Mensagem do dia - 29/07/2011

Você sabe quem foi Rubens Costa Romanelli?

Nasceu aos 17 de setembro, na cidade de Divinópolis, Estado de Minas Gerais. Foi o quinto dentre seis filhos do primeiro casamento de Osório Viana Romanelli com Lívia Costa Romanelli. De família medianamente numerosa, teve cinco irmãos: Laura, Iracy, Jandira, Oswaldo e Djalma.


Seu pai casa-se pela segunda vez com Dona Elisa e dá-lhe mais quatro irmãos: José, Osório, Marta e Beatriz. Rubens C. Romanelli casa-se em 1943 com Dona Alda, de quem lhe nasceram três filhas: Lívia, Lilavate e Liliane. Em 1968, celebra núpcias com Otaíza, que lhe deu duas filhas: Juliana e Elisa.

Órfão de mãe, ainda muito criança, e em virtude das constantes mudanças de domicílio de seu pai, não pôde concluir o curso primário iniciado em Belo Horizonte.

Aos 11 anos de idade começou a trabalhar em Ibiá (M.G.), nas oficinas da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas e três anos mais tarde, transfere-se com seus familiares para Araxá (M.G.), onde foi trabalhar como ajudante de carpinteiro e de marceneiro.

Aos dezessete anos, passou a trabalhar como contínuo nos escritórios daquela ferrovia. Após aprender datilografia, passou para o cargo de Auxiliar de Escrita. Aos vinte e um anos de idade foi transferido para os escritórios centrais da Estrada de Ferro, em Belo Horizonte.

Aos 22 anos, fez em 6 meses, o curso de madureza (o então artigo 91) e, submetendo-se a exames, foi aprovado para a 4a. série ginasial e, no ano seguinte, para a 5a. série. A essa altura, já lecionava Português e Matemática no estabelecimento de ensino onde iniciara seus estudos. Conclui, aos 26 anos, o curso secundário, e verificada sua acentuada vocação para o magistério, matricula-se após os exames vestibulares no Curso de Letras da Faculdade de Filosofia de Minas Gerais, onde, durante dois anos, foi Monitor de Língua Grega. Pela mesma Faculdade, diplomou-se como Bacharel em Letras Clássicas e, um ano mais tarde, como Licenciado.

Desde 1944, foi professor de Latim e Português, em vários educandários de Belo Horizonte, entre os quais o Colégio Estadual e o Instituto de Educação de Minas Gerais. Neste último foi Titular, por concurso, da Cadeira de Língua Latina. Em 1963 obteve, através de defesa de tese, de concurso público de provas e de títulos, o grau de Doutor em Letras e o de Livre Docente da Cadeira de Língua Latina da Faculdade de Filosofia da Universidade de Minas Gerais. Por indicação de seus colegas foi nomeado Diretor do Instituto de Humanidades da Faculdade de Filosofia, dessa Universidade.

Enumeram-se pelo menos 13 Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento feitos em França (Paris), no período de 1966 a 1975, seja na "École des Hautes Études" (Sorbonne) com os Professores Emile Benveniste, Jacques André, Françoise Bader, Michel Lejeune; seja no Collège de France (Paris) com o Prof. Emmanuel Laroche.

Os Cursos enumerados, a seguir, demonstram a aguçada curiosidade do Mestre Romanelli, no que concerne às letras indo-européias:

Curso de Gramática Comparada das Línguas Indo-Européias;

Cursos de Filologia Latina (Lexiologia Latina, Crítica de Textos, Questions de Vocabulaire e Critique Textuelle et Questions Pratiques d'Edition);

Cursos de Gramática Comparada das Línguas Indo-Européias (Problème de Morphologie et de Syntaxe Verbales en Indo-Européen, Problème de Dérivation et Composition Nominales en Grec, Morphologie du Verbe Italique, Linguistique Italique, Mycénologie-Grego Micênio). Cursos de Língua e Civilização da Ásia Menor (De la Dérivation Nominale en Indo-Européen de l'Anatolie - Hitita e Luvita, Recherches sur l'Histoire et la Langue Lyciennes).

Incluem-se, também, Cursos de Extensão Universitária, a saber: Semana de Estudos Bilaquianos e Euclidianos, em 1966; Problèmes et Méthodes Actuelles de la Stylistique, ministrado pelo Prof. Pierre Guiraud, da Sorbonne, na Faculdade de Letras da UFMG, em 1966; 1° Seminário de Lingüística, realizado na Faculdade de Letras da UFMG, em 1967; II Semana da Pesquisa na UFMG, promovida pelos Conselhos de Pesquisa e Extensão da mesma Universidade, em 1971.

Dentre as atividades extracurriculares releva registrar que fez várias conferências de interesse universitário como "O Sânscrito no Quadro das Línguas Indo-Européias", proferida na Faculdade de Letras da UFMG, no dia 25/09/69, durante a 1ª Semana de Estudos Hindus. Na qualidade de Delegado da Faculdade de Filosofia da UFMG, participou do 1° Congresso de Cultura Greco-Latina, realizado em São Paulo, em 1958.

Viajou pela Europa, pronunciando inúmeras conferências, a convite, acerca de temas filosóficos, científicos e religiosos. Não só honrou as letras européias, mas também as brasileiras. Peregrinou por quase todas as capitais do Brasil e por incontáveis cidades do interior do País.

Ninguém há de duvidar de que vasta é sua obra. Sobejam-lhe publicações em livros, opúsculos, jornais e revistas.

Veja os "abstracts" de sua OBRA LITERÁRIA.

Rubens Costa Romanelli exerceu nada menos que 22 cargos e funções, a saber:

Presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia de MG, de 1942/43;

Membro Efetivo do Conselho Estadual de Educação da Campanha Nacional dos Educandários da Comunidade (CNEC), de 1963/68;

Diretor do Instituto de Humanidades da Faculdade de Filosofia da UFMG, de 1964/68;

Revisor da redação do "Diagnóstico da Economia Mineira", obra em 5 volumes elaborada pelos técnicos do Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais, para ser apresentaddo ao Exmo. Sr. Presidente da República, em 1967;

Diretor Executivo do Conselho de Extensão da UFMG, de jan. de 1969/jan. 1972;

Membro Efetivo da Coordenação de Ensino e Pesquisa da UFMG, de jan. de 1969/jan. de 1972;

Membro do Júri para julgamento das obras de erudição concorrentes ao prêmio "Cidade de Belo Horizonte", instituído pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, em 1972;

Presidente da Comissão para implantação do Curso de Pós-Graduação em Letras da UFMG, de março de 1972/março de 1973;

Membro da Comissão Verificadora, para efeito de reconhecimento, da Faculdade de Ciências e Letras "Teresa Martin", com sede em São Paulo; da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Formiga (MG) e do Instituto Granbery de Juiz de Fora;

