nas páginas dos Evangelhos, assim como os consoladores ensinamentos que sabia espargir, ele os assimilou nas obras básicas da Doutrina Espírita.

Via http://www.espirito.org.br

SÓ DEUS PODE - Mensagens Espíritas

Mensagem do dia - 16/05/2011

Você sabe quem foi Firmino de Assunção Teixeira?

Grande benemérito da causa espírita em Portugal, nasceu em Murça, pobre e humilde, tendo desencarnado na Póvoa de Varzim no dia 22 de Julho de 1932, com 62 anos de idade.

Ainda novo, partiu para o Brasil, onde encontrou a riqueza no ramo comercial, após muitos anos de labuta. Inteligente e organizado, caracterizava-se pela sua abnegação e bondade, ao ponto de numa homenagem póstuma, José Camilo de Almeida, da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade Portuense de Investigações Psíquicas (SPIP) assim se lhe referir: «Imitemo-lo na simplicidade, na modéstia, na resignação calma e serena, enfrentando a dor com o sorriso nos lábios, porque ela é a mais poderosa alavanca do progresso espiritual do homem».

Após muitos anos de trabalho, fixou-se na Póvoa de Varzim, tendo-se dedicado e desdobrado no patrocínio da propaganda espírita, financiando generosamente a FEP e a SPIP, bem como outros centros espíritas, socorrendo também vários institutos de beneficência e muitas famílias necessitadas.

Os donativos avultados que distribuía anualmente iam muito além das possibilidades da sua fortuna. Num admirável espírito de sacrifício, levando uma vida mais do que modesta (quando os seus rendimentos lhe permitiam cercar-se de um luxuoso conforto), era com o produto das suas economias, sacrificando, por vezes, as suas comodidades, que realizava os seus vastos planos de filantropia, em gestos generosos. É o responsável pela construção da sede da FEP e da SPIP. Além disso, instituiu um legado permanente de 254.000$00 (entregue à FEP) para subsidiar as colectividades que melhor propagassem o espiritismo. No seu testamento contemplou a Misericórdia de Murça, sua terra natal, com cerca de 500.000$00. Ao Asilo dos Meninos Desamparados de Campanhã, cerca de 70.000$00, além de dezenas de milhares de escudos distribuídos pelos pobres da Póvoa de Varzim e pelos familiares.

«Exemplo de bondade, espírita convicto, consciente da sua função social, como equilibrante de ambições e dos desmandos dos homens, alheio a conluios ou interesses de facção, soube, como poucos – no dizer de António Castanheira de Moura («Revista de Metapsicologia» n.º 7, Julho 1953) –,cumprir e realizar obra que, como exemplo, deixou aos espíritas, no mais elevado sentido de fraterna solidariedade, indicando-lhes assim o dever de continuarem a obra por si profundamente sentida.»

Desencarnou após muitas lutas na vida, com o apreço de todos os que o conheciam, não esquecendo de deixar um recado aos espíritas da época: «Imponham o Espiritismo pela inteligência, pois só assim poderão conquistar as elites do pensamento que serão os seus melhores propagandistas. A moral cristã será o seu lógico complemento. Editem folhetos, muitos folhetos e monografias de distribuição gratuita. O Espiritismo será o grande renovador do mundo e o melhor arauto da fraternidade humana e de toda a moral de Cristo. A Humanidade, desvairada pelo egoísmo, necessita mais ainda do pão do espírito, da luz do conhecimento neo-espiritualista, do que do pão do corpo. Mas cultivando o primeiro não devemos esquecer-nos do segundo.».

Bibliografia: revista «Além», de Maio/Junho 1940, Julho/Agosto 1942 e Jan./Fev. 1947. «Revista de Espiritismo» n.º 4, Ano VI, Julho/Agosto 1932. “Revista de Meta-psicologia” n.º 7, Ano V, Julho 1953.

Via http://www.espirito.org.br

Frases Espíritas de Emmanuel, André Luiz e Meimei

Mensagem do dia - 12/05/2011

Mensagem do dia - 11/05/2011

Você sabe quem foi Firmino de Assunção Teixeira?

