Ante os Pequeninos


A criança é uma edificação espiritual dos responsáveis por ela.

*

Não existe criança - nem uma só - que não solicite amor e auxilio, educação e entendimento.

*

Cada pequenino, conquanto seja, via de regra, um espírito adulto, traz o celebro extremamente sensível pelo fato de estar reiniciando o trabalho da reencarnação, tornando-se, por isso mesmo, um observador rigorista de tudo o que você fala e faz.

*

A mente infantil dar-nos-á de volta, no futuro, tudo aquilo que lhe dermos agora.

*

Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitando material digno a fim de consolidar-se.

*

Ajude os meninos de hoje a pensar com acerto dialogando com eles, dentro das normas do respeito e sinceridade que você espera dos outros em relação a você.

*

A criança é um capitulo especial no livro do seu dia-a-dia.

*

Não tente transfigurar seus filhinhos em bibelôs, apaixonadamente guardados, porque são eles espíritos eternos, como acontece a nos, e chegara o dia em que despedaçarão perante você mesmo quaisquer amarras de ilusão.

*

Se você encontra algum pirralho de maneiras desabridas ou de formação inconveniente, não estabeleça censura, reconhecendo que o serviço de reeducação dele, na essência pertence aos pais ou aos responsáveis e não a você.

*

Se veio a sofrer algum prejuízo em casa, por depredações de pequeninos travessos, esqueça isso, refletindo no amor e na consideração que você deve aos adultos que respondem por eles.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
42a edição. Uberaba-MG: CEC, 1996.

Anote Hoje


Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje. Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.

No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.

No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.

Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.

Estimule o serviço com expressões de louvor.

Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.

Em qualquer lugar, pratique a boa influência.

Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.

Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.

Acrescente paz e reconforto à dadiva que fizer.

Evite gritar para não chocar a quem ouve.

Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.

Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Amanhece.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
GEEM.

Algumas Definições


Benfeitor - é o que ajuda e passa.

Amigo - é o que ampara em silêncio.

Companheiro - é o que colabora sem constranger.

Renovador - é o que se renova para o bem.

Forte - é o que sabe esperar no trabalho pacífico.

Esclarecido - é o que se conhece.

Corajoso - é o que nada teme de si mesmo.

Defensor - é o que coopera sem pertubar.

Eficiente - é o que age em benefício de todos.

Vencedor - é o que vence a si mesmo.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

Documentário Chico Xavier - "De Pedro Leopoldo á Uberaba "

Ajude Sempre


Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume.

Em vão condenará você o pântano. Ajude-o a purificar-se.

No caminho pedregoso, não atire calhaus nos outros. Transforme os calhaus em obras úteis.

Não amaldiçoe o vozerio alheio. Ensine alguma lição proveitosa, com o silêncio.

Não adote a incerteza, perante as situações difíceis. Enfrente-as com a consciência limpa.

Debalde censurará você o espinheiro. Remova-o com bondade.

Não critique o terreno sáfaro. Ao invés disso, dê-lhe adubo.

Não pronuncie más palavras contra o deserto. Auxilie a cavar um poço sob a areia escaldante.

Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram. Ampare o seu irmão com a boa palavra.

É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

Acordemos!


É sempre fácil
examinar as consciências alheias,
identificar os erros do próximo,
opinar em questões que não nos dizem respeito,
indicar as fraquezas dos semelhantes,
educar os filhos dos vizinhos,
reprovar as deficiências dos companheiros,
corrigir os defeitos dos outros,
aconselhar o caminho reto a quem passa,
receitar paciência a quem sofre
e retificar as más qualidades de quem segue conosco...

Mas enquanto nos distraimos,
em tais incursões a distância de nós mesmos,
não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição.

Enquanto nos ausentamos
do estudo de nossas próprias necessidades,
olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva,
somos simplesmente
cegos do mundo interior
relegados à treva...

Despertemos, a nós mesmos,
acordemos nossas energias mais profundas
para que o ensinamento do Cristo
não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida,
porque o infortúnio maior de todos
para a nossa alma eterna
é aquele que nos
infelicita quando a graça do Alto
passa por nós em vão!...

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Araras, SP: IDE, 1978.

A Alma também

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.


Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.

Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.

Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.

No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.

Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.

* * *

André Luiz

Quem Ama


Quem ama nada exige.

Perdoa sem traçar condições.

Sabe sacrificar-se pela felicidade alheia.

Renuncia com alegria ao que mais deseja.

Não espera reconhecimento.

Serve sem cansaço.

Apaga-se para que outros brilhem.

Silencia as aflições, ocultando as próprias lágrimas.

Retribui o mal com o bem.

É sempre o mesmo em qualquer situação.

Vive para ser útil aos semelhantes.

Agradece a cruz que leva sobre os ombros.

Fala esclarecendo e ouve compreendendo.

Crê na Verdade e procura ser justo.

Quem ama, qual o samaritano anônimo da parábola do Mestre, levanta os caídos da estrada, balsamiza-lhes as chagas, abraça-os fraternalmente e segue adiante...

* * *

Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz.
Ditado pelo Espírito Alexandre de Jesus.
4a edição. Araras, SP: IDE, 1987.

O que mais sofremos?


O que mais sofremos no mundo -

Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.

Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.

Não é a doença. É o pavor de recebê-la.

Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.

Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.

Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.

Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.

Não é a injúria. É o orgulho ferido.

Não é a tentação. É a volúpia de experimentar - lhes os alvitres.

Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.

* * *


Xavier, Francisco Cândido.
Ditado pelo Espírito Albino Teixeira.

Para a mãe cristã



O mundo será feliz
quando a mulher, sem receio,
abrir a porta da casa
aos órfãos do lar alheio.
(Irene Sousa Pinto)

Mãe feliz, aguça o ouvido
ante os que vão sem ninguém...
Cada pequeno esquecido
é teu filhinho também.
(Rita Barém de Melo)

Não olvides que a criança,
no caminho, vida a fora,
vai devolver-te, mais tarde,
o que lhe deres agora.
(Casimiro Cunha)

Mãezinha - planta celeste,
anjo que chora sorrindo -,
teu filho é a flor que puseste
no ramo de um sonho lindo.
(Meimei)

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

O Cooperador

Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que te espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo na execução da melodia.
Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça.


Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a estrutura.

Se usado, a feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se despedace.

Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a te escutar o coração e o cérebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da música.

Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração.

*

Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.

Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.

Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.

Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura, em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.

*

Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperadores eficientes e dignos, sem indulgência e compreensão.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
10a edição. Araras, SP: IDE, 1996.

Como Respondeu?

“Perdoar aos inimigos é pedir
perdão para si próprio; perdoar
aos amigos é dar-lhes uma prova
de amizade; perdoar as ofensas é
mostrar-se melhor do que era.”
(Alan Kardec, E.S.E. Cap.X, ltem 15.)
À hora de cólera, você exclamou: “Vingar-me-ei!”
E perdeu uma feliz oportunidade de exercitar o perdão.



Escarnecido pela ignorância, você retrucou: “Infeliz perseguidor!”

E malbaratou o ensejo de iluminar em silêncio.

*

Esbofeteado pela agressividade da intolerância, você reagiu: “Nunca mais terás outra ocasião de ferir-me!”

E desperdiçou a lição do sofrimento.

*

Dominado pela preguiça, você justificou: “Amanhã farei a assistência programada.”

E esqueceu que agora é a hora da ação editicante.

*

Acuado pela perseguição geral, você indagou: “Por que Deus me abandonou?”

E não enxergou a Divina Presença na linguagem do testemunho que lhe era solicitado.

*

Aturdido pela maledicência, você desabafou: “Ninguém presta!”.

E feriu, sem motivo, muitas almas boas ,generalizando a invigilância e a crueldade.

*

Esmagado pela pobreza, você inquiriu: “Onde o socorro celeste?”

E atestou o apego às coisas terrenas.

*

Ante a felicidade aparente dos levianos, você disse: “Só os maus vencem!”

E desrespeitou a fé cristã que você vive, inspirada na cruz de ignomínia onde Ele pereceu.

*

Ao impacto de acusações injustas, você baqueou: “Estou perdido!”

E não se recordou d'Aquele que é o nosso Caminho.

*

Entretanto, poderia dizer sempre: “Em ti confio, Senhor, e a Ti me entrego.”

E Ele, que nunca abandona os que n'Ele confiam, saberia ajudá-lo incessantemente.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.
4a edição. Salvador, BA: LEAL, 1993.

Com Efeito


"Todos vós, que dos homens sofreis injustiças, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, ponderando que também vós não vos achais isentos de culpas; é isso caridade, mas é igualmente humildade."

(Alan Kardec. E.S.E. Cap.VII. Item 11.)

Exercite a humildade ao lado dos modestos servidores do lar doméstico.
Ser humilde com os superiores, de quem se depende, é muito fácil.

*

Suporte com resignação as dificuldades da tarefa nova.

Quem muda de clima sofre a modificação da temperatura.

*

Retorne ao trabalho com ânimo redobrado, no lugar em que o insucesso o magoou.

Nem sempre o triunfo pode ser sentido nas moedas de lucro fácil.

*

Submeta-se às vicissitudes naturais da luta, mas prossiga na direção do serviço honrado.

Não há repouso justo sem o cansaço haurido nas tarefas da aprendizagem.

*

Cultive o verbo "cooperar".

O progresso nasce quando todos se ajudam.

*

Levante-se do erro e siga renovando-se.

Muita correnteza cristalina nasce em lodo.

*

Seja indulgente com aqueles que ainda se demoram sob as fortes luzes da ilusão.

O perdão que você oferece aos outros funciona como lubrificante nas engrenagens de sua alma. \*

Desperte na criança o ardor evangélico, atestando sempre junto a ela a excelência da Mensagem Cristã.

As atitudes hostis que você mantém, supondo que "a criança não entende", anulam quaisquer palavras da pregação apaixonada.

*

Combata a onda-materialista que domina o mundo, deixando de apoiar as indústrias de perversão dos valores morais.

O prazer do cinema, teatro e televisão, muitas vezes se transforma em "labaredas para o coração".

*

Empenhe-se na implantação do Evangelho na Terra.

Faça-se, entretanto, um a "carta-viva do Cristo".


* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.
4a edição. Salvador, BA: LEAL, 1993.

Casamento e Família


Diante das contestações que se avolumam, na atualidade, pregando a reforma dos hábitos e costumes, surgem os demolidores de mitos e de Instituições, assinalando a necessidade de uma nova ordem que parece assentar as suas bases na anarquia.

A onda cresce e o tresvario domina, avassalador, ameaçando os mais nobres patrimônios da cultura, da ética e da civilização, conquistados sob ônus pesados, no largo processo histórico da evolução do homem.

Os aficionados de revolução destruidora afirmam que os valores ora considerados, são falsos, quando não falidos, e que os mesmos vêm comprimindo o indivíduo, a sociedade e as massas, que permanecem jungidos ao servilismo e à hipocrisia, gerando fenômenos alucinatórios e mantendo, na miséria de vários matizes, grande parte da humanidade.

Entre as Instituições que, para eles, se apresentam ultrapassadas, destacam o matrimônio e a família, propondo a promiscuidade sexual, que disfarçam com o nome de "amor livre", e a independência do jovem, imaturo e inconseqüente, sob a justificativa de liberdade pessoal, que não pode nem deve ser asfixiada sob os impositivos da ordem, da disciplina, da educação...

Excedendo-se, na arbitrariedade das propostas ideológicas ainda não confirmadas pela experiência social nem pela convivência na comunidade, afirmam que a criança e o jovem não são dependentes quanto parecem, podendo defender-se e realizar-se, sem a necessidade da estrutura familiar, o que libera os pais negligentes de manterem os vínculos conjugais, separando-se tão logo enfrentam insatisfações e desajustes, sem que se preocupem com a prole.

Não é necessário que analisemos os problemas existenciais destes dias, nem que façamos uma avaliação dos comportamentos alienados, que parecem resultar da insatisfação, da rebeldia e do desequilíbrio, que grassam em larga escala.