Diretor Geral do VI e VII Festivais de Inverno, promoção cultural da UFMG, realizada em Ouro Preto e outras cidades históricas de Minas Gerais, de 1° a 31 de julho de 1972, respectivamente;

Membro Efetivo do Conselho de Graduação da UFMG, de nov. de 1972/1973;

Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Letras da UFMG, de abril a outubro de 1973;

Presidente da Associação de Estudos Clássicos do Brasil (Secção de Belo Horizonte);

Membro Efetivo do Conselho Curador do Palácio das Artes, nomeado de uma lista tríplice apresentada ao Exmo. Governador do Estado de Minas Gerais, pelo Magnífico Reitor da UFMG, a partir de 1970;

Chefe do Setor de Língua Latina do Departamento de Letras Clássicas da Faculdade de Letras da UFMG, a partir de março de 1972;

Diretor da Revista PHASIS, da Faculdade de Letras da UFMG;

Membro do Núcleo de Assessoramento à Pesquisa da Faculdade de Letras da UFMG;

Vice-Presidente da Fundação de Educação Artística de Minas Gerais, a partir de 1975;

Membro da Associação de Estudos Clássicos do Brasil, filiada à Féderation International des Études Classiques, com sede em Paris;

Membro Efetivo da Associação Brasileira de Lingüística, com sede no Rio de Janeiro.

Dentre os Títulos Honoríficos, Rubens Costa Romanelli fez juz a quatro Prêmios, a uma Condecoração e a três Distinções e Honrarias, perfazendo um total de oito títulos honrosos, a saber:

Prêmio de Filologia "João Ribeiro", conferido pela Academia Brasileira de Letras, em 1964;

Acadêmico Austregésilo de Athayde (1898-1993) cumprimentando o Prof. Romanelli.

Prêmio de Erudição "Cidade de Belo Horizonte", outorgado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, em 1964;

Dois Prêmios de Erudição "Pandiá Calógeras", conferidos pela Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, em 1965 e 1966, respectivamente;

"Medalha de Honra da Inconfidência", concedida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, em Ouro Preto, nas solenidades de 21 de abril de 1972;

Troféu "Professor do Ano" (1964), concedido por motivo de concurso feito entre universitários da capital sobre "Os dez mais da Cultura", por iniciativa do Jornal "Correio de Minas";

Focalizado, por efeito de pesquisa pública, no programa da TV-ITACOLOMI - "Esta é a sua Vida", no ano de 1961;

"Pergaminho do Mérito", título outorgado pela Reitoria da UFMG, em virtude de ter sido eleito "Professor Padrão" da Faculdade de Letras, em eleição realizada entre seus pares, na referida Faculdade, em outubro de 1972.

Conheça um pouco sobre seus últimos dias, nesta dimensão da vida, em CRÔNICA.

Excertos do livro: "O Primado do Espírito" de Rubens C. Romanelli, 3a. edição ampliada, 1965, Editora Síntese Ltda., Divinópolis - MG, e, de CRÔNICA: "Rubens Costa Romanelli, sábio e virtuoso" de autoria de Fidélis Chamone Jorge, In: "Ensaios de Literatura e Filologia" No. 4, Publicações do Departamento de Letras Clássicas da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (1983/1984).

Via http://www.espirito.org.br

GLOBO REPORTER - Ciência & Espiritualidade - 1ª Parte





Mensagem do dia - 27/07/2011

Você sabe quem foi Pedro Lameira de Andrade?

Nascido na cidade do Rio de janeiro, em 16 de setembro de 1880, e desencarnado em São Paulo, no dia 1o. de março de 1938.


Numa época quando o Espiritismo era ainda muito mal compreendido, e quando reinava verdadeira desunião entre os seus adeptos e até no seio de suas instituições, um vulto notável e infatigável surgiu no cenário da divulgação doutrinária, constituindo- se num dos mais salientes espíritas da época.

Nos anais da História do Espiritismo, os registros biográficos do Dr. Pedro Lameira de Andrade são bastante escassos, em flagrante contraste com o vulto da obra que tão bem soube desempenhar, e que projetou o seu nome na posteridade. A exemplo do que sucedeu com outros grandes missionários, cujas obras foram legadas aos homens das futuras gerações, através dos informes de discípulos dedicados, a missão fulgurante de Lameira de Andrade somente é suficientemente conhecida por aqueles que com ele conviveram, os quais a ele se referem como um autêntico benfeitor da Humanidade, um homem que procurou impulsionar seus companheiros de jornada terrena, na senda do aprimoramento espiritual e do aculturamento, poderosas alavancas que atuam no laborioso processo de reforma íntima das criaturas humanas.

Seus pais foram Boaventura Plácido Lameira de Andrade e Carolina Levereuth de Andrade, tendo o seu nascimento corrido no bairro de Vila Isabel, no antigo Distrito Federal. Aos 17 anos de idade, perdeu seu pai e, atendendo a um convite de seu padrinho foi para São Paulo, ingressando no Colégio Mackenzie, onde se formou em Teologia. Não chegou a ordenar- se pastor protestante, em virtude de haverem surgido algumas divergências entre ele e o reitor do Saninário.

Lameira era exímio tenor e, em 1904, casou- se com D. Elvira Silveira, pianista e professora de Pedagogia e Psicologia da Escola Normal. Desse consórcio teve seis filhas. Nessa época ele era também professor de português, grego e latim, lecionando na escola da Força Pública, atual Polícia Militar de S. Paulo. Ingressando na Faculdade de Direito de S. Paulo, formou- se em 1912. Dessa data em diante deixou de lecionar para consagrar- se à profissão de advogado, tendo montado escritório em S. Paulo.

A desencarnação de sua filha mais idosa, deixou-o desolado e revoltado, passando a descrer de tudo. Aconselhado por amigos procurou o Espiritismo, doutrina que lhe trouxe o consolo e a certeza da imortalidade da alma.

Na década de 1920, Lameira de Andrade já antevia a necessidade da instrução como fator decisivo para a libertação do Espírito, através do conhecimento da verdade, por isso sonhava com a fundação de escolas primárias e ginásios, que viessem a funcionar alicerçados nos postulados da Doutrina Espírita. Nos idos de 1928- 29, com vistas ao desenvolvimento de um programa nesse sentido, ao lado de outros companheiros que estavam inspirados do mesmo ideal, lutou arduamente para a implantação de um instituto de ensino que servisse de modelo para as futuras organizações do gênero. Seu sonho concretizou- se quando viu funcionar o Liceu Espírita Brasileiro, entidade que teve vida efêmera, durando pouco mais de um ano. Entretanto, a semente ficou lançada.

Homem dotado de um dinamismo invulgar, arrojado em seus cometimentos e animado de um idealismo inquebrantável, Lameira tornou- se figura bastante conhecida em todo o Brasil e principalmente no Estado de S. Paulo e no Rio de Janeiro, em cujo cenário, teve a oportunidade de desempenhar a sua gigantesca tarefa.