Grande benemérito da causa espírita em Portugal, nasceu em Murça, pobre e humilde, tendo desencarnado na Póvoa de Varzim no dia 22 de Julho de 1932, com 62 anos de idade.

Ainda novo, partiu para o Brasil, onde encontrou a riqueza no ramo comercial, após muitos anos de labuta. Inteligente e organizado, caracterizava-se pela sua abnegação e bondade, ao ponto de numa homenagem póstuma, José Camilo de Almeida, da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade Portuense de Investigações Psíquicas (SPIP) assim se lhe referir: «Imitemo-lo na simplicidade, na modéstia, na resignação calma e serena, enfrentando a dor com o sorriso nos lábios, porque ela é a mais poderosa alavanca do progresso espiritual do homem».

Após muitos anos de trabalho, fixou-se na Póvoa de Varzim, tendo-se dedicado e desdobrado no patrocínio da propaganda espírita, financiando generosamente a FEP e a SPIP, bem como outros centros espíritas, socorrendo também vários institutos de beneficência e muitas famílias necessitadas.

Os donativos avultados que distribuía anualmente iam muito além das possibilidades da sua fortuna. Num admirável espírito de sacrifício, levando uma vida mais do que modesta (quando os seus rendimentos lhe permitiam cercar-se de um luxuoso conforto), era com o produto das suas economias, sacrificando, por vezes, as suas comodidades, que realizava os seus vastos planos de filantropia, em gestos generosos. É o responsável pela construção da sede da FEP e da SPIP. Além disso, instituiu um legado permanente de 254.000$00 (entregue à FEP) para subsidiar as colectividades que melhor propagassem o espiritismo. No seu testamento contemplou a Misericórdia de Murça, sua terra natal, com cerca de 500.000$00. Ao Asilo dos Meninos Desamparados de Campanhã, cerca de 70.000$00, além de dezenas de milhares de escudos distribuídos pelos pobres da Póvoa de Varzim e pelos familiares.

«Exemplo de bondade, espírita convicto, consciente da sua função social, como equilibrante de ambições e dos desmandos dos homens, alheio a conluios ou interesses de facção, soube, como poucos – no dizer de António Castanheira de Moura («Revista de Metapsicologia» n.º 7, Julho 1953) –,cumprir e realizar obra que, como exemplo, deixou aos espíritas, no mais elevado sentido de fraterna solidariedade, indicando-lhes assim o dever de continuarem a obra por si profundamente sentida.»

Desencarnou após muitas lutas na vida, com o apreço de todos os que o conheciam, não esquecendo de deixar um recado aos espíritas da época: «Imponham o Espiritismo pela inteligência, pois só assim poderão conquistar as elites do pensamento que serão os seus melhores propagandistas. A moral cristã será o seu lógico complemento. Editem folhetos, muitos folhetos e monografias de distribuição gratuita. O Espiritismo será o grande renovador do mundo e o melhor arauto da fraternidade humana e de toda a moral de Cristo. A Humanidade, desvairada pelo egoísmo, necessita mais ainda do pão do espírito, da luz do conhecimento neo-espiritualista, do que do pão do corpo. Mas cultivando o primeiro não devemos esquecer-nos do segundo.».

Bibliografia: revista «Além», de Maio/Junho 1940, Julho/Agosto 1942 e Jan./Fev. 1947. «Revista de Espiritismo» n.º 4, Ano VI, Julho/Agosto 1932. “Revista de Meta-psicologia” n.º 7, Ano V, Julho 1953.

Via http://www.espirito.org.br

Os ensinamentos espíritas

Precisa-se

De trabalhadores, com prática em doação, munidos dos seguintes documentos:

  • Um coração transbordante de amor;
  • Um corpo cheio de luz;
  • Um rosto cheio de paz e alegria;
  • Uma mente ligada ao bem;

Exigimos na experiência muita perseverança, esforço e oração.

Salário: milhões de paz, luz, esclarecimento e sustentação e mais comissão e ajuda de custo.

Maiores informações: falar com o mestre Jesus.

Pelo espírito Rodolfo

Mensagem do dia - 09/05/2011

Você sabe quem foi José Augusto Faure da Rosa?