A monogamia é conquista de alto valor moral da criatura humana, que se dignifica pelo amor e respeito ao ser elegido, com ele compartindo alegrias e dificuldades, bem-estar e sofrimentos, dando margem às expressões da afeição profunda, que se manifesta sem a dependência dos condimentos sexuais, nem dos impulsos mais primários da posse, do desejo insano.

Utilizando-se da razão, o homem compreende que a vida biológica é uma experiência muito rápida, que ainda não alcançou biótipos de perfeição, graças ao que, é frágil, susceptível de dores, enfermidades, limitações, sendo, os estágios da infância como o da juventude, preparatórios para os períodos do adulto e da velhice.

Assim, o desgaste e o abuso de agora tornam-se carência e infortúnio mais tarde, na maquinaria que deve ser preservada e conduzida com morigeração.

Aprofundando o conceito sobre a vida, se lhe constata a anterioridade ao berço e a continuidade após o túmulo, numa realidade de interação espiritual com objetivos definidos e inamovíveis, que são os mecanismos inalienáveis do progresso, em cujo contexto tudo se encontra sob impositivos divinos expressos nas leis universais.

Desse modo, baratear, pela vulgaridade, a vida e atirá-la a situações vexatórias, destrutivas, constitui crime, mesmo quando não catalogado pelas leis da justiça, exaradas nos transitórios códigos humanos.

O matrimônio é uma experiência emocional que propicia comunhão afetiva, da qual resulta a prole sob a responsabilidade dos cônjuges, que se nutrem de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores do bem estar físico e psicológico. Não é, nem poderia ser, uma incursão ao país da felicidade, feita de sonhos e de ilusões.

Representa um tentame, na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o entendimento, que capacitam as criaturas para mais largas incursões na área do relacionamento social. Ao mesmo tempo, a família constitui a célula experimental, na qual se forjam valores elevados e se preparam os indivíduos para uma convivência salutar no organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.

A única falência, no momento, é a do homem, que se perturba, e, insubmisso, deseja subverter a ordem estabelecida, a seu talante, em vãs tentativas de mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações em que mergulha.

Certamente, muitos fatores sociológicos, psicológicos, religiosos e econômicos contribuíram para este fenômeno. Não obstante, são injustificáveis os comportamentos que investem contra as Instituições objetivando demoli-las, ao invés de auxiliar de forma edificante em favor da renovação do que pode ser recuperado, bem como da transformação daquilo que se encontre ultrapassado.

O processo da evolução é inevitável. Todavia, a agressão, pela violência, contra as conquistas que devem ser alteradas, gera danos mais graves do que aqueles que se buscam corrigir. O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, á a mola propulsionadora do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto.

Para esse desiderato, são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo-se diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto-moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão.

Esta é a finalidade primeira da reencarnação.

A precipitação e desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e á falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos.

Enquanto houver o sentimento de amor no coração do homem --- e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus ínsita na vida --- o matrimônio permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da sociedade.

Envidar esforços para a preservação dos valores morais, estabelecidos pela necessidade do progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão para uma vida melhor e uma humanidade mais feliz, na qual o bem será a resposta primeira de todas as aspirações.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Antologia Espiritual.
Ditado pelo Espírito Benedita Fernandes.

Via http://www.espirito.org.br

Ação da Amizade


A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.

A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.

Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.

Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!

O egoísmo afasta as pessoas e as isola.

A amizade as aproxima e irmana.

O medo agride as almas e infelicita.

A amizade apazigua e alegra os indivíduos.

A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.

Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.

Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.

Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.

Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.

Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.

Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.

Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.

A amizade é fácil de ser vitalizada.

Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.

Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.

Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.

A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Esperança.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
LEAL.

Caminhos do Coração


Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.

Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.

Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.

Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.

Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.

Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.

Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.

Caminhos e caminhantes!

Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.

Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.

Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma... São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...

*

Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.

Ao fazê-lo, repassa pela mente os objetivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.

Se possível, opta pelos caminhos do coração.

Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.

*

O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correção.

O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.

A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.

A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.

A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida; destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.

Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundário importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.

Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.

*

Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.

Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade.

Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.

Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.

Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direção da plenitude espiritual.

Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual a nelas.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.

André Luiz - Concentração Mental (Psicofonia de Francisco Cândido Xavier em 24-03-1955)

O Caminho


Diante do turbilhão de problemas e conflitos, aturdido e receoso, a um passo do desequilíbrio, indagas, sem diretriz: - Onde a via a seguir? Qual a conduta a adotar?
Certamente, todo empreendimento deve ser precedido de planificação, de roteiro, de programa. Sem esses fatores, o comportamento faz-se anárquico, e o trabalho se dirige à desordem.

A experiência carnal é uma viagem que o espírito empreende com os objetivos definidos pela Divindade, que a todos reserva a perfeição.

Como alcançá-la, e em quanto tempo, depende de cada viajor.

Multiplicam-se os caminhos que terminarão por levar à meta.

Alguns conduzem a despenhadeiros, a desertos, a pantanais, a regiões perigosas.

Outros se desdobram convidativos e repletos de distrações, prazeres, comodidades, engodos, passadismos.

Poucos se caracterizam pelo esforço que deve ser envidado para conquistá-los, vencendo, etapa a etapa, as dificuldades e impedimentos.

Uns levam à ruína demorada, que envilece e infelicita.

Vários dão acesso à glória transitória, ao poder arbitrário, às regalias que o túmulo interrompe.

Jesus, porém, foi peremptório ao asseverar:

-Eu sou o caminho - informando ser a única opção para chegar-se a Deus.

Se te encontras a ponto de desistir na luta, intenta-o outra vez e busca Jesus.

Se te abateste e não tens ninguém ao lado para oferecer-te a mão, recorre a Jesus.

Se te sentes abandonado e vencido, após mil tentames malsucedidos no mundo, apela a Jesus.

Se te deparas perdido e sem rumo, apega-te a Jesus.

Se te defrontas com impedimentos que te parecem intransponíveis, procura Jesus.

Se nada mais esperas na jornada, recomeça com Jesus.