A missão de Lameira de Andrade, no seio do Espiritismo, foi desenvolvida, em grande parte, ao lado do Dr. Augusto Militão Pacheco, renomado médico e um dos grandes baluartes espíritas da época. Através dos seus escritos, das suas conferências, esse infatigável seareiro não media esforços em suas peregrinações. Muitas cidades brasileiras foram por ele visitadas e seu nome conseguiu empolgar grandes auditórios, pois sabia abordar, com raro descortino, os ensinamentos evangélicos à luz da Doutrina Espírita.

Foi procurador do "Abrigo Batuíra", tendo sido um dos seus fundadores. Durante 19 anos prestou inestimáveis serviços a "Instituição Verdade e Luz". Embora não conhecesse pessoalmente o grande missionário que foi Antônio Gonçalves da Silva Batuíra sucedeu- o na direção da revista "Verdade e Luz", fundada no ano de 1890. Foi membro da diretoria da Associação Espírita São Pedro e São Paulo, onde trabalhou intensamente e com raro devotamento, ao lado de grandes seareiros. Teve também marcante atuação no campo da assistência social, tendo nesse afã, chegado até o sacrifício.

Foi ainda sócio benemérito da Cruz Azul de S. Paulo, tendo prestado a esse organismo o fruto de seu esforço, dando viva demonstração do seu Espírito magnânimo, sempre pronto a servir e a cooperar na implantação e desenvolvimento de obras altruísticas.

Em 12 de julho de 1936, ao ser fundada a Federação Espírita do Estado de S. Paulo, Lameira de Andrade foi eleito seu orador oficial, em sua primeira diretoria, passando a representar aquela egrégia instituição em quase todas as solenidades promovidas pelas associações espíritas do Estado. Na própria Federação, ele era invariavelmente requisitado pelos freqüentadores, para proferir palestras, as quais eram bastante concorridas.

Certa ocasião, chegada a hora designada para a realização de uma conferência sobre o tema "O Perdão", na Sede da Associação "Verdade e Luz" choveu torrencialmente. Apenas estavam na sede da instituição o orador, Elói Lacerda e outros dois companheiros. Lameira, vendo o salão vazio, aventou a idéia de fazer uma prece e encerrar a reunião, sugestão prontamente repelida pelos presentes. A palestra foi proferida, portanto, como se o salão estivesse repleto. A determinada hora entrou no recinto uma pobre mulher, toda molhada, esperando resguardar- se da chuva. Assentando- se nas últimas cadeiras, passou a prestar inusitada atenção às palavras do conferencista.

Ao finalizar a palestra, ela aproximou- se do orador e lhe disse: "Graças a Deus entrei nesta casa e ouvi suas palavras. Eu estava decidida a cometer um crime nesta noite. Entretanto, agora compreendo as razões de minha desorientação e vou tomar rumo diferente, vou lutar contra as forças negativas que quase me desviaram do caminho do bem." Lameira abraçou- a comovido, alegrando-se intimamente pelo fato de ter servido de ponte para que aquela criatura se reencontrasse e viesse a descortinar novos horizontes.

Lameira de Andrade viveu na Terra pouco menos de 58 anos, desencarnando vítima de fulminante derrame cerebral que o prostrou em poucas horas. Ele soube aproveitar bem esses curtos anos de trabalho, desenvolvendo tarefa de gigante, no sentido de distribuir, em profusão, tudo aquilo que era patrimônio de seu Espírito esclarecido e evangelizado. Ele soube assimilar, em sua plenitude, os ensinamentos de Jesus Cristo, no sentido de colocar a luz sobre o velador. Foi o bom obreiro que soube restituir ao Senhor, em dobro, os talentos recebidos.

Sua desencarnação representou irreparável perda para os espíritas de São Paulo e do Brasil, uma lacuna que dificilmente seria preenchida.

Via http://www.espirito.org.br/

A Cirurgia Plástica e o Perispírito

Mensagem do dia - 25/07/2011

Você sabe quem foi Pedro de Camargo Vinícius?

Nascido no dia 7 de maio de 1878, na cidade de Piracicaba, Estado de S. Paulo, e desencarnado no dia 11 de outubro de 1966, na cidade de São Paulo.


Não se pode fazer o esboço histórico do Espiritismo no Estado de S. Paulo, na primeira metade do presente século, sem levar em consideração a personalidade inconfundível de Pedro de Camargo, mais conhecido pelo pseudônimo de Vinícius.

Os seus primeiros anos de escolaridade foram feitos no Colégio Piracicabano, educandário de orientação metodista, de fundação norte- americana. A diretora do estabelecimento era então a missionária Martha H. Watts, de quem Pedro de Camargo guardou sempre as mais caras recordações e grande admiração. São dele as seguintes palavras extraídas de um artigo que escreveu por ocasião da desencarnação daquela missionária, ocorrida nos Estados Unidos: "Sempre que se oferecia ensejo de inocular princípios de virtude e regras de moral, era quando se mostrava admirável, comprovando a rara e excepcional competência de que fora dotada para exercer tão sublime missão.

Eu bem me lembro que perto de Miss Watts ninguém era capaz de mentir ou dissimular; as traquinadas e travessuras, escondidas cautelosamente, eram- lhe fielmente narradas quando nos interpelava, tal o império que sobre nós sabia exercer, sem jamais usar para isso de outro meio que não a força do bem e o devotamento com que praticava seu sagrado sacerdócio.

Muito lhe deve a sociedade piracicabana; muito lhe devem seus ex- alunos; muito lhe devo eu.

Os princípios salutares de moral que me ministrou, assim como os conselhos elevados que me dispensou com tanto carinho e solicitude durante minha infância, repercutem- me ainda na alma como uma voz amiga que me dirige os passos, e por isso, ao saber que ela já não mais vive na Terra, rendo- lhe este preito de homenagem, simples e singelo, porém sincero e verdadeiro, como que desfolhando sobre a campa da querida mestra umas pétalas humildes que em seguida o vento arrebatará, mas cujo tênue perfume chegará até ela, levando- lhe o penhor de minha gratidão pelo muito que de suas benfazejas mãos recebi."

Durante muitos anos, Pedro de Camargo presidiu a Sociedade de Cultura Artística, de Piracicaba, tendo a oportunidade de levar para lá famosos artistas.

Jamais teve tendência para a política. Chegou a assumir uma cadeira de Vereador, na Câmara Municipal de Piracicaba, eleito por indicação do extinto Partido Republicano. Como não quisesse "seguir outra disciplina que não fosse a do dever, e ouvir outra voz que não a da razão e da consciência", dizia ele mais tarde -- esse critério não serviu ao Partido, por isso não o quiseram mais.

Os estudos blíblicos eram metódicos no Colégio Piracicabano, de maneira que Pedro de Camargo se tornou um dos maiores entusiastas dessa matéria, tornando- se mais tarde uma das maiores autoridades no trato da exegese evangélica.