O coronel Faure da Rosa é um dos conhecidos espíritas do movimento português de outrora.

Na qualidade de militar, esteve na Índia, onde foi chefe do Estado-Maior do Quartel-General daquele Governo, tendo ainda exercido as funções de administrador das matas de Goa e de Pragaña-Nogar-Aveli, as de secretário-geral do Governo de Manica e Sofala e encarregado do Governo do mesmo território (Moçambique), assim como as de delegado do Governo Geral da Índia, junto do Governo da Presidência de Bombaim. Comandou a coluna de Oeste, em Timor, aquando das operações de 1912, procurando servir a ideia cristã, com o seu exemplo.

Ocupou outros lugares de relevo, sempre com aquela dignidade que lhe era característica, que lhe permitiu vir a morrer pobre e em paz consigo próprio. Era considerado um espírito culto e de porte elegante. Dedicou-se desde sempre às letras e aos problemas de cultura geral. Publicou em 1908, em Goa «Memória sobre a cultura da árvore da borracha» e um ano depois «Memória sobre ensilagem de capim».

É igualmente atraído pelo teatro. Por volta de 1905, de parceria com Henrique Garland, traduziu do inglês as comédias «Bebé e Totó» e «A doença da mamã», que foram representadas com agrado no Teatro do Ginásio. Entre 1927 e 1928 faz a apologia do cooperativismo, palestrando publicamente sobre o assunto e propagando suas ideias em vários jornais, de que se destaca o “República Social”.

No entanto, pode-se afirmar que foram os problemas da alma humana e da sua sobrevivência, aquilo que mais o apaixonou, até ao fim da sua encarnação.

«No livro, na imprensa, em múltiplas conferências, a sua acção de propaganda e de defesa do Espiritismo é vastíssima e perdurará no decorrer dos tempos» assim refere a “Revista de Metapsicologia”.

Em 1935 traduziu do francês e publicou «O Além para todas as inteligências» e em 1942 «A Metapsíquica e o Espiritismo à luz dos factos».

Da sua defesa constante dos valores espíritas é de destacar uma conferência do coronel Faure da Rosa no Condes, replicando as críticas de Pierre Gaumer, feitas no S. Luís. Faure da Rosa desmontou um por um, os argumentos do escritor belga, que tentara denegrir o espiritismo. Numa outra ocasião, defendeu com elegância, mas, sabiamente e frontalmente, a doutrina espírita, quando esta fora atacada nas páginas do “Primeiro de Janeiro” pelo Dr. Duarte Leite, trabalho este que foi publicado em folheto editado pela FEP.

Foi director da «Revista de Metapsíquica», presidente da Assembleia-geral da FEP e presi-dente da própria FEP por várias vezes. Estaria agarrado ao poder? Nem pensar nisso. Em todas as actividades, sempre se esforçou por alcançar a concórdia entre todos e bem servir a Federação e a doutrina à qual dedicava grande parte da sua vida.

Foi colaborador de vários periódicos nacionais e estrangeiros, dos quais se destaca a Revista de Espiritismo, Mensageiro Espírita, Estudos Psíquicos, Região de Leiria e Revista de Metapsicologia, da qual foi director, nos quais estampava sempre os seus raciocínios claros e límpidos, no sentido de bem divulgar os seus conhecimentos doutrinários.

Segundo os cronistas da época, o coronel Faure da Rosa tinha a bondade como dom natural, apesar da firmeza com que sempre se fazia notar na defesa dos princípios doutriná-rios. «Nunca lhe ouvimos uma palavra de malquerença contra ninguém; sabia perdoar àqueles que o ofendiam», assim podemos ler na Revista de Metapsicologia.

Desencarnou em 8 de Novembro de 1950, tendo sido um marco do florescente movimento espírita português, ao tempo do Estado Novo.

Bibliografia: “Revista de Metapsicologia” nº 11, Ano V, Novembro 1953.

Via http://www.espirito.org.br/

Chico Xavier - Alimentação Carnívora - Pinga-Fogo

Livros básicos do Espiritismo

Você sabe quem foi Eurípedes Barsanulfo?