Se avanças com êxito, não te esqueças de Jesus.

Se estás cercado de carinho e amor, impregna-te de Jesus.

Se a jornada se te faz amena, agradece a Jesus.

Se encontras conforto e alegria no crescimento íntimo, não te separes de Jesus

Se acreditas na vitória, que antevês, apóia-te em Jesus.

Se te sentes inundado de paz e fé, Jesus está contigo.

Em qualquer trecho do caminho da tua evolução, Jesus deve ser o teu apoio, a tua direção, a tua meta, tendo em mente que através dEle e com Ele te plenificarás, alcançando Deus.

O mais, são ilusões e engodos. Não te equivoques, nem enganes a ninguém.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.

Provas científicas da reencarnação

Mensagem do dia - 23/11/2011

Pinga Fogo (1971) - Reencarnação parte 1

Caminho da Autoiluminação


O homem atinge um alto nível de evolução quando consegue unir o sentimento e o conhecimento, utilizando-os com sabedoria. Nesse estágio é-lhe mais fácil desenvolver a paranormalidade, realizando o autodescobrimento e canalizando as energias anímicas e mediúnicas para o serviço de consolidação do bem em si mesmo e na sociedade.

O seu amadurecimento psicológico permite-lhe compreender toda a magnitude das faculdades parapsíquicas, superando os impedimentos que habitualmente se lhe antepões à educação.

Desse modo, a mediunidade põe-no em contato com o mundo espiritual de onde procede a vida e para a qual retorna, quando cessado o seu ciclo material, ensejando-lhe penetrar realidades que se demoram ignoradas, incursionando com destreza além das vibrações densas do corpo carnal.

O exercício das faculdades mediúnicas, no entanto, se reveste de critérios e cuidados, que somente quando levados em conta propiciam os resultados pelos quais se anelam.

A mediunidade é inerente a todos os indivíduos em graus de diferente intensidade. Como as demais, é uma faculdade amoral, manifestando-se em bons e maus, nobres e delinqüentes, pobres e ricos.

Pode expressar-se com alta potencialidade de recursos em pessoas inescrupulosas, e quase passar despercebida em outras, portadoras de elevadas virtudes.

Surge em criaturas ignorantes, enquanto não é registrada nas dotadas de cultura. É patrimônio da vida para crescimento do ser no rumo da sua destinação espiritual. O uso que se lhe dê, responderá por acontecimentos correspondentes no futuro do seu possuidor.

Uma correta educação da mediunidade tem início no estudo das suas potencialidades: causas, aplicações e objetivos. Adquirida a consciência mediúnica, o exercício sistemático, sem pressa, contribui para o equilíbrio das suas manifestações.

Uma conduta saudável calcada nos princípios evangélicos atrai os Bons Espíritos, que passam a cooperar em favor do medianeiro e da tarefa que ele abraça, objetivando os melhores resultados possíveis do empreendimento.

O direcionamento das forças mediúnicas para fins elevados propicia qualificação superior, resultando em investimento de sabor eterno.

Se te sentes portador de mediunidade, encara-a com sincero equilíbrio e dispõe-te a aplicá-la bem.

O homem ditoso do futuro será um indivíduo PSI, um sensível e consciente instrumento dos Espíritos, ele próprio lúcido e responsável pelos acontecimentos da sua existência.

Desveste-te de quaisquer fantasias em torno dos fenômenos de que és objeto e encara-os com realismo, dispondo-te a sua plena utilização.

Amadurece reflexões em torno deles e resguarda-os das frivolidades, exibicionismos vãos, comercialização vil, recurso para a exaltação da personalidade ou das paixões inferiores.

Sê paciente com os resultados e perseverante nas realizações. Toda sementeira responde à medida que o tempo passa.

A educação da mediunidade requer tempo, experiência, ductibilidade do indivíduo, como sucede com as demais faculdades e tendências culturais, artísticas e mentais que exornam o homem.

Quem seja portador de cultura, de bondade e sinta a presença dos fenômenos paranormais, está a um passo da realização integral, a caminho próximo da auto-iluminação.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Iluminação.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL.

Mensagem do dia - 21/11/2011

Pinga Fogo - 1971 - O caso do avião

Reflexão do dia! por Chico Xavier

Quando você conseguir superar
graves problemas de relacionamentos,
não se detenha na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado
mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde,
não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus
que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade,
e lhe darão confiança
diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor;
outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta;
outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena;
outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos;
outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros;
outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita;
outros, falar.
Uns queriam silêncio;
outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo;
outros, ter pés.

Uns queriam um carro;
outros, andar.
Uns queriam o supérfluo;
outros, apenas o necessário.

Há dois tipos de sabedoria:
a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe
e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera;
a inferior, julga;
a superior, alivia;
a inferior, culpa;
a superior, perdoa; a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala
para quem sabe escutar!

Chico Xavier

Mensagem do dia - 31/10/2011

Calma para o Êxito



Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente.

Aqui, é uma pessoa tresvairada, que te agride...

Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade...

Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada...

Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços...

É necessário ter calma sempre.

A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada.

Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se acontecimento infeliz.

A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é responsável por danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura.

A calma inspira a melhor maneira de agir, e sabe aguardar o momento próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta.

Não antecipa, nem retarda.

Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem.

Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer.

Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito.

* * *
Divaldo P. Franco.
Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis.
Alvorada.

Frases de Chico Xavier

Mensagem do dia - 13/10/2011

Ação da Amizade



A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.

A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.

Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.

Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!

O egoísmo afasta as pessoas e as isola.

A amizade as aproxima e irmana.

O medo agride as almas e infelicita.

A amizade apazigua e alegra os indivíduos.

A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.

Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.

Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.

Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.

Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.

Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.

Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.

Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.

A amizade é fácil de ser vitalizada.

Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.

Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.

Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.

A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Esperança.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
LEAL.