No ano de 1904, foi fundada em Piracicaba a primeira instituição espírita da cidade, com o nome de Igreja Espírita Fora da Caridade não há Salvação. Dentre os seus fundadores salientava- se a figura veneranda de João Leão Pitta. O funcionamento dessa tradicional instituição acarretou a esse pioneiro uma série de perseguições movidas por inspiração de outras entidades religiosas, chegando ao ponto de não conseguir nem mesmo um emprego, tão necessário para o amparo de sua família, a qual ficou mais de um ano na eminência de completo desamparo.

Um ano mais tarde, em 1905, Pedro de Camargo interessou- se pelo Espiritismo, uma vez que nele encontrou a solução para tudo aquilo que constituía incógnitas em seu Espírito. Tomando conhecimento do que sucedia com Leão Pitta, prontamente o empregou em sua loja de ferragens e, como segundo passo, desfez a secção de armas de fogo que representava apreciável fonte de renda em seu estabelecimento comercial.

Durante cerca de trinta anos, Pedro de Camargo desenvolveu, em sua cidade natal, profícuo e intenso trabalho de divulgação das verdades evangélicas à luz da Doutrina Espírita. Nessa época passou a adotar o pseudônimo de Vinícius; suas preleções eram estenografadas e logo em seguida largamente difundidas, fazendo com que sua fama se propagasse por toda a circunvizinhança.

No ano de 1938, transferiu seu domicílio para a cidade de S. Paulo. Ali substituiu o confrade Moreira Machado na presidência da União Federativa Espírita Paulista e, juntamente com Thietre Diniz Cintra, fundou uma escola para evangelização da infância e juventude, tendo para tanto elaborado normas e diretrizes para esse gênero de educação.

Em 1939 tornou- se um dos diretores do Programa Radiofônico Espírita Evangélico do Brasil, levado ao ar, diariamente, através da Rádio Educadora de S. Paulo. Em 31 de março de 1940, quando a União Federativa Espírita Paulista fundou a Rádio Piratininga, emissora de cunho nitidamente espírita, Vinícius foi eleito seu diretor- superintendente e, em companhia de outros valores do Espiritismo paulista, orientou aquela emissora e seu programa espírita diário até o ano de 1942.

Nessa época Vinícius já havia se integrado na Federação Espírita do Estado de
S. Paulo, tornando- se um dos seus conselheiros e ali introduzindo as suas "Tertúlias Evangélicas", realizadas todos os domingos de manhã, com apreciável assistência que invariavelmente superlotava o seu salão.

Durante muitos anos, foi delegado da Federação Espírita Brasileira, em S. Paulo, representando- a em todas as solenidades onde a sua presença se fazia necessária.

Quando a Federação Espírita do Estado de S. Paulo, em março de 1944, lançou o seu órgão "O Semeador", Vinícius foi designado seu diretor- gerente, cargo que desempenhou durante mais de uma década, emprestando àquele jornal a sua costumada cooperação.

Em outubro de 1949, em companhia de Carlos Jordão da Silva, integrou a representação do Estado de S. Paulo junto ao II Congresso Espírita Pan- americano, conclave de grande repercussão que se realizou no Rio de Janeiro. No ensejo desse acontecimento, reuniram- se na antiga Capital Federal várias representações de entidades espíritas de âmbito estadual, as quais, numa feliz gestão, conseguiram materializar o sonho de muitos seareiros espíritas, criando o Conselho Federativo Nacional e assinando o célebre Pacto Áureo de Unificação. Pedro de Camargo foi um dos signatários desse importante instrumento de pacificação espírita nacional, no dia 5 de outubro de 1949.

Vinícius foi assíduo colaborador de numerosos órgãos espíritas. De sua bibliografia destacamos os livros: "Em torno do Mestre", "Na Seara do Mestre", "Nas Pegadas do Mestre", "Na Escola do Mestre, "O Mestre na Educação", e "Em Busca do Mestre", obras de marcante relevância no campo da divulgação evangélico- doutrinária.

A sua ação se fez sentir vigorosamente quando se cogitou da fundação de uma instituição educacional espírita. Lutou durante muitos anos por esse ideal. Exultou- se com a fundação do Educandário Pestalozzi, na cidade de França, entretanto, o seu sonho concretizou- se quando da fundação do "Instituto Espírita de Educação", do qual foi presidente. No âmbito desse instituto foi fundado o "Externato Hilário Ribeiro", em cuja direção permaneceu até o ano de 1962.

A par de todas essas atividades, Pedro de Camargo ocupava assiduamente as tribunas das instituições espíritas, principalmente as da Capital do Estado, tornando- se um dos oradores mais requisitados e o que sempre conseguia atrair maior assistência. Homem dotado de ilibado caráter, comedido em suas atitudes e de moral inatacável, tornou- se, de direito e de fato, verdadeira bandeira do movimento espírita. Quando seu nome figurava à testa de qualquer realização, esta infundia confiança e respeito, dada a indiscutível projeção do seu nome e a sua qualidade de paladino das causas boas e nobres.

Vinícius também teve notória atuação no campo da assistência social espírita, situando, entretanto, em primeiro plano o trabalho em prol do esclarecimento evangélico- doutrinário, imprescindível à iluminação interior dos homens.

Via http://www.espirito.org.br

Divaldo Franco fala sobre o aborto

Mensagem do dia - 20/07/2011

Você sabe quem foi Oscar José Rill Pithan?

Nasceu a 16 de dezembro de 1879, na cidade de São Luiz Gonzaga das Missões, no Rio Grande do Sul. Estudou Filosofia e Direito Romano, formou-se em Farmácia, depois resolveu estudar Medicina, diplomando-se na turma dos médicos de 1912, com raro brilhantismo. Foi Professor Catedrático das Escolas de Medicina e Cirurgia e também da Cadeira de Homeopatia.


Ainda como estudante de medicina, abraçou o Espiritismo, quando assistindo a uma reunião mediúnica, um Amigo Espiritual comunicou-lhe que teria de fundar um Sanatório para Obsidiados e Doentes Mentais. Em 1912, juntamente com outros companheiros, fundou o Hospital Espírita de Porto Alegre, sendo aclamado o seu Presidente de Honra.

Batalhador de vanguarda no movimento espírita do RGS, era muito conhecido nos meios espíritas, pela liderança e apoio moral e material, sempre que se tratasse de algum empreendimento ditado pelos princípios da Terceira Revelação. As principais sociedades espíritas gaúchas, contaram com a sua colaboração. Viveu por vários anos na cidade de São Borja e foi médico particular da família do Presidente Vargas. Indicado, por várias vezes, para cargos políticos, declinou-se sempre dos honrosos convites, preferindo a Medicina e o Espiritismo, dos quais foi verdadeiro missionário.