Nascido em 1º de maio de 1880, na pequena cidade de Sacramento, Estado de Minas Gerais, e desencarnado na mesmo cidade, aos 38 anos de idade, em 1o. de novembro de 1918.


Logo cedo manifestou- se nele profunda inteligência e senso de responsabilidade, acervo conquistado naturalmente nas experiências de vidas pretéritas.

Era ainda bem moço, porém muito estudioso e com tendências para o ensino, por isso foi incumbido pelo seu mestre- escola de ensinar aos próprios companheiros de aula. Respeitável representante político de sua comunidade, tornou- se secretário da Irmandade de São Vicente de Paula, tendo participado ativamente da fundação do jornal "Gazeta de Sacramento" e do "Liceu Sacramentano". Logo viu- se guindado à posição natural de líder, por sua segura orientação quanto aos verdadeiros valores da vida.

Através de informações prestadas por um dos seus tios, tomou conhecimento da existência dos fenômenos espíritas e das obras da Codificação Kardequiana. Diante dos fatos voltou totalmente suas atividades para a nova Doutrina, pesquisando por todos os meios e maneiras, até desfazer totalmente suas dúvidas.

Despertado e convicto, converteu- se sem delongas e sem esmorecimentos, identificando-se plenamente com os novos ideais, numa atitude sincera e própria de sua personalidade, procurou o vigário da Igreja matriz onde prestava sua colaboração, colocando à disposição do mesmo o cargo de secretário da Irmandade.

Repercutiu estrondosamente tal acontecimento entre os habitantes da cidade e entre membros de sua própria família. Em poucos dias começou a sofrer as conseqüências de sua atitude incompreendida.

Persistiu lecionando e entre as matérias incluiu o ensino do Espiritismo, provocando reação em muitas pessoas da cidade, sendo procurado pelos pais dos alunos, que chegaram a oferecer- lhe dinheiro para que voltasse atrás quanto à nova matéria e, ante sua recusa, os alunos foram retirados um a um.

Sob pressões de toda ordem e impiedosas perseguições, Eurípedes sofreu forte traumatismo, retirando- se para tratamento e recuperação em uma cidade vizinha, época em que nele desabrocharam várias faculdades mediúnicas, em especial a de cura, despertando- o para a vida missionária. Um dos primeiros casos de cura ocorreu justamente com sua própria mãe que, restabelecida, se tornou valiosa assessora em seus trabalhos.

A produção de vários fenômenos fez com que fossem atraídas para Sacramento centenas de pessoas de outras paragens, abrigando- se nos hotéis e pensões, e até mesmo em casas de famílias, pois a todos Barsanulfo atendia e ninguém saía sem algum proveito, no mínimo o lenitivo da fé e a esperança renovada e, quando merecido, o benefício da cura, através de bondosos Benfeitores Espirituais.

Auxiliava a todos, sem distinção de classe, credo ou cor e, onde se fizesse necessária a sua presença, lá estava ele, houvesse ou não condições materiais.

Jamais esmorecia e, humildemente, seguia seu caminho cheio de percalços, porém animado do mais vivo idealismo. Logo sentiu a necessidade de divulgar o Espiritismo, aumentando o número dos seus seguidores. Para isso fundou o "Grupo Espírita Esperança e Caridade", no ano de 1905, tarefa na qual foi apoiado pelos seus irmãos e alguns amigos, passando a desenvolver trabalhos interessantes, tanto no campo doutrinário, como nas atividades de assistência social.

Certa ocasião caiu em transe em meio dos alunos, no decorrer de uma aula. Voltando a si, descreveu a reunião havida em Versailles, França, logo após a I Guerra Mundial, dando os nomes dos participantes e a hora exata da reunião quando foi assinado o célebre tratado.

Em 1o. de abril de 1907, fundou o Colégio Allan Kardec, que se tornou verdadeiro marco no campo do ensino. Esse instituto de ensino passou a ser conhecido em todo o Brasil, tendo funcionado ininterruptamente desde a sua inauguração, com a média de 100 a 200 alunos, até o dia 18 de outubro, quando foi obrigado a cerrar suas portas por algum tempo, devido à grande epidemia de gripe espanhola que assolou nosso país.