Frases Espíritas de Emmanuel, André Luiz e Meimei

Mensagem do dia - 05/10/2011

Autoconscientização



Os dias atuais, caracterizados pelos conflitos psicológicos, em face do tumulto que domina o pensamento da sociedade e as ambições de cada indivíduo, exigem profundas reflexões, a fim de que a harmonia permaneça nos sentimentos humanos e na conduta pessoal em relação a si mesmo.
As admiráveis conquistas da Psicologia profunda, contribuindo para a solução dos muitos distúrbios que se apresentam perturbadores, convidam à meditação em torno da realidade que se é, para que sejam superados os condicionamentos em que se encontra, de forma a situar-se com equilíbrio ante os desafios e as injunções, não raro, penosos, que se apresentam em toda parte exigindo decisões inadiáveis.

Atordoando-se ante o volume das atividades que defronta, o indivíduo percebe-se desequipado de valores que lhe facultem uma boa administração das injunções em que se encontra, não sabendo o rumo que deve seguir.

Convidado, porém, à auto-reflexão, à autoconscientização mediante as quais poderá descobrir a sua realidade essencial, recusa-se por automatismo, receando penetrar-se em profundidade, em razão do atavismo castrador a que se submete.

A sombra que o condiciona ao aceito e determinado ameaça-o de sofrimento, caso busque iluminar o seu lado escuro, permitindo-lhe a autoidentificação que se encarregará de libertá-lo das aflições e conflitos de comportamento, que são heranças ancestrais nele prevalecentes.

Vitimado pelo jogo das paixões sensoriais, anula a própria alma que discerne, e procura não se deixar vencer pelos desejos infrenes que o arrastam ao jogo ilusório do prazer desmedido.

Apresentando-se incapaz, no entanto, de lutar pela libertação interior, permite-se arrastar mais facilmente pelo tumulto dos jogos da sensualidade, naufragando nas aspirações de enobrecimento e de cultura, de beleza e de espiritualidade, temendo perder a oportunidade que a todos é oferecida de desfrutar as facilidades e permissões morais que constituem a ordem do dia.

A estrutura psicológica do ser humano é trabalhada por mecanismos muito delicados, sofrendo os golpes violentos da ignorância, do prazer brutalizado, dos vícios inveterados. Não suportando a alta carga de tensões que esses impositivos lhe exigem, libera conflitos e temores primitivos que estão adormecidos, desequilibrando as emoções, cujos equipamentos sutis geram distonias e depressões.

O desvario do sexo, que se tornou objeto de mercado, transformando homens e mulheres em coisas de fácil aquisição, é também instrumento de projeção social, de conquista econômica, de exaltação do ego, despertando nas mentes imaturas psicologicamente ânsias malcontidas de desejos absurdos, nele centralizando todas as aspirações, por considerá-lo indispensável ao triunfo no círculo em que se movimenta.

Incompleto, por não saber integrar os seus conteúdos psicológicos da anima à sua masculinidade e do animus à sua feminilidade, conseguindo a realização da obra-prima que lhe deve constituir meta, o ser humano deixa-se arrastar pelas imposições de um em detrimento do outro, afligindo-se sem saber por qual motivo.

Procura, então, agônico e insatisfeito, recuperação na variedade dos prazeres, identificando-se mais confuso, a um passo de transtorno sempre mais grave, qual ocorre a todo instante no organismo social e nos relacionamentos inter-pessoais.

A sombra governa-o, e ele se recusa à luz da libertação.

*

O Apóstolo Paulo afirmou: Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse eu faço. (Romanos, 7-19.)

Nesse auto-reconhecimento, o nobre servidor do Evangelho de Jesus denunciava a existência do seu lado escuro, impulsionando-o a atitudes que reprovava e não conseguia impedir-se de praticar. Mediante, porém, esforço perseverante e autoconscientização da própria fragilidade psicológica, o arauto da Era Nova conseguiu atingir a culminância do seu apostolado, quando proclamou: (...) E vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim... (Gálatas, 2:20.)

Somente através da coragem para encontrar a consciência mediante uma análise tranqüila das possibilidades de que dispõe é que a criatura humana logrará liberar-se da situação conflitiva que a domina, facultando-se selecionar os valores reais daqueles ilusórios aos quais se atribui significados, mas que sempre deixam frustração e vazio existencial.

A experiência física tem objetivos bem delineados que se apresentam acima da vacuidade dos interesses imediatistas que dominam na moderna sociedade consumista. Esse seu consumismo exterior resulta dos obscuros conflitos internos que projetam para fora e para outrem sua imagem de inquietação, transferindo-a do eu profundo, como necessidade de agitação para fugir de si mesmo.

Sucede que, nessa ansiosa projeção, o ser se torna consumido pelos demais, e por sua vez, destituído dos sentimentos profundos de amor, procura consumir os outros, utilizando dos seus recursos e qualidades reais ou imaginárias para saciar a sede de prazer em que se aturde, e seguir adiante.

Não saciado, porque essas experiências somente mais afligem, surge a necessidade das extravagâncias, pelas libações alcoólicas, pelo uso de substâncias químicas alucinantes, pelas aberrações sexuais intituladas de variedades para o prazer, pela agressividade, pela violência, ou pela queda nos abismos da depressão, da loucura, do suicídio...

A única alternativa disponível, portanto, para o ser humano de hoje, qual ocorreu com o de ontem, é o mergulho interior, a autodescoberta, a conscientização da sua realidade de Espírito imortal em viagem transitória pelo corpo, a fim de adquirir novas realizações, reparando males anteriores e conseguindo harmonia íntima, para que possa desfrutar de todas as concessões que se lhe encontram à disposição, premiando-o pelo esforço de autoconquista e autolibertação.

Naturalmente que, ao ser ativado o mecanismo de identificação do ser real, o hábito da fuga dos compromissos superiores induz à projeção, para poupar-se à dor, o que constitui um grande erro, porquanto o sofrimento se tornará ainda mais penoso.

É óbvio que somente a claridade vence as sombras, e a autoconscientização é o foco de luz direcionado à escuridão que predomina no comportamento psicológico do ser humano.

*

Jesus asseverou com propriedade ser a luz do mundo, porque a Humanidade se encontrava em profunda escuridão, qual ocorre nos dias presentes.