Desencarnou aos 62 anos de idade, em 20 de junho de 1942, na cidade de Tupanciretã, Rio Grande do Sul. Por todos os lugares onde andou, deixou um rastro luminoso, como verdadeiro discípulo do Cristo. O seu enterro decorreu com maior simplicidade, de acordo com os seus últimos desejos, porém, não se pode evitar a imensa multidão que foi testemunhar toda gratidão ao apóstolo da caridade cristã.

O ESPIRITISMO de Kardec aos dias de hoje - 3ª Parte

Mensagem do dia - 18/07/2011

Você sabe quem foi Miguel Vives y Vives?

Nascido na Espanha e ali desencarnado, na cidade de Tarrasa, no dia 23 de janeiro de 1906.


A Espanha foi o berço dos grandes Congressos Espíritas, tendo os espanhóis exercido verdadeiro pioneirismo nesse campo, bastando citar o Congresso Espírita Internacional de 1888, levado a efeito em Barcelona. Em congressos realizados posteriormente, principalmente no de 1934, a delegação espanhola desenvolveu ingente tarefa em favor da tese reencarnacionista.

Anteriormente à guerra civil de 1936- 39, a Espanha se destacava, de forma inusitada, na divulgação do Espiritismo, bastando dizer- se que já em 1873 havia sido proposto no Parlamento Espanhol o ensino da Doutrina Espírita.

Miguel Vives y Vives foi um dos mais destacados vultos do Espiritismo naquele país. Seu nome teve projeção mundial e sua ação foi das mais notórias. Quando um homem consegue cumprir fecunda tarefa na defesa e difusão do ideal que sustenta, fazendo dele um culto e predispondo- se a lutar de forma ininterrupta em seu favor, podemos, na realidade, qualificá-lo de apóstolo.

Vives y Vives foi o Apóstolo do Espiritismo na Espanha e, pela população de Tarrasa, era denominado Apóstolo do Bem.

Foi um exemplo vivo de abnegação. Evangelizou pela palavra escrita e falada -- através da tribuna, do livro e da imprensa. Toda a sua obra se apoiou sobre a forca moral da exemplificação e vivência dos ideais espíritas e cristãos.

Fundou a "Federação Espírita de Vallés", da qual surgiu a "Federação Espírita da Catalunha", entidade que teve vida efêmera. Em Tarrasa fundou o "Centro Espírita Fraternidade Humana" e lançou a famosa obra "Guia Prático do Espírita", há muitos anos vertida para o português, em edição da Federação Espírita Brasileira. Mais recentemente, a "Edicel", de S. Paulo, lançou, no vernáculo, a sua obra também famosa "O Tesouro dos Espíritas".

Foi também fundador da revista "União", órgão esse que se incorporou à revista "La Luz del Porvenir", de marcante atividade na difusão dos ideais reencarnacionistas. Foi presidente do "Centro Barcelonês de Estudos Psicológicos".

Sua esplendorosa mediunidade fez com que se desenvolvesse, em Tarrasa, verdadeira obra em favor dos necessitados do corpo e da alma, socorrendo os desajustados, os enfermos e os humildes, ao ponto de, ao desencarnar, causar profundo golpe à população daquela cidade espanhola. As fábricas paralisaram suas atividades, o comércio cerrou suas portas à hora do sepultamento do seu corpo, a fim de permitir aos seus empregados o acompanhamento do esquife ao cemitério. Durante o trajeto, verdadeira muralha humana se formou ao longo das ruas e na necrópole, no propósito de atender aos pedidos de todos que desejavam vê-lo, o ataúde permaneceu aberto durante uma hora e aproximadamente 5.000 pessoas desfilaram diante dele.

Ele não era político, não cortejava a popularidade e, no entanto, graças ao seu exemplo de abnegação, recebeu uma das maiores consagrações públicas de sua terra, apesar de viver num país de profundas tradições católicas, onde homens e livros foram queimados no decorrer de muitos séculos.

Miguel Vives foi notável espírita. Foi um homem que se dignificou pela prática das boas obras e pelo desempenho de verdadeira missão de tolerância e de amor.

Num dos seus escritos, publicados na revista "A Doutrina" órgão da "Federação Espírita do Paraná", de cuja instituição era sócio honorário, escreveu em 1906: "Os Centros Espíritas devem ser a cátedra do Espírito de Verdade, porque a não ter o Espírito de luz a sua cátedra, teria sua influência o Espírito do erro e infelizes desses Espíritos que se acham sob a influência do Espírito das trevas, porque pouco, muito pouco se adiantam na senda do progresso.

Via www.espirito.org.br

O ESPIRITISMO de Kardec aos dias de hoje - 2ª Parte

Mensagem do dia - 12/07/2011

Você sabe quem foi Maria O´Neill?

Maria O´Neill, escritora, iniciou-se na teosofia, tendo-se interessado posteriormente pelo espiritismo, ao qual dedicou até ao fim dos seus dias uma grande parte da sua existência. Tomou parte no I Congresso Espírita Português e deu à FEP a mais dedicada colaboração. Fez parte do corpo redactorial da Revista de Espiritismo, em que sempre colaborou.


Pessoa «aberta a todas as ansiedades e inquietações do pensamento, a sua vida foi um apostolado de ideias generosas e belas». A sua obra literária, bastante vasta, incluía uma colecção de contos infantis, considerados dos melhores em língua portuguesa, à época, e que foram traduzidos para vários idiomas. Estreou-se literariamente com um livro de poesia, «Nimbos», prefaciado por Bulhão Pato, a que se “seguiram outros trabalhos, alguns de notável valor, como «A Luta de Sentimentos», «Ilusão Desfeita», «Um Drama de Ciúme», «Amar é sofrer», «Um noivado feliz», «Salmos de Amor», «Vida Real», «Almas Femininas», «A Víbora», «Folhas Soltas», «O Colar de Vera», «O Amor tudo consegue», entre outros.

“Não foi menos fecunda a sua actividade filantrópica, embora fosse mais obscura, porque a sua grandeza moral a levava a ser discreta, a fazer o bem sem alardes de generosidade, repartindo pelos necessitados as suas economias e o rendimento dos seus trabalhos literários, com uma simplicidade maternal.

“Companheira e mestra, dedicada como poucos à Federação Espírita Portuguesa, exemplificou, de forma superior, o ideal que a tornou notada pelo desassombro e pureza como o soube servir... Senhora de vasta cultura, membro da Academia de Letras, foi sempre consi-derada um espírito brilhante e de superior carácter... Dentro da FEP era um elemento coordenador e harmonizante entre aqueles que por vezes se encontravam discordantes, levando-os, assim, a ponderar nas suas atitudes, por vezes julgadas insolúveis.”

Maria O´Neill corria o país de lés a lés, surpreendendo todos quantos a ouviam com o seu verbo fácil, a sua lucidez e raciocínio límpido. Autêntica mulher de armas desdobrava-se em conferências e mais conferências, tendo dado especial apoio aos espíritas algarvios e alentejanos que a convidavam amiúde para conferenciar. Pudemos encontrar várias referências elogiosas a Maria O’Neill no “Comércio do Porto” (17-11-1929), “Gazeta de Coimbra” (28-11-1929), “O Primeiro de Janeiro” (28-11-1929), entre muitos outros jornais ilustres da época.