Seu trabalho ficou tão conhecido que, ao abrirem- se as inscrições para matrículas, as mesmas se encerravam no mesmo dia, tal a procura de alunos, obrigando um colégio da mesma região, dirigido por freiras da Ordem de S. Francisco, a encerrar suas atividades por falta de freqüentadores.

Liderado a pulso forte, com diretriz segura, robustecia- se o movimento espírita na região e esse fato incomodava sobremaneira o clero católico, passando este, inicialmente de forma velada e logo após, declaradamente, a desenvolver uma campanha difamatória envolvendo o digno missionário e a doutrina de libertação, que foi galhardamente defendida por Eurípedes, através das colunas do jornal "Alavanca", discorrendo principalmente sobre o tema: "Deus não é Jesus e Jesus não é Deus", com argumentação abalizada e incontestável, determinando fragorosa derrota dos seus opositores que, diante de um gigante que não conhecia esmorecimento na luta, mandaram vir de Campinas, Estado de S. Paulo, o reverendo Feliciano Yague, famoso por suas pregações e conhecimentos, convencidos de que com suas argumentações e convicções infringiriam o golpe derradeiro no Espiritismo.

Foi assim que o referido padre desafiou Eurípedes para uma polêmica em praça pública, aceita e combinada em termos que foi respeitada pelo conhecido apóstolo do bem.

No dia marcado o padre iniciou suas observações, insultando o Espiritismo e os espíritas, "doutrina do demônio e seus adeptos, loucos passíveis das penas eternas", numa demonstração de falso zelo religioso, dando assim testemunho público do ódio, mostrando sua alma repleta de intolerância e de sectarismo.

A multidão que se mantinha respeitosa e confiante na réplica do defensor do Espiritismo, antevia a derrota dos ofensores, pela própria fragilidade dos seus argumentos vazios e inconsistentes.

O missionário sublime, aguardou serenamente sua oportunidade, iniciando sua parte com uma prece sincera, humilde e bela, implorando paz e tranqüilidade para uns e luz para outros, tornando o ambiente propício para inspiração e assistência do plano maior e em seguida iniciou a defesa dos princípios nos quais se alicerçavam seus ensinamentos.

Com delicadeza, com lógica, dando vazão à sua inteligência, descortinou os desvirtuamentos doutrinários apregoados pelo Reverendo, reduzindo- o à insignificância dos seus parcos conhecimentos, corroborado pela manifestação alegre e ruidosa da multidão que desde o princípio confiou naquele que facilmente demonstrava a lógica dos ensinos apregoados pelo Espiritismo.

Ao terminar a famosa polêmica e reconhecendo o estado de alma do Reverendo, Eurípedes aproximou- se dele e abraçou- o fraterna e sinceramente, como sinceros eram seus pensamentos e suas atitudes.

Barsanulfo seguiu com dedicação as máximas de Jesus Cristo até o último instante de sua vida terrena, por ocasião da pavorosa epidemia de gripe que assolou o mundo em 1918, ceifando vidas, espalhando lágrimas e aflição, redobrando o trabalho do grande missionário, que a previra muito antes de invadir o continente americano, sempre falando na gravidade da situação que ela acarretaria.

Manifestada em nosso continente, veio encontrá-lo à cabeceira de seus enfermos, auxiliando centenas de famílias pobres. Havia chegado ao término de sua missão terrena. Esgotado pelo esforço despendido, desencarnou no dia 1o. de novembro de 1918, às 18 horas, rodeado de parentes, amigos e discípulos.

Sacramento em peso, em verdadeira romaria, acompanhou- lhe o corpo material até a sepultura, sentindo que ele ressurgia para uma vida mais elevada e mais sublime.

Via http://www.espirito.org.br

Mensagem do dia - 06/05/2011

Os 84 anos de Divaldo Pereira Franco

Divaldo Pereira Franco, mais conhecido como Divaldo Franco ou simplesmente Divaldo (Feira de Santana, 5 de maio de 1927) é um professor, médium e orador espírita brasileiro.