A Sua é a mensagem de responsabilidade pessoal perante a vida, e de serviço constante em favor de si mesmo e da coletividade.

Trazendo aos homens e mulheres o Seu exemplo de amor e de abnegação, não se propôs carregar o fardo do mundo, a fim de liberá-los de suas responsabilidades, mas ensinou a todos como conduzirem os seus problemas e angústias, solucionando-os com o amor a Deus, a si mesmos e ao próximo, por ser esse sentimento de amor a perene luz de libertação de toda a sombra existente no mundo íntimo e na sociedade em geral.

* * *

Divaldo P. Franco.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 11 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia. Extraído da Revista Reformador, Junho de 2001..

O Espiritismo De Kardec Aos Dias De Hoje. FILME COMPLETO

Mensagem do dia - 28/09/2011

Auto-Encontro



A ansiosa busca de afirmação da personalidade leva o indivíduo, não raro, a encetar esforços em favor das conquistas externas, que o deixam frustrado, normalmente insatisfeito.

Transfere-se, então, de uma para outra necessidade que se lhe torna meta prioritária, e, ao ser conseguida, novo desinteresse o domina, deixando-o aturdido.

A sucessão de transferências termina por exauri-lo, ferindo-lhe os interesses reais que ficam á margem.

Realmente, a existência física é uma proposta oportuna para a aquisição de valores que contribuem para a paz e a realização do ser inteligente. Isto, porém, somente será possível quando o centro de interesse não se desviar do tema central, que é a evolução.

Para ser conseguida, faz-se imprescindível uma avaliação de conteúdos, a fim de saber-se o que realmente é transitório e o que é de largo curso e duração.

Essa demorada reflexão selecionará os objetivos reais dos aparentes, ensejando a escolha daqueles que possuem as respostas e os recursos plenificadores.

Hoje, mais do que antes essa decisão se faz urgente, por motivos óbvios, pois que, enquanto escasseiam o equilíbrio individual e coletivo, a saúde e a felicidade, multiplicam-se os desaires e as angústias ceifando os ideais de enobrecimento humano.

*

Se de fato andas pela conquista da felicidade, tenta o auto-encontro.

Utilizando-te da meditação prolongada, penetrar-te-ás, descobrindo o teu ser real, imortal, que aguarda ensejo de desdobramento e realização.

Certamente, os primeiros tentames não te concederão resultados apreciáveis.

Perceberás que a fixação da mente na interiorização será interrompida, inúmeras vezes, pelas distrações habituais do intelecto e da falta de harmonia.

Desacostumado a uma imersão, a tua tentativa se fará prejudicada pela irrupção das idéias arquivadas no inconsciente, determinantes de tua conduta inquieta, irregular, conflitiva.

*

Concordamos que a criatura é conduzida, na maior parte das vezes, pelo inconsciente, que lhe dita o pensamento e as ações, como resultado normal das próprias construções mentais anteriores.

A mudança de hábito necessita de novo condicionamento, a fim de mergulhares nesse oceano tumultuado, atingindo-lhe o limite que concede acesso às praias da harmonia, do autodescobrimento, da realização interior.

Nessa façanha verás o desmoronar de muitas e vazias ambições, que cultivas por ignorância ou má educação; o soçobrar de inúmeros engodos; o desaparecer de incontáveis conflitos que te aturdem e devastam.

Amadurecerás lentamente e te acalmarás, não te deixando mais abater pelo desânino, nem exaltar pelo entusiasmo dos outros.

Ficarás imune à tentação do orgulho e à pedrada da inveja, à incompreensão gratuita e à inimizade perseguidora, porque somente darás atenção à necessidade de valorização do ser profundo e indestrutível que és.

Terminarás por te venceres, e essa será a tua mais admirável vitória.

Não cesses, portanto, logo comeces a busca interior, de dar-lhe prosseguimento se as dificuldades e distrações do ego se te apresentarem perturbadoras.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.

1 ano do Filme Nosso Lar - Wagner de Assis

Mensagem do dia - 19/09/2011

Anjos Guardiães


Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre. Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.

Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.

Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.

Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.

São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.

Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade.

Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.

Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.

Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.

Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.

Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.

Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.

Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.

Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.

Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio.

Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.

Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.

O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.

O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.

Imana-te a ele.

Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.

Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.

Provas científicas da existência de Deus - parte 3

Mensagem do dia - 14/09/2011

Amigo Ingrato

Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos.
Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.




Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral.

Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.

Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.

Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.

Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.

Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.

Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.

*

Não te desalentes!

O mundo é impermanente.

O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.

As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.

*

Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção.

Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.

Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te.

Persevera, tranqüilo!

Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.

Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco.

Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.

*

Não lhe guardes rancor.

Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle.

Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.

Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.

Provas científicas da existência de Deus - parte 2

Mensagem do dia - 13/09/2011

Tempo da Regra Áurea

"Assim, tudo o que vos quereis que os homens vos façam, fazei-o também vos a eles; esta é a lei
e os profetas."

(S.Matheus cap.7 v.12)

Faremos hoje o bem a que aspiramos receber.

*

Alimentaremos para com os semelhantes os sentimentos que esperamos alimentem eles para conosco.

*

Pensaremos acerca do próximo somente aquilo que estimamos pense o próximo quanto a nós.

*

Falaremos as palavras que gostaríamos de ouvir.

*

Retificaremos em nós tudo o que nos desagrade nos outros.

*

Respeitaremos a tarefa do companheiro como aguardamos respeito para a responsabilidade que nos pesa nos ombros.

*

Consideraremos o tempo, o trabalho, a opinião e a família do vizinho tão preciosos quanto os nossos.

*

Auxiliaremos sem perguntar, lembrando como ficamos felizes ao sermos auxiliados sem que dirijam perguntas.

*

Ampararemos as vítimas do mal com a bondade que contamos receber em nossas quedas, sem estimular o mal e sem esquecer a fidelidade a prática do bem.

*

Trabalharemos e serviremos de moldes que reclamamos do esforço alheio.

*

Desculparemos incondicionalmente as ofensas que nos sejam endereçadas no mesmo padrão de confiança dentro do qual aguardamos as desculpas daqueles a quem porventura tenhamos ofendido.