Em 1930 parte para o Brasil onde realiza uma série de conferências sobre assuntos literários e espíritas. O sucesso é grande por terras de Santa Cruz. Regressa a Lisboa e parte novamente para o Brasil, desta feita em Fevereiro de 1932, onde a esperavam muitas conferências versando espiritismo. O seu estado de saúde era bastante grave quando desembarcou na Bahia, tendo resolvido regressar a Lisboa de urgência.

Desencarnou em pleno alto mar dois dias depois de ter encetado a viagem de regresso, isto é, a 23 de Março de 1932. O seu corpo foi lançado ao mar, como preferiam os místicos hindus, com quem Maria O’Neill tinha profundas afinidades, como discípula de Annie Besant e de Blawatsky, enquanto o seu espírito imortal demandou outras paragens da espiritualidade em busca de novos horizontes.

O ESPIRITISMO de Kardec aos dias de hoje - 1ª Parte

Mensagem do dia - 11/07/2011

Você sabe quem foi Manoel Fernandes Figueira?

Nasceu no Rio de Janeiro, a 18 de dezembro de 1829 e retornou ao Plano Maior, na mesma capital aos 26 de novembro de 1918, um mês antes de completar 89 anos de idade.


A 3 de outubro de 1884, assinou a ata de fundação da Federação Espírita Brasileira, juntamente com Elias da Silva, Antonio Pinheiro Guedes, Ewerton Quadros e um pugilo de seareiros de primeira grandeza, entre os pioneiros do Espiritismo no Brasil.

Mais tarde o Prof. Fernandes Figueira fundou o Centro de Estudos Espiríticos, a 12 de dezembro de 1888, funcionando na própria FEB. Hoje esse Grupo tem o seu nome e funciona na Trav. José Bonifácio, 12, no bairro de Todos os Santos (RJ).

Tornou-se espírita quando o Major Ewerton Quadros lhe emprestou “O Livro dos Espíritos”, que de início não quis ler por preconceito. Por insistência do amigo leu e empolgou-se com a lógica e clareza dos ensinamentos ali contidos. A partir daí, Prof. Fernandes Figueira tornou-se um dos baluartes do movimento espírita no Rio de Janeiro, até os últimos instantes de sua vida terrena. O “Reformador”, revistas e jornais de sua época, falam de seus feitos em prol da propaganda espírita, encabeçando movimentos que ficaram nos anais da Doutrina.

Somente Hoje - CHICO XAVIER

Mensagem do dia - 05/07/2011

Você sabe quem foi Manoel Araripe de Faria?

Nasceu no dia 28 de outubro de 1879, em Fortaleza, Ceará. Foi General do Exército Nacional, formado em Engenharia militar e Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas.


Conforme sua declaração na “Revista Espírita do Brasil”, já extinta, órgão da ex-Liga Espírita do Brasil, tornou-se espírita pela dor. - “Não precisei de fatos para alicerçar a minha crença. Transpus as fronteiras da Doutrina, pela dor, mas, no seu território, me mantenho pela força da razão.

Como filosofia, a Doutrina Espírita é a mais sublime e a mais confortadora, porque explica a evolução do espírito e a Justiça Divina, pela Lei de Causa e Efeito, através das reencarnações. Deus só se nos apresenta em toda a sua Justiça e Bondade, por essa Lei. Outra, não justificaria a sua condição de Pai Universal”.

Via http://www.espirito.org.br

Trailer de "O Filme dos Espíritos"

Mensagem do dia - 05/07/2011

Você sabe quem foi Lázaro Luiz Zamenhof?

LÁZARO LUIZ ZAMENHOF nasceu em 15 de dezembro de 1859, na cidade de Bialystok, na Polônia, então anexada ao Império Russo. Era filho de Rosália e Marcos Zamenhof, criterioso professor de geografia e línguas modernas.


Bialystok era uma pequena cidade que se constituía num palco de dolorosas lutas raciais, agravadas pela incompreensão lingüística entre os seus habitantes. A Polônia pertencia ao Império Moscovita, onde se falava cerca de duzentas (200) línguas diferentes. Só na pequena Bialystok falavam-se quatro (04) línguas oficiais: o Russo, o Alemão, o Polonês e o Ídiche.

Eram quatro nacionalidades distintas que tinham objetivos antagônicos, com línguas diferentes e crenças hostis umas às outras.

O menino Lázaro, com apenas 06 anos de idade, já se constrangia e se indagava ao assistir a discussões e contendas que terminavam em lágrimas, sangue e até mesmo em mortes violentas. Essa impressão terrível não mais se apagaria de sua mente.

Desde menino era prudente, modesto, pensativo e estudioso e em sua mente de gênio já se apresentava a idéia de elaboração de uma única língua neutra internacional. Na escola mostrava talento e cultura invulgares para escrever e era admirado pelos professores e amigos. Possuía uma conduta tranqüila e maneiras gentis. Nunca se mostrava superior a quem quer que fosse, nem em casa nem na escola.

Na 5ª série primária começou a estudar o inglês e ainda muito jovem estudou o francês e o alemão. Iniciando o curso ginasial, passou a estudar fervorosamente as línguas latina e grega, examinando a possibilidade de uma delas se constituir em língua internacional. Todavia, até a língua latina era difícil e cheia de antigas e inúteis formas. Mais simples, mais conveniente para o uso atual deveria ser uma língua sonhada. Ela deveria ser de aprendizagem rápida e acessível também ao povo e não apenas aos letrados. O fundamento da língua sonhada deveria ser a simplicidade e a lógica.

Nesse ínterim, a família transferiu-se para Varsóvia. Quando cursava a última série ginasial, já havia concluído o seu projeto sobre a Língua Universal. No dia 05 de dezembro de 1878, ele e um grupo de 6 ou 7 colegas do ginásio festejaram, ao redor de um bolo preparado carinhosamente por sua mãe, o nascimento da Língua Internacional. Na verdade, o projeto naquele dia comemorado era apenas um forma embrionária do que mais tarde seria o ESPERANTO.

Terminado o ginásio, foi mandado para Moscou, onde iria estudar Medicina. Antes, porém, o jovem ZAMENHOF teve de prometer ao pai que abandonaria a idéia da língua universal, pelo menos provisoriamente, até terminar o curso de Medicina, e teve de entregar-lhe, naquele dia, os cadernos que continham os originais.

Seus pais não puderam mantê-lo em Moscou e fizeram-no regressar a Varsóvia. Contava então 22 anos de idade. Durante o seu afastamento, seu pai, "prudente e rigoroso", por amor ao seu filho, temendo por seu futuro, queimou todos os manuscritos sobre a Língua Internacional.