É, há quase sessenta anos, um importante orador e escritor espírita, com mais de cinqüenta anos devotados à mediunidade, e mais de quarenta dedicados a cuidar dos meninos de rua de Salvador, na Bahia. Para este último fim fundou, em 15 de agosto de 1952, junto com Nilson de Souza Pereira, a casa de assistência Mansão do Caminho, responsável pela orientação e educação de mais de 33 mil crianças e adolescentes carentes.

Divaldo cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, onde recebeu o diploma de Professor Primário em 1943. Desde a infância relata comunicar-se com os espíritos.

Quando jovem, foi abalado pela morte de seus dois irmãos mais velhos, o que o deixou traumatizado e enfermo, sendo conduzido a diversos especialistas, na área da Medicina, sem, contudo, lograr qualquer resultado satisfatório.

Nessa época conheceu a Sra. Ana Ribeiro Borges, que o conduziu à Doutrina Espírita, o que o teria libertado do trauma e trazido consolações, tanto para ele como para toda a sua família. Divaldo dedicou-se, então, ao estudo do Espiritismo, ao tempo em que foi aprimorando suas faculdades mediúnicas, pelo correto exercício e continuado estudo do Espiritismo.

Transferiu residência para Salvador no ano de 1945, tendo feito concurso para o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), onde ingressou a 5 de Dezembro de 1945, como escriturário.

Já espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR), em 7 de Setembro de 1947.

Em A Veneranda Joanna de Ângelis (Salvador: LEAL, 1987), escrito por Divaldo e Celeste Santos, constam biografias do médium baiano e de sua mentora espiritual, Joanna de Ângelis, bem como informações sobre o trabalho educacional e assistencial desenvolvido pela Mansão do Caminho, além de entrevistas com Divaldo e relatos sobre supostas reencarnações de Joanna de Ângelis.

Divaldo apresentou, desde jovem, diversas faculdades mediúnicas, tanto de efeitos físicos quanto de efeitos intelectuais. Destaca-se, dentre elas, no entanto, a psicografia.

Inicialmente, diversas mensagens foram escritas pelo seu intermédio, sob a orientação dos benfeitores espirituais, até que um dia, ele recebeu a recomendação para que fosse queimado o que escrevera até ali, pois não passavam de simples exercícios.

Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos espíritos, dentre eles, Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como "um Espírito Amigo", ocultando-se no anonimato, à espera do instante oportuno para se fazer conhecida. Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável, repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta aos mais diversos leitores e necessitados de diretriz espiritual.

Em 1964, Joanna de Ângelis selecionou várias das mensagens de sua autoria e enfeixou-as num livro, que recebeu o sugestivo título de Messe de Amor. Foi o primeiro livro que o médium publicou. Logo em seguida, Rabindranath Tagore ditou Filigranas de Luz. O que se seguiu constitui-se hoje em um verdadeiro fenômeno editorial, pois, em 31 anos de atividade como médium, teve publicados 240 títulos, totalizando mais de quatro milhões e quinhentos mil exemplares, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universal. Dessas obras, houve 80 versões para 15 idiomas (alemão, castelhano, esperanto, francês, italiano, polonês, tcheco, braille e outros).

Os livros englobam uma grande variedade de estudos literários, como prosa, romances, narrações e etc., abrangendo temas filosóficos, doutrinários, históricos, infantis, psicológicos e psiquiátricos.

Nessas obras psicografadas, apresentam-se 211 alegados autores espirituais, além de Joanna de Ângelis, entre eles, Manoel Philomeno de Miranda, Victor Hugo, Amélia Rodrigues, Ignotus, Vianna de Carvalho, Carlos Torres Pastorino, Bezerra de Menezes, Rabindranath Tagore, João Cléofas, Eros e Simbá.

Por meio das obras de Joanna de Ângelis, Divaldo pôde alcançar o reconhecimento não apenas entre os religiosos e espiritualistas, mas também em outras linhas de conhecimento, como a psicologia e a parapsicologia. Isso se deu principalmente em função dos livros publicados na Série Psicológica, onde tratou dos malefícios das fugas da realidade e enfatizou a importância do autoconhecimento e auto-enfrentamento.