*

Conservaremos o nosso dever em linha reta e nobre, tanto quanto desejamos retidão e limpeza nas obrigações daqueles que nos cercam.

*

Usaremos paciência e sinceridade para com os nossos irmãos, na medida com que esperamos de todos eles paciência e sinceridade, junto de nós.

*

Faremos, enfim, aos outros o que desejamos que os outros nos façam.

*

Para que o amor não enlouqueça em paixão e para que a justiça não se desmande em despotismo, agiremos persuadidos de que o tempo da regra áurea, em todas as situações, agora ou no futuro, será sempre hoje.

* * *

Da obra: Opinião Espírita.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

Provas científicas da existência de Deus - parte 1

Mensagem do dia - 05/09/2011


Sem Desânimo

A dor te visitou, sem aviso prévio.

É compreensível que a emotividade te envolva, diante de acontecimentos que te atingirem no âmago do ser.

Contudo, procura raciocinar.

Lembra-te do amparo de Deus, que já te sustentou em outras situações difíceis.

Recorda as palavras de Jesus, prometendo consolação aos que sofrem.

Lembra-te dos amigos espirituais que te guiam e vem sustentando os passos, por entre os caminhos espinhosos.

Equilibra-te na certeza de que o tempo é solucionador natural de todos os problemas que não possas resolver de imediato.

Confia em Deus e segue para frente.

Amanhã compreenderás melhor as razões das dores, que, hoje padecem incompreensíveis.

* * *

Clayton.
Ditado pelo Espírito Augusto.

ESPIRITISMO - SAGRADO - TRAGEDIA E SOLIDARIEDADE

Mensagem do dia - 29/08/2011


Esmola e Caridade

Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.


Além dessa caridade, de ordem material, outra existe - a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.

Exemplos? Eis alguns:

Seríamos caridosos se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor de quantos saibamos acharem-se enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos.

Seríamos caridosos se, em determinadas situações, nos fizéssemos intencionalmente cegos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto disprezivo de quem se julgue superior a nós.

Seríamos caridosos se, com sacrifício de nosso valioso tempo, fôssemos capazes de ouvir, sem enfado, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão nada podermos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.

Seríamos caridosos se, ao revés, soubéssemos fazer-nos momentâneamente surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras.

Seríamos caridosos se, disciplinando nossa língua, só nos referíssemos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só sirvam para conspurcar a honra ou abalar a reputação alheia.

Seríamos caridosos se, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.

Seríamos caridosos se, percebendo em nosso irmão um intento maligno, o aconselhassemos a tempo, mostrando-lhe o erro e despersuadindo o de o levar a efeito.

Seríamos caridosos se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto.

Seríamos caridosos se, embora essa atitude pudesse prejudicar nosso interesse pessoal, tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico.

Seríamos caridosos se, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurássemos criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor.

Seríamos caridosos se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.

Seríamos caridosos se deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, desde que verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar.

Seríamos caridosos se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal.

Seríamos caridosos se não desdenhássemos nem evitássemos os de má vida, se não temêssemos os salpicos de lama que os cobrem e lhes estendêssemos a nossa mão amiga, ajudando-os a levantar-se e limpar-se.

Seríamos caridosos se, possuindo alguma parcela de poder, não nos deixássemos tomar pela soberba, tratando, os pequeninos de condição, sempre com doçura e urbanidade, ou, em situação inversa, soubéssemos tolerar, sem ódio, as impertinências daqueles que ocupam melhores postos na paisagem social.

Seríamos caridosos se, por sermos mais inteligentes, não nos irritássemos com a inépcia daqueles que nos cercam ou nos servem.

Seríamos caridosos se não guardássemos ressentimento daqueles que nos ofenderam ou prejudicaram, que feriram o nosso orgulho ou roubaram a nossa felicidade, perdoando-lhes de coração.

Seríamos caridosos se reservássemos nosso rigor apenas para nós mesmos, sendo pacientes e tolerantes com as fraquezas e imperfeições daqueles com os quais convivemos, no lar, na oficina de trabalho ou na sociedade.

E assim, dezenas ou centenas de outras circunstâncias poderiam ainda ser lembradas, em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões inequívocas da maior de todas as virtudes.

Nós, porém, quase não nos apercebemos dessas oportunidades que se nos apresentam, a todo instante, para fazermos a caridade.

Porquê?

É porque esse tipo de caridade não transpõe as fronteiras de nosso mundo interior, não transparece, não chama a atenção, nem provoca glorificações.

Nós traímos, empregamos a violência, tratamos ou outros com leviandade, desconfiamos, fazemos comentários de má fé, compartilhamos do erro e da fraude, mostramo-nos intolerantes, alimentamos ódios, praticamos vinganças, fomentamos intrigas, espalhamos inquietações, desencorajamos iniciativas nobres, regozijamo-nos com a impostura, prejudicamos interesses alheios, exploramos os nossos semelhantes, tiranizamos subalternos e familiares, desperdiçamos fortunas no vício e no luxo, transgredimos, enfim, todos os preceitos da Caridade, e, quando cedemos algumas migalhas do que nos sobra ou prestamos algum serviço, raras vezes agimos sob a inspiração do amor ao próximo, via de regra fazemo-lo por mera ostentação, ou por amor a nós mesmos, isto é, tendo em mira o recebimento de recompensas celestiais.

Quão longe estamos de possuir a verdadeira caridade!

Somos, ainda, demasiadamente egoístas e miseravelmente desprovidas de espírito de renúncia para praticá-la.

Mister se faz, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque "a caridade é o cumprimento da Lei."

* * *

Calligaris, Rodolfo. Da obra: As Leis morais.
8a edição. Rio de Janeiro, RJ:FEB, 1998.

Via http://www.espirito.org.br

Primeira entrevista de Chco Xavier p/ a TV - Final

Mensagem do dia - 26/08/2011


Os Infortúnios Ocultos

Nas grandes calamidades, a caridade se emociona e observam-se impulsos generosos, no sentido de reparar os desastres. Mas, a par desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam despercebidos: os dos que jazem sobre um grabato sem se queixarem. Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência.