Tão logo voltou à casa paterna, procurou por seus manuscritos e, não os encontrando, perguntou à mãe por eles. A resposta materna foram apenas lágrimas e silêncio. Lázaro Luiz adivinhou tudo. Procurou o pai e pediu-lhe para desfazer a promessa, pois queria dar continuidade ao seu grandioso trabalho. Tinha guardado na memória tudo o que continham os originais queimados. Fervorosamente refez tudo.

Só depois de experimentos exaustivos e comprovações minuciosas com os estudos da gramática e vocabulário intensamente vividos e testados foi que considerou pronta a sua obra. Estava nessa época com 28 anos de idade.

Mas restava um último detalhe: como publicá-la, sendo sua situação financeira bastante precária? De onde viriam os recursos? Um auxílio surgiu de onde ele menos esperava. Seu futuro sogro, homem afeito à cultura, financiou totalmente a publicação da obra, e, a 26 de julho de 1887 saía da oficina gráfica o seu primeiro livro.

Era uma gramática com as instruções em russo e chamava-se "LINGVO INTERNACIA", de autoria de "DOKTORO ESPERANTO". Esse pseudônimo, que na nova língua significa "DOUTOR QUE TEM ESPERANÇA", com o decorrer do tempo, passou a ser usado por seus aprendizes, para denominar a própria língua: ESPERANTO. Pouco tempo depois eram lançadas as edições em polonês, francês, alemão , etc. Nesta ocasião Zamenhof teve que adotar outro pseudônimo, e optou pelo de "Unuel", o que revela a sua grande humildade. UNUEL é composto pelas palavras unu (um) e el (entre), pois Zamenhof considerava-se apenas um dentre os demais esperantistas, não aceitando que o chamassem de Mestre.

Sem deixar a profissão, já médico formado, ZAMENHOF trabalhou ardorosamente na divulgação da Língua Internacional. Tamanha importância deu à propagação de seu ideal que, só depois de concluída e editada sua obra, veio a casar-se com CLARA SILBERNIK, com quem teve 06 filhos.

As pessoas que aderiram à língua neutra ficaram encantados com a força unificadora do ESPERANTO, e renderam-se à autoridade irresistível do grande missionário ZAMENHOF, cujos talentos de pensador profundo, intelectual vigoroso, artista inspirado e condutor nato sustentaram a causa com tal genialidade que nenhuma força, interna ou externa, pôde jamais destruí-la.

Toda a vida do DOUTOR ESPERANTO foi tecida de sacrifícios, abnegação e devotamento. Espírito verdadeiramente superior, era extremamente humanitário e solidário, cultivava a tolerância e era afável com todos, nunca perdendo uma oportunidade de ser caridoso. No exercício de sua profissão agia sob o impulso do desprendimento, não obstante haver permanecido sempre pobre. Dos camponeses jamais exigia honorários, chegando mesmo a dar-lhes dinheiro e a pedir a fazendeiros ricos auxílio para o socorro de sua clientela sem recurso.

Certa ocasião, após atender a crianças gravemente feridas num incêndio, inteirou-se de que o fogo havia destruído a propriedade de seus pais, reduzindo-os a absoluta miséria. ZAMENHOF deu-lhes todo o dinheiro que possuía, sem se preocupar em reservar algum para o regresso ao lar em longa viagem. Recorre para esse fim a um rico cliente das redondezas, para que lhe empreste o necessário para o seu regresso.

Um outro dia, no caminho que habitualmente percorre, encontra um carroceiro em prantos pela morte do seu cavalo, esgotado pelos esforços numa estrada coberta de lama. ZAMENHOF oferece-lhe 50 rublos para que o pobre homem tenha com o que comprar outro animal e assim assegurar o seu sustento.

De certa feita, após assistir uma agonizante idosa, juntamente com 4 outros colegas, recusa-se a receber da família polpudos honorários, considerando que a doença culminou com a morte da paciente. ZAMENHOF sempre se dedicou a seus clientes pobres, proporcionando-lhes até o fim de sua carreira dois dias da semana para consultas gratuitas, pedindo ao seu filho ADAM, igualmente médico, que continuasse essa prática.

Nos mínimos gestos e atitudes revelava-se a nobreza de seu caráter. Em Boulogne-sur-mer, França, por ocasião do 1º Congresso Universal de Esperanto, comparece, embora judeu, a uma missa do culto romano. A uma fervorosa Esperantista que lhe pede um autógrafo no recinto da Igreja ZAMENHOF sussurra: "Com muito prazer, minha senhora, mas eu lhe peço que seja em outro lugar - aqui é um lugar sagrado".

Os pequeninos, os sofredores e particularmente aqueles que atravessaram a prova da cegueira, dedicavam entranhada veneração pelo bondoso oftalmologista de Varsóvia, ramo da Medicina em que se especializou, e quando ZAMENHOF visita Cambridge, para os festejos do 3º Congresso Universal de ESPERANTO, encontra-se com muitos cegos esperantistas provenientes de outros países, todos alojados numa mansão às expensas de outro grande pioneiro esperantista, THEÓFILE CART. Zamenhof cumprimentou cada um à parte, encorajou-os ao otimismo e de todos recebeu ardorosos agradecimentos pelo idioma que lhes proporcionava uma pequena claridade em seu mundo sem luz. Mas os cegos lhe pediram outro privilégio: queriam tocá-lo com as mãos, conhecer melhor aquele que nunca poderiam ver.

E suas mãos que, de forma tão extraordinária, traduzem pensamentos e emoções, tocavam respeitosamente o corpo pequeno e frágil, a barba, os óculos de lentes ovais, a larga calva do genial missionário polonês. Naquele momento, Zamenhof, profundamente emocionado, pensava nas crianças judias cujos olhos foram vazados durante um "progrom" na sua cidade natal de Bialystok.

Traído por um companheiro de ideal esperantista, em quem depositava absoluta confiança, ZAMENHOF deu profundo exemplo de tolerância e amor cristão, chegando a ser criticado por outros adeptos por ter feito longa viagem ao encontro do seu ex-amigo, o traidor, só para perdoá-lo.

Um dos grandes ideais de Zamenhof era dar aos religiosos de todas as correntes um fundamento neutro concreto para que se aproximassem em nome do Bem da Humanidade. Seu desejo era que todos os livros sagrados de todas as religiões fossem vertidos para o ESPERANTO. Ele próprio traduziu o Velho Testamento. Dizia que: "Se todos os fundadores de religiões pudessem encontrar-se pessoalmente, eles se apertariam as mãos reciprocamente, como amigos, porque todos tiveram um único objetivo: fazer com que os homens se tornassem bons e felizes".