A Série Psicológica foi escrita à luz dos pensamentos de Allan Kardec e de pesquisadores da psiquê humana, a exemplo de Carl Jung. Na referida série se encontram duas obras voltadas à psicologia transpessoal: Autodescobrimento (1995) e Triunfo Pessoal (2002).

A maioria das obras escritas por Divaldo Franco sob o comando de Joanna de Ângelis almeja incentivar o autodescobrimento e facilitar a aplicação no dia-a-dia dos ensinamentos morais de amor fraterno contidos nos Evangelhos e na Doutrina Espírita, incentivando o leitor a enfrentar as dificuldades cotidianas de modo mais prático e otimista.

Grande parte das obras ditadas a Divaldo por Joanna de Ângelis foi publicada pela Editora LEAL, de Salvador (BA). Um dos mais recentes lançamentos de Joanna de Ângelis chama-se Conflitos Existenciais (LEAL, 2005), obra que analisa os principais conflitos do ser humano, as suas causas, origens e formas de terapia - inclusive, estuda as tentativas atuais de se preencherem os vazios existenciais, a exemplo de relacionamentos efêmeros por meio da Internet.

Como orador, Divaldo começou a fazer palestras em 1947, difundindo a Doutrina Espírita e hoje apresenta uma histórica e recordista trajetória no Brasil e no exterior, sempre atraindo multidões, com sua palavra inspirada e esclarecedora, acerca de diferentes temas sobre os problemas humanos e espirituais. Há vários anos, viaja em média 230 dias por ano, realizando palestras e também seminários no Brasil e no mundo. Em um levantamento preliminar suas atividades no exterior foram:

Mais de 11 mil conferências proferidas no Brasil e no exterior percorrendo mais de 62 países.
América: Esteve em 18 países, em mais de 119 cidades, onde realizou mais de 1.000 palestras, concedeu mais de 180 entrevistas de rádio e TV para cerca de 113 emissoras, inclusive por 3 vezes na Voz da América, a maior cadeia de rádio do continente. Recebeu cerca de 50 homenagens de vários países, destacando-se o honorífico título de Doutor Honoris Causa em Humanidades, concedido pela Universidade de Concórdia em Montreal, no Canadá, em 1991. Por 3 vezes fez palestras na ONU, no departamento de Washington e fez conferências em mais de 12 universidades do continente.

Europa: Esteve em mais de 20 países, em mais de 80 cidades, onde realizou mais de 500 palestras, concedeu mais de 50 entrevistas de rádio e TV para cerca de 40 emissoras, tendo recebido homenagens de vários países; fez conferência em cerca de 10 universidades européias e, por 2 vezes, na ONU, departamento de Viena.

África: Esteve em mais de 5 países, em 25 cidades, realizando 150 palestras, concedeu mais de 12 entrevistas de rádio e TV, em 11 emissoras; recebeu 4 homenagens.

Ásia: Esteve em mais de 5 países, em 10 cidades, realizando mais de 12 palestras.
Em 31 de agosto de 2000 participou, a convite da ONU, do Primeiro Encontro Mundial da Paz, reunião de cúpula com líderes religiosos de expressão internacional para se discutir e formular proposta de paz.

É considerado um dos maiores divulgadores do espiritismo no Brasil e no exterior. Na península ibérica se destacou pela assistência ao movimento espírita português e espanhol durante a ditadura fascista de ambos os países.

Suas palestras promovem o pacifismo, comparam a doutrina espírita com correntes filosóficas niilistas, hedonistas e orientais, estabelecem pontos de convergência entre a doutrina espírita e a ciência (principalmente a psicologia) e incentivam a busca constante pelo autoconhecimento, ancorada em conhecimentos sobre psicologia e doutrina espírita.

Recentemente (2006-2007), estreou no site da Mansão do Caminho o programa de entrevistas Encontro com Divaldo.

Via Wikipedia

A PACIÊNCIA - Mensagens Espíritas

Você sabe quem foi Djalma Montenegro de Farias?

Nascido no dia 09 de outubro de 1900, em Recife, filho de conceituado educador, prof. Delmiro Sérgio de Farias e sra. Maria Leopoldina Montenegro de Farias, contraiu matrimônio em 22/12/1928 com a sra. Dulce Lira de Farias. Desse casamento não houve filhos.