Quem é esta mulher de ar distinto, de traje tão simples, embora bem cuidado, e que traz em sua companhia uma mocinha tão modestamente vestida? Entra numa casa de sórdida aparência, onde sem dúvida é conhecida, pois que à entrada a saúdam respeitosamente. Aonde vai ela? Sobe até a mansarda, onde jaz uma mãe de família cercada de crianças. À sua chegada, refulge a alegria naqueles rostos emagrecidos. E que ela vai acalmar ali todas as dores.

Traz o de que necessitam, condimentado de meigas e consoladoras palavras, que fazem que os seus protegidos, que não são profissionais da mendicância, aceitem o benefício, sem corar. O pai está no hospital e, enquanto lá permanece, a mãe não consegue com o seu trabalho prover às necessidades da família. Graças à boa senhora, aquelas pobres crianças não mais sentirão frio, nem fome; irão à escola agasalhadas e, para as menorzinhas, o leite não secará no seio que as amamenta. Se entre elas alguma adoece, não lhe repugnarão a ela, à boa dama, os cuidados materiais de que essa necessite. Dali vai ao hospital levar ao pai algum reconforto e tranqüilizá-lo sobre a sorte da família.

No canto da rua, uma carruagem a espera, verdadeiro armazém de tudo o que destina aos seus protegidos, que todos lhe recebem sucessivamente a visita. Não lhes pergunta qual a crença que professam, nem quais suas opiniões, pois considera como seus irmãos e filhos de Deus todos os homens. Terminado o seu giro, diz de si para consigo: Comecei bem o meu dia. Qual o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, é um nome que nada indica; mas é o anjo da consolação. A noite, um concerto de benções se eleva em seu favor ao Pai celestial: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.

Por que tão singelo traje? Para não insultar a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha? Para que aprenda como se deve praticar a beneficência. A mocinha também quer fazer a caridade. A mãe, porém, lhe diz: "Que podes dar, minha filha, quando nada tens de teu? Se eu te passar às mãos alguma coisa para que dês a outrem, qual será o teu mérito? Nesse caso, em realidade, serei eu quem faz a caridade; que merecimento terias nisso? Não é justo. Quando visitamos os doentes, tu me ajudas a tratá-los. Ora, dispensar cuidados é dar alguma coisa. Não te parece bastante isso? Nada mais simples. Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás roupas para essas criancinhas. Desse modo, darás alguma coisa que vem de ti." É assim que aquela mãe verdadeiramente cristã prepara a filha para a prática das virtudes que o Cristo ensinou. E espírita ela? Que importa!

Em casa, é a mulher do mundo, porque a sua posição o exige. Ignoram, porém, o que faz, porque ela não deseja outra aprovação, além da de Deus e da sua consciência. Certo dia, no entanto, imprevista circunstância leva-lhe a casa uma de suas protegidas, que andava a vender trabalhos executados por suas mãos. Esta última, ao vê-la, reconheceu nela a sua benfeitora. "Silêncio! ordena-lhe a senhora. Não o digas a ninguém." Falava assim Jesus.

* * *

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
112a edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febrasil.org. Federação Espírita Brasileira, 1996.

Via http://www.espirito.org.br

Primeira entrevista de Chico Xavier p/ a TV - parte IV

Mensagem do dia - 24/08/2011


Origem e Natureza dos Espíritos

Perguntas de Allan Kardec aos Espíritos Superiores


76. Que definição se pode dar dos Espíritos?

“Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.”

77. Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou serão simples emanações ou porções desta e, por isto, denominados filhos de Deus?

“Meu Deus! São obra de Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do homem, não é o próprio homem. Sabes que, quando faz alguma coisa bela, útil, o homem lhe chama sua filha, criação sua. Pois bem! O mesmo se dá com relação a Deus: somos Seus filhos, pois que somos obra Sua.”

78. Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade?

“Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação Sua e se acham submetidos à Sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, é incontestável. Quanto, porém, ao modo porque nos criou e em que momento o fez, nada sabemos. Podes dizer que não tivemos princípio, se quiseres com isso significar que, sendo eterno, Deus há de ter sempre criado ininterruptamente. Mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te, nenhum o sabe: aí é que está o mistério.”

79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material, poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material?

“Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.”

80. A criação dos Espíritos é permanente, ou só se deu na origem dos tempos?

“É permanente. Quer dizer: Deus jamais deixou de criar.”

81. Os Espíritos se formam espontaneamente, ou procedem uns dos outros?

“Deus os cria, como a todas as outras criaturas, pela Sua vontade. Mas, repito ainda uma vez, a origem deles é mistério.”

82. Será certo dizer-se que os Espíritos são imateriais?

“Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e com uma linguagem deficiente? Pode um cego de nascença definir a luz? Imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.”

Comentário de Kardec. Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. Um povo de cegos careceria de termos para exprimir a luz e seus efeitos. O cego de nascença se julga capaz de todas as percepções pelo ouvido, pelo olfato, pelo paladar e pelo tato. Não compreende as idéias que só lhe poderiam ser dadas pelo sentido que lhe falta. Nós outros somos verdadeiros cegos com relação à essência dos seres sobre-humanos. Não os podemos definir senão por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da imaginação.

83. Os Espíritos têm fim?

Compreende-se que seja eterno o princípio donde eles emanam, mas o que perguntamos é se suas individualidades têm um termo e se, em dado tempo, mais ou menos longo, o elemento de que são formados não se dissemina e volta à massa donde saiu, como sucede com os corpos materiais. É difícil de conceber-se que uma coisa que teve começo possa não ter fim.

“Há muitas coisas que não compreendeis, porque tendes limitada a inteligência. Isso, porém, não é razão para que as repilais. O filho não compreende tudo o que a seu pai é compreensível, nem o ignorante tudo o que o sábio apreende. Dizemos que a existência dos Espíritos não tem fim. É tudo o que podemos, por agora, dizer.”

* * *

Kardec, Allan. Da obra: Livro dos Espíritos.
Rio de Janeiro, RJ: FEB.

Via http://www.espirito.org.br