O ideal Esperantista fê-lo pairar acima de sua própria identidade nacional e racial. Quando o convidaram para a festa de fundação da sociedade judaica internacional em Paris, respondeu:"Estou profundamente convencido de que todo nacionalismo representa tão- somente um grande prejuízo para a Humanidade, sendo de opinião de que o objetivo principal de todas as criaturas deveria ser a criação de uma Humanidade harmônica. É certo que o nacionalismo dos oprimidos - como reação natural de autodefesa - é muito mais desculpável do que o nacionalismo dos opressores. Mas,se o nacionalismo dos fortes é vil, o nacionalismo dos fracos é imprudentes, ambos se engendram e se sustentam reciprocamente, dando lugar a um círculo vicioso de infelicidades, do qual a Humanidade jamais sairá se cada um de nós, fazendo o sacrifício de seu amor-próprio grupal, não tentar o encontro num terreno absolutamente neutro. Eis porque, apesar dos pungentes sofrimentos de minha raça, não quero aderir a um nacionalismo judeu, preferindo trabalhar apenas para uma absoluta justiça entre os homens. Estou profundamente convencido de que assim proporciono a meus irmãos maior soma de bem do que se aderisse a um movimento nacionalista".

Mas, a mais expressiva homenagem, por nascer do coração de uma alma simples, foi a que lhe fez a velha criada da família Zamenhof. Ela era católica romana, mas durante toda a sua vida guardou em seu quarto, sob um crucifixo, uma fotografia de ZAMENHOF. Aos visitantes ela costumava mostrar esse retrato, dizendo: "Ele nunca pecou!"

O nobre espírito de LÁZARO LUIZ ZAMENHOF legou à família humana o instrumento ideal para a comunicação entre seus membros, engolfados numa consternadora multiplicidade de línguas e dialetos a entravar-lhes a marcha do progresso.

Em outubro de 1889 apareceu a primeira lista de endereços, com 1000 nomes de pessoas de diversos países, simpatizantes do ESPERANTO. Foram fundados clubes, mensários e revistas dando força a um movimento internacional que veio crescendo, pouco a pouco, sem interrupção.

Em 1905, já acontecia na França, na cidade de Bolonha do Mar, o 1º Congresso Mundial de ESPERANTO, onde se reuniram centenas de pessoas de vários países, comunicando-se em uma única língua.

Em 1910, foi realizado o VI CONGRESSO UNIVERSAL DE ESPERANTO, em Washington, Estados Unidos da América e o BRASIL nele se fez representar pelo Prof. JOÃO BATISTA DE MELO SOUZA, com apenas 21 anos de idade, que fez ver ao Dr. Zamenhof que não existia em sua gramática a palavra saudade. Zamenhof achou muito interessante a idéia e tratou de incluí-la na língua internacional, que a incorporou com os vocábulos sopiro, sopirado, resopiro e sãudado (poético).

Em 1914 seria realizado o 10º Congresso, em Paris, mas tal não aconteceu devido à deflagração da Primeira Guerra Mundial. Já estavam inscritas 3.700 pessoas para esse Congresso, frustrado pela incompreensão dos homens.

Em 14 de abril de 1917, sempre desejando a Paz, faleceu ZAMENHOF, na cidade de Varsóvia. Afastava-se esse grande homem, definitivamente, do convívio de seus familiares para retornar às suas atividades em favor da Humanidade, agora sem o fardo físico, que lhe serviu durante 57 anos.

O seu corpo repousa no cemitério israelita de Varsóvia, juntamente com o de CLARA, o amor de toda a sua vida e sua incansável colaboradora. Hoje lá podemos encontrar flores ofertadas por esperantistas de todo o mundo.

ZAMENHOF foi um homem iluminado, de moral superior, dotado de extraordinária força de vontade na divulgação de seu ideal humanístico. Foi um verdadeiro universalista, pacifista e pensador que lutou contra toda espécie de sectarismo.

Todos os anos, no dia 15 de dezembro, realizam-se eventos esperantistas no mundo inteiro, para comemorar o aniversário do criador da LÍNGUA ESPERANTO.

MAS AFINAL O QUE DIZEM OS ESPÍRITOS SOBRE O ESPERANTO?

É bom sabermos que a idéia de criação de uma Língua Neutra Internacional nasceu nas regiões esclarecidas do Espaço. Foi concebida por gênios diretores da evolução dos Espíritos sobre a Terra, e faz parte integrante do programa da Terceira Revelação.

Informa-nos o Espírito WALDOMIRO LORENZ, pela mediunidade de CHICO XAVIER, na página 144 do livro "O Esperanto como Revelação", o seguinte:

"Verificando as imensas dificuldades para o intercâmbio de tribos e povos desencarnados, Especialistas Espirituais de fonética, etimologia e onomatopéia (palavras cujo som imita a natureza), empreenderam a formação de um idioma internacional para entendimento rápido nas regiões espaciais vizinhas do Globo, multiplicando, em vão tentames e experiências, até que um dos grandes missionários da Luz, consagrado à concórdia, tomou a si o exame e a solução do problema."

Esse grande missionário era aquele que mais tarde, reencarnado, tornou-se o Dr. ZAMENHOF. Ainda no Mundo Espiritual este valoroso espírito pesquisou perseverantemente os mecanismos das associações vocabulares da fala humana, bem como a psicologia das raças que transparecia por detrás das palavras. Estudou as características de cada povo e as suas maneiras peculiares de expressão. Analisou as línguas-troncos dos árias e demorou-se no estudo do latim.

Inspirado por seus instrutores espirituais, escolheu genialmente as bases racionais latinas. E após demorados estudos estavam assentadas as estruturas da futura Língua Neutra Internacional.

É curioso notar a coincidência da Codificação Kardequiana com a reencarnação de Zamenhof, que se deram exatamente na época em que o Homem tornou-se capaz de melhor entender e acolher as mensagens de ordem superior.

Originado no Mundo Espiritual, o Esperanto tem recebido o apoio incondicional dos Espíritos responsáveis pelo progresso da Humanidade, constituindo-se isso uma garantia do seu futuro promissor.

EMMANUEL, um dos Espíritos divulgadores da Doutrina Espírita, escreveu, pela mão abençoada de Chico Xavier, uma mensagem a ISMAEL GOMES BRAGA, com o título "A Missão do Esperanto", na qual dizia:

"A língua auxiliar Esperanto é um dos mais fortes chamamentos à fraternidade já ouvidos sobre este planeta empobrecido de valores espirituais. Sua missão é a grande tarefa de unificação e confraternização, objetivando a união universal. Seu princípio é a concórdia e os seus apóstolos são igualmente companheiros de trabalho de todos os que se sacrificam em favor do divino ideal de solidariedade humana".

Os Espíritos BEZERRA DE MENEZES, CAMILO CASTELO BRANCO, LÉON DENIS, VICTOR HUGO e CHARLES nos dão lições esclarecedoras sobre a existência de Academias modelo de Esperanto no Mundo Espiritual, das quais os encarnados colhem a inspiração para os trabalhos em favor do Esperanto na Terra. O Esperanto é a mais concreta lição de fraternidade que envolve o Mundo.

Via http://www.espirito.org.br

Chico Xavier - Relação Adulto/Jovens