Fez os estudos preparatórios no Ginásio Pernambucano, atual Colégio Estadual de Pernambuco e colou grau de professor aos 20 anos, pela Escola Normal Oficial. Foi professor da Escola de Agronomia. Cursou o 1° ano da Faculdade de Medicina, não tendo concluído o curso devido ao desaparecimento de seu pai, assim como pelo seu estado de saúde.

Djalma Farias ingressou na Prefeitura do Recife, por concurso, alcançando a primeira colocação. Possuindo o título de contador, graças aos seus esforços e conhecimentos, chegou ao cargo de contador dessa repartição. Na gestão do prefeito Dr. Novais Filho, desempenhou, em comissão, o cargo de diretor da Fazenda e, quando da renúncia do prof. José dos Anjos, exerceu, interinamente, a função de prefeito da Capital.

Era sócio efetivo da Associação de Imprensa de Pernambuco. Maçon, fez parte da Loja "Segredo e Amor da Ordem", onde foi vice-tesoureiro, Venerável e Orador.

Convertido à Doutrina Espírita muito jovem, dedicou-se ao estudo do Espiritismo com tal valor que dentro em pouco iniciava o seu apostolado na tribuna e na Imprensa.

Espírita perquiridor, estudioso, fez uma apreciável cultura geral, adentrando-se na arte de bem escrever, tendo ocupado com realce uma cadeira do Cenáculo Pernambucano de Letras.

Realizou conferências em outros Estados e sua voz era acatada na Federação Espírita Brasileira.

Colaborou na revista `A Verdade", editada pela Federação Espírita Pernambucana; manteve uma coluna espírita no jornal Diário da Noite e a revista "Reformador" sempre contou com sua preciosa cooperação. Foi, ainda, colaborador assíduo da Imprensa "Vida Espírita", no Diário da Noite, do Recife.

Foi presidente do Instituto Espírita João Evangelista e da Federação Espírita Pernambucana, fundando em 23/10/1947 a Comissão Estadual de Espiritismo, CEE, da qual foi o seu primeiro presidente.

Foi também um dos fundadores da Casa dos Espíritas de Pernambuco. Aderiu em todos os sentidos ao célebre "Pacto Áureo" de 05/10/1949. Dias após, em visita à Liga Espírita do Brasil, posteriormente Liga Espírita do Estado da Guanabara e hoje Federação Espírita do Rio de Janeiro - proferiu também uma vibrante palestra, em meio a qual perdeu a voz - era o espectro da moléstia que o advertia da sua imprudência, mas, num esforço extraordinário, conseguiu imprimir forças à matéria que não mais podia acompanhar a eloqüência do seu verbo. Finalizou, contudo, essa sua alocução, que seria a última proferida por esse íntegro apóstolo do Espiritismo, entre aplausos da assistência.

Membro da "Liga Estadual Prol Estado Leigo", participou dos vários movimentos pela manutenção do Pensamento Livre, sob a ação da Coligação Nacional. Em 1943, publicou precioso opúsculo sob o título "Ensaio Sobre a Reencarnação" (recentemente relançado pelo Grupo Espírita Djalma Farias), desenvolvendo esse complexo quanto importante tema, com o poder de uma clarividência de Mestre.

Reconhecendo-lhe os méritos como cidadão e espírita, duas ruas existem em Pernambuco (na Capital e na cidade de Moreno) com o seu nome, assim como dois Centros Espíritas o têm como patrono e orientador espiritual, fazendo-lhe referência expressa em suas denominações (Grupo Espírita Djalma Farias, em Recife, e Centro Espírita Nove de Outubro, em Moreno).

Djalma Farias foi um marco do Espiritismo em Pernambuco e seu nome e sua obra ultrapassam os limites do seu Estado. Em 6 de maio de 1950, em Recife, desencarnou, aos 49 anos de idade, o grande trabalhador da Seara de Jesus, abnegado divulgador do Espiritismo - Professor Djalma Montenegro de Farias.

Via http://www.espirito.org.br